Agronegócio

Colheita avança, mas clima afeta desempenho da safra de grãos

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O sétimo levantamento da safra 2024/2025, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta que o Rio Grande do Sul deve colher cerca de 33,9 milhões de toneladas de grãos nesta temporada. Isso representa uma queda de 8% em comparação com o ciclo anterior. O principal motivo para essa redução é a quebra na safra de soja, fortemente impactada pelas condições climáticas adversas ao longo do ciclo.

A soja, cultura de maior destaque no estado, deve somar 14,6 milhões de toneladas, uma queda expressiva de 25,7% em relação ao último ano. Mesmo com um leve crescimento na área plantada, estimada em 6,84 milhões de hectares (aumento de 1,1%), a produtividade foi comprometida. A combinação de escassez de chuvas e ondas intensas de calor, especialmente no período de enchimento dos grãos, resultou em estresse hídrico nas lavouras e em aumento no percentual de grãos avariados. Até o momento, cerca de 35% da área cultivada com soja já foi colhida, com variações significativas na qualidade dos grãos.

Por outro lado, o milho vem apresentando bom desempenho. A estimativa é de produção de 5,51 milhões de toneladas, um aumento de 13,7% em comparação com a safra anterior. Esse crescimento acontece mesmo com uma redução de 11,7% na área cultivada, que está agora em 719,6 mil hectares. A colheita já alcança 86% das lavouras, especialmente no Planalto Superior, onde o plantio foi mais tardio. Também há expectativa de avanço das colheitas na safrinha.

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O arroz também se destaca positivamente. A previsão é de uma colheita de 8,3 milhões de toneladas, representando um crescimento de 15,9% em relação à safra passada. A área plantada teve alta de 5,7%, chegando a 951,9 mil hectares. A produtividade vem sendo considerada boa, principalmente nas áreas plantadas no período ideal e que contaram com boas condições de clima durante o desenvolvimento das lavouras.

Para o trigo, principal cultura de inverno no estado, a expectativa é de produção de 4,09 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 4,4% em comparação com a safra anterior. Mesmo com a estimativa de uma redução de 3,8% na área plantada, que deve ficar em 1,29 milhão de hectares, a produtividade tende a melhorar. A semeadura do cereal está prevista para iniciar em maio nas regiões mais quentes do estado, como Alto Uruguai, Fronteira Oeste e Missões.

Mesmo com a queda geral na produção de grãos, o Rio Grande do Sul continua ocupando a quarta posição entre os maiores estados produtores do país, ficando atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás. A área total destinada à produção de grãos no estado deve alcançar 10,45 milhões de hectares, com um leve crescimento de 0,3% em relação ao ciclo anterior.

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O atual cenário reforça a importância do planejamento e da gestão climática nas propriedades. Apesar dos desafios enfrentados, o avanço da colheita e os bons resultados em culturas como arroz, milho e trigo mantêm a confiança do setor produtivo gaúcho na recuperação e estabilidade do campo.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Estado exportou R$ 146,5 milhões em produtos do agro, 64% mais que 2024, no primeiro trimestre

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No primeiro trimestre de 2025, o Acre registrou exportações no valor de R$ 146,5 milhões, um aumento de 64% em relação ao mesmo período de 2024, quando as exportações somaram R$ 89,4 milhões. A carne bovina foi o principal produto exportado, com vendas de R$ 47 milhões, seguida pela castanha, que alcançou R$ 32 milhões, e pela soja, com R$ 27,4 milhões.

Além desses produtos, o estado também exportou carne suína, ferro e aço, que somaram R$ 39,1 milhões. A diversidade de produtos exportados reflete o potencial agropecuário do Acre e sua capacidade de atender a diferentes mercados internacionais.

Os principais destinos das exportações acreanas incluem Peru, China, Espanha, Emirados Árabes e Malásia. Países asiáticos e sul-americanos têm sido especialmente demandantes de soja e milho, dois dos maiores produtos do estado. “A boa qualidade do solo e do clima no Acre abre oportunidades para a produção agropecuária. Estamos focados em continuar incentivando o setor e criando as condições necessárias para que o agronegócio siga avançando”, disse o governador do estado, destacando a crescente participação do Acre no comércio internacional.

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A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) e outras instituições estaduais, como o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e a Agência de Negócios do Acre (Anac), têm se dedicado ao fortalecimento do ambiente de negócios no estado. Entre as ações de apoio ao setor, estão a manutenção do reconhecimento do Acre como zona livre de febre aftosa, incentivos fiscais e participação em feiras internacionais. “O Acre tem se mostrado forte no mercado externo, e a tendência é de crescimento, apesar dos desafios, como as mudanças climáticas que podem afetar a produção”, afirmou José Luiz Schafer, secretário da Seagri.

A diversificação da pauta de exportações é uma prioridade, especialmente no que diz respeito à agregação de valor aos produtos. O estado já aposta na industrialização do setor agropecuário, buscando maior inserção nos mercados internacionais. “Queremos agregar mais valor aos nossos produtos e expandir nossa presença nos países vizinhos. O futuro é promissor, mas precisamos continuar investindo em infraestrutura e tecnologia”, completou Schafer.

Além do crescimento nas exportações, o Acre tem atraído investimentos privados. O setor de proteína animal registrou aporte de R$ 120 milhões, sendo R$ 82 milhões voltados para o setor de suínos. O setor de frutas e castanha também está em expansão, com investimentos programados de R$ 150 milhões. “O setor privado tem mostrado confiança no potencial do Acre. Os investimentos são fundamentais para ampliar a produção e alcançar novos mercados”, destacou Assurbanípal Mesquita, secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do estado.

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Com base nos resultados do primeiro semestre, as expectativas para o restante de 2025 são otimistas. O Acre continua consolidando sua posição como um dos principais polos agropecuários da Região Norte, com forte presença no mercado internacional e perspectiva de mais crescimento no comércio de produtos agropecuários.

Fonte: Pensar Agro

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