Agronegócio

Feira da Agricultura Familiar do IFRO ampliará negócios em Ji-Paraná

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Começa nesta quarta-feira (05.11) no Campus Ji-Paraná, do Instituto Federal de Rondônia, a II Feira da Agricultura Familiar e Agroecológica, evento que vai além do incentivo à produção sustentável e se consolida como vitrine econômica para pequenos produtores, extrativistas e comunidades tradicionais do estado.

Na primeira edição, realizada em 2024 no IFRO Colorado do Oeste, cerca de 220 expositores participaram, movimentando aproximadamente R$ 320 mil em negócios durante os três dias de evento, segundo levantamento da Comissão Organizadora. A expectativa para este ano é aumentar tanto o público – estimado em 3,5 mil visitantes – quanto o volume de vendas e trocas, num cenário de expansão da produção agroecológica em Rondônia.

Além da exposição e comercialização de produtos in natura, como frutas regionais, hortaliças, café orgânico, ovos caipiras, mel de abelha, queijo artesanal e embutidos, a programação contempla a venda de alimentos processados, bioinsumos, mudas, cosméticos naturais e artesanato rural. Espaços para troca de sementes crioulas e insumos sustentáveis também fomentam a pesquisa agroecológica e o engajamento dos agricultores em cadeias produtivas diversificadas.

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Segundo o IFRO, cerca de 300 expositores de mais de 20 municípios confirmaram presença, com prioridade para agricultores familiares, indígenas, ribeirinhos e integrantes de movimentos sociais ligados à agroecologia. O instituto oferece transporte coletivo gratuito, alimentação e alojamento básico para facilitar o acesso dos participantes vindos de áreas rurais ou distantes.

Os organizadores projetam que o volume comercializado possa ultrapassar R$ 400 mil nesta edição, impulsionado pela alta demanda por alimentos livres de defensivos químicos e pelo crescimento das compras institucionais via Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e merenda pública. “O mercado agroecológico de Rondônia vem crescendo a taxas acima da média nacional. Isso se reflete no interesse de cooperativas, associações e consumidores finais”, explica o gestor do Campus Ji-Paraná, Letícia Carvalho Pivetta.

Além dos resultados econômicos imediatos – geração de renda e circulação de produtos típicos –, a Feira investe na formação técnica e na articulação dos produtores. Oficinas sobre crédito rural, manejo de culturas tropicais, piscicultura, produção apícola e regularização previdenciária colaboram para ampliar o leque de negócios e elevar a profissionalização dos agricultores.

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No setor institucional, os dados do IFRO indicam crescimento de 18% na agricultura familiar na região centro-sul do estado, com destaque para o aumento na produção de mandioca, grãos e hortifrúti orgânico. O evento funciona, também, como espaço de lançamento de editais e programas de fomento agrícola, conectando associações locais ao crédito público.

Com entrada gratuita e ampla divulgação regional, a II Feira da Agricultura Familiar e Agroecológica reafirma o protagonismo de Rondônia na agenda nacional de segurança alimentar, inclusão produtiva e desenvolvimento rural sustentável.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Estado lança pacote de medidas para fortalecer o agronegócio e proteger produtores de leite e aves

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O governo do Paraná anunciou nesta semana duas medidas voltadas ao fortalecimento do agronegócio local e à proteção da produção estadual diante da concorrência com produtos importados. As ações envolvem mudanças tributárias para o setor avícola e novas regras para o uso de leite em pó estrangeiro.

O objetivo é  reduzir custos, proteger a produção interna e aumentar a competitividade do agronegócio local. No caso do leite, a meta é evitar a desvalorização do produto nacional e dar fôlego a cooperativas e pequenos produtores. Já na avicultura, o foco é garantir melhores condições tributárias e ampliar a presença do Paraná nos mercados interno e externo.

A primeira medida, publicada na segunda-feira (03.11) retirou as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária (ST) do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Já a segunda, sancionada na quarta-feira (06.11), por meio da Lei nº 22.765/2025, proibiu a reconstituição, no Paraná, de leite em pó importado e outros derivados para produção de itens destinados ao consumo humano.

As decisões integram um pacote que busca reforçar a competitividade do campo paranaense, setor que representa parcela significativa do PIB estadual e nacional, e responder à pressão dos produtores de leite, que enfrentam dificuldades com o aumento das importações, principalmente de países do Mercosul.

Pela nova lei, está proibido o uso de leite em pó, soro de leite e compostos lácteos de origem estrangeira na fabricação de produtos destinados ao consumo humano. A exceção é a comercialização direta ao consumidor final, desde que os itens estejam em embalagens próprias para o varejo e sigam as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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O objetivo é proteger a cadeia leiteira estadual, que envolve milhares de famílias e é considerada estratégica para a economia rural. Em 2024, o Paraná produziu 3,9 bilhões de litros de leite, e nos dois primeiros trimestres de 2025 o volume chegou a 2,02 bilhões de litros, mantendo quatro períodos consecutivos acima de 1 bilhão de litros.

Com 15,7% da produção nacional, o Estado tem a segunda maior bacia leiteira do Brasil, atrás apenas de Minas Gerais, que responde por 23,8%, e à frente de Santa Catarina.

O governo também estuda ampliar a utilização do leite local na merenda escolar e em programas de compra pública, em modelo semelhante ao Compra Direta Paraná, que adquire alimentos da agricultura familiar para abastecer escolas, hospitais e entidades assistenciais.

A medida é uma resposta direta à crise vivida pelo setor leiteiro nacional. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) vem defendendo a aplicação de medidas antidumping para conter a entrada crescente de leite do Mercosul a preços inferiores aos praticados internamente, o que tem pressionado a renda dos produtores brasileiros.

A outra medida anunciada pelo governo foi o Decreto nº 11.712/2025, que retira as carnes de aves cozidas do regime de Substituição Tributária a partir de janeiro de 2026. A decisão atende a uma demanda antiga das indústrias e cooperativas paranaenses, que reclamavam da perda de competitividade gerada pela cobrança antecipada do imposto.

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No modelo atual, o tributo é recolhido pela indústria no momento da saída do produto da fábrica, o que encarece os estoques e reduz o fôlego financeiro das empresas. Com a mudança, o ICMS passará a ser pago apenas na venda ao consumidor, alinhando o Paraná às práticas tributárias de outros estados e reduzindo distorções de mercado.

O Estado é líder nacional na produção de aves e responde por mais de um terço da produção brasileira. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Paraná produziu 558,6 milhões de aves no último trimestre, consolidando-se como referência no setor.

As carnes de aves cozidas incluem produtos de maior valor agregado, como frango desfiado e cortes temperados. Embora representem uma fatia menor do total produzido, são essenciais para ampliar margens industriais e estimular a diversificação da oferta.

A retirada da Substituição Tributária complementa uma decisão semelhante tomada em março, quando o governo estadual já havia excluído as carnes temperadas do mesmo regime. As mudanças buscam estimular a industrialização, atrair novos investimentos e gerar empregos na cadeia avícola, que possui forte presença no interior do Estado.

Fonte: Pensar Agro

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