Agronegócio

Produtores cobram ações contra invasões e pedem mais segurança

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Produtores rurais de todo o Brasil acompanharam com atenção a audiência pública realizada no Senado Federal nesta semana, que colocou em pauta um tema sensível e urgente para o setor: as invasões de propriedades rurais e a falta de segurança jurídica no campo.

O encontro, promovido pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e teve como foco o impacto das ocupações recentes, especialmente as mobilizações do chamado “Abril Vermelho”.

Durante a audiência, senadores da Frente Parlamentar da Agropecuária destacaram que o direito à propriedade precisa ser respeitado e garantido pelo Estado, como determina a Constituição. Segundo os parlamentares, o cenário atual preocupa produtores rurais que, mesmo com título da terra e anos de trabalho, vivem sob constante ameaça de invasões.

Além disso, foi questionada a criação de novos assentamentos sem a devida revisão e regularização dos já existentes. De acordo com dados apresentados no debate, hoje há mais de 200 mil lotes vagos em assentamentos pelo país e cerca de 17 milhões de hectares que estão ociosos.

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Outro dado citado aponta mais de meio milhão de beneficiários do programa de reforma agrária com indícios de irregularidades. A cobrança dos parlamentares foi clara: antes de ampliar o número de assentamentos, é preciso organizar e dar transparência ao que já existe.

Por outro lado, o governo apresentou ações voltadas para a agricultura familiar, como o aumento de recursos no Plano Safra 2023/2024 e a criação do programa Desenrola Rural, que visa renegociar dívidas de pequenos agricultores. Também foi anunciada a meta de inclusão de mais de 300 mil famílias no programa de reforma agrária, com foco na redução de conflitos no campo.

Mesmo assim, os senadores reforçaram que nenhuma política pública pode avançar se a segurança jurídica for deixada de lado. A preocupação com os impactos das invasões vai além da posse da terra. Há prejuízos diretos à produção, ao abastecimento e ao acesso ao crédito rural, além do desestímulo ao investimento no setor agropecuário.

Outro ponto sensível abordado foi a situação da região amazônica, que concentra milhares de assentamentos e enfrenta desafios logísticos e fundiários ainda maiores. Lá, produtores relatam dificuldades com a documentação da terra, acesso a crédito, infraestrutura e assistência técnica.

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A audiência pública trouxe à tona um sentimento comum entre os produtores: é preciso garantir o direito de produzir com segurança e respeito à lei. O campo quer apoio, quer regularização fundiária e políticas eficientes, mas exige, acima de tudo, que o Estado atue com firmeza para coibir ações ilegais que colocam em risco o trabalho de quem alimenta o país.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Estado exportou R$ 146,5 milhões em produtos do agro, 64% mais que 2024, no primeiro trimestre

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No primeiro trimestre de 2025, o Acre registrou exportações no valor de R$ 146,5 milhões, um aumento de 64% em relação ao mesmo período de 2024, quando as exportações somaram R$ 89,4 milhões. A carne bovina foi o principal produto exportado, com vendas de R$ 47 milhões, seguida pela castanha, que alcançou R$ 32 milhões, e pela soja, com R$ 27,4 milhões.

Além desses produtos, o estado também exportou carne suína, ferro e aço, que somaram R$ 39,1 milhões. A diversidade de produtos exportados reflete o potencial agropecuário do Acre e sua capacidade de atender a diferentes mercados internacionais.

Os principais destinos das exportações acreanas incluem Peru, China, Espanha, Emirados Árabes e Malásia. Países asiáticos e sul-americanos têm sido especialmente demandantes de soja e milho, dois dos maiores produtos do estado. “A boa qualidade do solo e do clima no Acre abre oportunidades para a produção agropecuária. Estamos focados em continuar incentivando o setor e criando as condições necessárias para que o agronegócio siga avançando”, disse o governador do estado, destacando a crescente participação do Acre no comércio internacional.

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A Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri) e outras instituições estaduais, como o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) e a Agência de Negócios do Acre (Anac), têm se dedicado ao fortalecimento do ambiente de negócios no estado. Entre as ações de apoio ao setor, estão a manutenção do reconhecimento do Acre como zona livre de febre aftosa, incentivos fiscais e participação em feiras internacionais. “O Acre tem se mostrado forte no mercado externo, e a tendência é de crescimento, apesar dos desafios, como as mudanças climáticas que podem afetar a produção”, afirmou José Luiz Schafer, secretário da Seagri.

A diversificação da pauta de exportações é uma prioridade, especialmente no que diz respeito à agregação de valor aos produtos. O estado já aposta na industrialização do setor agropecuário, buscando maior inserção nos mercados internacionais. “Queremos agregar mais valor aos nossos produtos e expandir nossa presença nos países vizinhos. O futuro é promissor, mas precisamos continuar investindo em infraestrutura e tecnologia”, completou Schafer.

Além do crescimento nas exportações, o Acre tem atraído investimentos privados. O setor de proteína animal registrou aporte de R$ 120 milhões, sendo R$ 82 milhões voltados para o setor de suínos. O setor de frutas e castanha também está em expansão, com investimentos programados de R$ 150 milhões. “O setor privado tem mostrado confiança no potencial do Acre. Os investimentos são fundamentais para ampliar a produção e alcançar novos mercados”, destacou Assurbanípal Mesquita, secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia do estado.

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Com base nos resultados do primeiro semestre, as expectativas para o restante de 2025 são otimistas. O Acre continua consolidando sua posição como um dos principais polos agropecuários da Região Norte, com forte presença no mercado internacional e perspectiva de mais crescimento no comércio de produtos agropecuários.

Fonte: Pensar Agro

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