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Janaína e Taques: 2 anos de embates

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Minha amiga pessoal, hoje deputada Janaína Riva, escreveu um artigo em retrospectiva aos dois anos de governo de Pedro Taques. Na minha casa, quando os nossos filhos brincavam juntos no tapete da sala, já sabia que essa jovem política iria dar trabalho pela firmeza de convicção e experiência com a qual sempre conviveu. É bom lembrar que Janaína tem menos de 30anos e mais coragem do que a maioria dos marmanjos que a cerca, razão pela qual acredito em reeleições consecutivas da jovem política. Não é nenhuma surpresa que tenha se tornado uma opositora de respeito que, como qualquer oposição, incomoda por apontar falhas. Essa tarefa é inerente à democracia e deve ser altamente respeitada por todos, sobremodo por servir como “consultoria externa e gratuita” ao governo. No artigo, a deputada aponta basicamente os problemas financeiros que afastaram empresas tradicionais do Estado de Mato Grosso, trazendo recessão e desemprego que dobrou de índices, teoricamente por culpa do governo Taques.

Diante da reflexão da deputada que sempre serve de alerta positivo, é preciso pensarmos em dois elementos que foram esquecidos – passado e presente. Quanto ao passado, importa comparar os 2 anos anteriores ao governo Pedro Taques com os 2 anos dessa nova gestão. Não se trata de revisionismo ou revanchismo, mas de justiça metodológica. Os dois anos que antecederam o atual governador foram marcados por Silval Barbosa, político do mesmo partido da deputada – o PMDB. No período, uma tessitura vil tomou conta da administração pública mato-grossense, organizada para roubar sistematicamente o erário. Além dos crimes que conduziram a gangue à cadeia, administrativamente, o que vimos foi a incompetência não só de 2 anos, mas do mandato integral, ao não concluir nenhuma obra da Copa com a qualidade esperada.

Para muitas pessoas, no entanto, não importa refletir sobre o passado. Pois então, falemos sobre o presente. O governo federal, capitaneado por um correligionário de partido da deputada – o PMDB – alcançou um recorde negativo em matéria econômica. A Secretaria do Tesouro Nacional acabou de divulgar que o governo de Michel Temer conseguiu a façanha de criar um rombo de 154 bilhões de reais, ou seja, um gasto superior à arrecadação. Trata-se do maior rombo dos últimos 20 anos de medição. Em termos de previdência social, o atual presidente Michel Temer pegou um débito de 85 bilhões de reais e conseguiu transformá-lo para quase 150 bilhões. O completo fracasso dos governos do PMDB pode ser provado de forma objetiva, regional e nacionalmente. O desemprego apontado pela deputada Janaína Riva é, em Mato Grosso, de 8%. Já os índices nacionais são de 11,6%, colocando o Brasil na 7ª colocação em matéria de desemprego no mundo.

Em termos de saúde pública, em quatro anos o governo do PMDB credenciou 57 UTI’s no Estado de Mato Grosso e, em dois anos, Taques conseguiu credenciar 204 UTI’s, quase o quádruplo do número, em metade do tempo. Mesmo com o crescimento de 9,5% da folha de pagamento, o atual governo emprega o maior número de servidores de carreira em cargos comissionados, diferentemente dos 2 anos imediatamente anteriores a Taques. A bomba-relógio deixada pelo governo do PMDB ao aumentar o funcionalismo sem qualquer estudo de impacto financeiro, caiu no colo da atual gestão em 49.85% que extrapola o limite de responsabilidade fiscal com a folha salarial. Em matéria de transporte/asfaltamento, elemento essencial para o setor produtivo mato-grossense, deixou a nobre deputada estadual de informar o público dos números exatos. De 2011 a 2014, foram (re)construídos 886 km de asfaltamento. Nos dois primeiros anos de governo Pedro Taques, temos 1.430km de asfalto, sendo 712 km de construção e 718 km de reconstrução, ou seja, o dobro do rendimento em metade do tempo assinalado de forma objetiva, um feito que é simplesmente ignorado pela oposição, mas festejado por quem arriscava a vida em nossas estradas.

Em dois anos, foram construídas 31 pontes de concreto no Pantanal, contratados 3500 profissionais para a segurança pública, 15 novas unidades de ensino e 17 escolas reformadas, sendo que os professores ganharam aumento de 7%, além da reposição geral anual. O artigo da deputada Janaína Riva é muito bem-vindo. Para a democracia, é essencial a pontuação dela. Oportuniza comparações e reflexões. O governo Taques não é perfeito. Equivocou-se com a inicial autocracia de uma equipe sem qualquer traquejo, apelidada como a “a turma do power-point”. Foi deficiente em permitir a corrupção se perpetuar na Secretaria de Educação por meio de fraudes às licitações, atrasa a reforma administrativa e tributária, enfim, bate cabeça aqui e ali. No entanto, deve ser comparado com objetividade ao descalabro do PMDB que jogou o Estado de Mato Grosso numa recessão sem precedentes, inflando dolosa e irresponsavelmente a folha de pagamento, restando à equipe anterior as celas de uma prisão. Os 2 primeiros anos do governo Taques podem ter sido decepcionantes, frustrantes, travados, equivocados pela falta crônica de diálogo e desconfiança exacerbada. É justo cobrar. A deputada faz bem. É justo esperar que o governo melhore. Temos esse direito. Mas os números são os números, independentemente da vontade da oposição ou situação. Mato Grosso está atravessando a crise causada pelo governo anterior com alguma dignidade.

Eduardo Mahon é advogado.

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158 anos e a nova Várzea Grande

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Hoje, dia 15 de maio, comemoramos com muito orgulho os 158 anos de fundação da nossa Várzea Grande. E pensar que um povoado nascido na margem direita do rio Cuiabá se tornaria a segunda maior população de Mato Grosso e protagonista do grande aglomerado urbano da região metropolitana. Sim, nossa cidade cresceu. Como sempre ouvimos dizer: Várzea Grande é grande!
Mas, crescimento nem sempre traz a reboque o desenvolvimento. Por isso, afirmo aqui, que nossa cidade tem muitas histórias e está iniciando novos capítulos e reescrevendo alguns deles também. Assim como muitos que aqui estão, adotei essa cidade para ser meu porto seguro, construí minha vida pessoal e profissional. Assim como muitos, mesmo não sendo filha ‘biológica’ dessa terra, sou filha adotiva, e muitos de nós temos nossos filhos nascidos aqui: uma geração inteira de novos várzea-grandenses de berço que dão um toque e um ritmo mais jovial a nossa mais que centenária cidade.

Pelas ruas sempre ouvimos que Várzea Grande é diferente e que Várzea Grande é para os fortes. Friso é que Várzea Grande é uma terra amada por todos que aqui vivem, que aqui trabalham e aqui geram renda, empregos e constroem sonhos. Trabalho com muito orgulho para que nosso munícipio seja uma terra de oportunidade para as pessoas que de fato amam essa terra e aqui seguem vivendo, superando obstáculos e contribuindo ativamente para um futuro realmente grande.

Essa nova história que se escreve, e com os capítulos também estão sendo reescritos, tratam de um novo momento da nossa vivência várzea-grandense. Existe um exército empenhado em transformar Várzea Grande e fazê-la forte para recuperar posições que foram perdidas ao longo dos últimos anos, especialmente, no campo econômico e financeiro.

Somos a segunda maior população de Mato Grosso, mas passamos longe de ser a segunda maior economia. Várzea Grande parou no tempo. Perdeu o título de Cidade Industrial, perdeu o vigor econômico e o ‘o bonde do desenvolvimento’ no começo dos anos 2000, quando o agro estadual se revelou ao país e passou a ser endereço certo de investimentos milionários.

Deixaram Várzea Grande de fora. Nossa estratégica logística não foi defendida. Nosso aeroporto, o entroncamento de BRs que ligam Mato Grosso, ao seu pujante interior, e ao Norte e Sul do Brasil, foram ignorados. E a conta desse capítulo a ser reescrito, chegou. Várzea Grande perdeu muito tempo e agora não temos tempo a perder. Nosso foco é desenvolver e modernizar a cidade em todas as áreas, desde os históricos problemas como a falta de água, a falta de escolas e creches municipais, levar infraestrutura de verdade aos bairros, colocando fim aos paliativos e maquiagens, atrair investimentos de todos os portes para que gerem divisas e empregos a nossa gente e conquistar o protagonismo político.

Quando falamos que vamos destravar Várzea Grande, não estamos nos referindo apenas ao aspecto econômico, mas sim, a uma Várzea Grande por inteiro. Para isso temos como missão nesta nova gestão ações focadas na transparência, no trabalho e no progresso. Que venham mais e pujantes anos para nossa Várzea Grande, uma cidade de portas abertas a todos que queiram edificar, trabalhar, empreender, viver, conquistar e sonhar!

Flávia Moretti, prefeita de Várzea Grande

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