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O palácio dos esportes

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Quem não se preocupa com a situação atual da Arena Pantanal de mais de R$ 600,0 milhões, reconhecida internacionalmente como um dos mais importantes exemplos de arquitetura contemporânea no mundo e escolhida como a mais funcional de todas as arenas da Copa 2014 pela crônica esportiva estrangeira presente no evento? Além da falta de interesse demonstrada pelas autoridades responsáveis, há também a indefinição de qual o destino socialmente útil e sustentável dar a ela, solução não encontrada para nenhuma de suas coirmãs, inclusive o Maracanã, a tida como a mais viável delas.
A chegada ao governo do estado do ex-prefeito Wilson Santos e de Leonardo Oliveira, jovem de ótimo DNA político e promissora carreira, ambos entusiastas do futebol cuiabano, bem como a posse do prefeito Emanuel Pinheiro que prometeu retomar o projeto “Bom de Bola, Bom de Escola” animam-me a trazer em linhas gerais uma ideia que matuto a algum tempo sobre o assunto. Ela se baseia na visível voracidade com que a população frequenta os parques públicos cuiabanos, antigos e novos, e, muito em especial, a praça da Arena Pantanal, onde crianças, jovens e menos jovens, individualmente ou em grupos, desfrutam de espaço abundante para a prática de atividades físicas. Chama a atenção famílias reunidas em quadriciclos com reboques, sorrindo, brincando, deixando de lado um pouco o sedentarismo mortal da trinca sofá, refrigerantes e TV. Quanto isso custa aos poderes públicos? Ou melhor, quanto esses equipamentos públicos economizam aos cofres públicos só em termos de saúde, por exemplo? O custo apenas das doenças cardiovasculares no Brasil é estimado na ordem de 1,74% do PIB! Transportando rusticamente essa proporção para Cuiabá teríamos um custo de R$ 310,0 milhões ao ano, metade da Arena Pantanal por ano. Só em uma doença! E a baixa capacidade respiratória e muscular, somada ao sedentarismo aumentam em 3 a 4 vezes a prevalência desses males.
O esporte é
uma das formas mais sublimes de manifestação da vida. Vida é saúde, e o esporte é o cultivar da saúde e a fruição da vida em plenitude. O esporte, em especial o futebol no Brasil, não é mais coisa de vagabundo como alguns ainda pensam. Trata-se de uma das principais alternativas às drogas, crime e violência para nossos jovens, bem como aos hospitais, remédios e o túmulo precoce aos adultos. A ideia é transformar a Arena Pantanal no Palácio dos Esportes. Mantida a prioridade para o futebol – reservados espaços para os clubes contarem suas histórias, venderem seus materiais e ingressos, bem como espaços para os visitantes da Arena, com exposições e palestras sobre o grande edifício e o antigo Verdão – a Arena Pantanal abriria todo o seu espaço restante para abrigar os demais esportes, com suas federações, ligas, academias, oficinas, lojas de materiais esportivos. A própria Federação de Futebol poderia estar lá, desocupando a antiga Praça Benjamin Constant a ser reurbanizada à altura do Sesc Arsenal e do Dutrinha revitalizado.
Articulada aos COT’s, Mini-Estádios e projetos como o “Bom de Bola Bom de Escola” a Arena funcionaria como o esteio de um grande programa de esportes, mas também de saúde, educação e segurança pública, que se estenderia progressivamente para todo o estado. Lá ficariam esportes compatíveis com o espaço, como o boxe, judô, Karatê, tênis de mesa, xadrez, ginástica olímpica e muitos outros. A Arena teria assim uma utilização nobre, sustentável e socialmente correta, mantida com uma adequada taxa de utilização dos usuários baseada no seu custo de manutenção e complementada com recursos do estado como investimento multisetorial de amplos resultados, não como subsídio.
JOSÉ ANTONIO LEMOS DOS SANTOS, arquiteto e urbanista, é professor universitário.    [email protected]

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Páscoa: O Amor que Venceu a Morte

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“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” — João 3:16

A Páscoa é, para os cristãos, muito mais do que uma simples celebração. É a lembrança viva do maior ato de amor já registrado na história da humanidade: Deus entregando Seu Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar, garantindo-nos a vida eterna.

João 3:16 resume em poucas palavras o coração do Evangelho. Deus nos amou de tal maneira — de forma tão profunda, tão incompreensível — que não poupou o Seu único Filho. Jesus não veio ao mundo apenas para ensinar ou curar, mas para morrer em nosso lugar, assumindo nossos pecados na cruz. E ao ressuscitar ao terceiro dia, Ele venceu a morte e abriu o caminho da salvação para todos os que creem.

A Páscoa, então, não é apenas sobre a morte, mas principalmente sobre vida. A vida nova que recebemos quando colocamos nossa fé em Cristo. É a celebração da esperança que não se abala, mesmo diante da dor e da morte, porque sabemos que Aquele que venceu a cruz também venceu o túmulo.

Neste tempo, somos convidados a refletir: o que esse amor significa para mim? O que muda em minha vida ao saber que fui tão amado por Deus, a ponto de Ele entregar o que tinha de mais precioso para me salvar?

Que nesta Páscoa, mais do que ovos de chocolate ou tradições, possamos nos lembrar do verdadeiro motivo da celebração: o amor de Deus revelado na cruz e confirmado na ressurreição. Um amor que transforma, liberta e dá vida eterna.

Mírian Elisabeth Nascimento é advogada

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