O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), encaminhou à Câmara Municipal um projeto que solicita autorização para ampliar a carga horária dos militares lotados na Secretaria Municipal de Segurança Pública, vinculados à Secretaria Adjunta do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Esses servidores são designados, principalmente, para atuar na segurança pessoal do prefeito, da primeira-dama, dos filhos e da vice-prefeita.

A estimativa é de que 19 agentes integrem esse grupo especial, o que representa um impacto financeiro de aproximadamente R$ 111 mil por mês aos cofres públicos.

O projeto prevê a ampliação da chamada atividade delegada, permitindo que os militares vinculados ao GSI possam cumprir até 8 horas por dia e até 120 horas mensais. A proposta, no entanto, não altera a carga horária dos policiais e bombeiros que atuam no patrulhamento ostensivo da cidade, que permanece em 8 horas por dia e no máximo 50 horas por mês.

A medida ainda precisa ser analisada pelas comissões permanentes da Câmara e, posteriormente, aprovada em plenário. Se passar, o texto retorna para o Executivo para sanção e publicação na Gazeta Municipal.

A atividade delegada é composta por membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros que, de forma voluntária, atuam em seus dias de folga com a finalidade de proteger o patrimônio público da cidade. O controle das horas é realizado respeitando a legislação das corporações e o bem-estar físico e mental dos profissionais.

Segundo dados da gestão anterior, do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), até o ano passado o município contava com cerca de 50 agentes atuando por dia na segurança de espaços públicos. Ao todo, mais de 1,6 mil militares estavam cadastrados e aptos a participar do programa.

Jornalista: Mika Sbardelott

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