E agora, Mauro Mendes?

Janaina e Pivetta juntos no mesmo palanque: e Mauro, vai com quem?

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A iminente federação entre MDB e Republicanos não é apenas mais um arranjo partidário em ano pré-eleitoral: ela tem potencial para alterar profundamente o eixo das forças políticas em Mato Grosso. Unindo nomes como Otaviano Pivetta, atual vice-governador e pré-candidato ao Executivo estadual, e a deputada Janaina Riva, que almeja uma vaga no Senado, o movimento deve obrigar até os aliados mais próximos do governador Mauro Mendes (União Brasil) a reverem suas estratégias.

Embora Pivetta e Janaina mantenham uma relação política razoavelmente harmônica, a aliança entre ambos pode ser vista como um golpe direto no tabuleiro de Mendes, que trata Janaina como adversária e já deixou claro seu interesse pessoal nas eleições para o Senado. A federação colocaria, na prática, dois de seus concorrentes em palanques convergentes — e com o apoio mútuo de estruturas partidárias relevantes.

Nesse cenário, Mauro Mendes será forçado a uma decisão estratégica: romper com Pivetta e bancar outro nome ao governo, ou tolerar a aliança com Janaina em nome de um projeto estadual maior. Em ambos os casos, o desgaste político é inevitável.

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Além disso, a federação cria uma nova tensão interna: quem comandará a estrutura em Mato Grosso? A disputa entre Riva e Pivetta pelo controle regional da federação pode ser o primeiro teste de resistência dessa união. A posição é decisiva, pois dará poder sobre candidaturas, recursos e articulações locais.

Diferente das antigas coligações, as federações exigem atuação conjunta nas esferas federal, estadual e municipal, por no mínimo quatro anos. Ou seja, não há espaço para “alianças de ocasião” — o que se decidir agora terá impacto duradouro.

Para o eleitor mato-grossense, a federação MDB–Republicanos poderá representar uma nova coalizão de forças, com a promessa de estabilidade institucional e candidaturas robustas. Mas para Mauro Mendes, representa uma ameaça à sua hegemonia política — especialmente se não conseguir manter o controle sobre seu entorno.

O avanço dessa articulação deverá acelerar decisões importantes em todos os grupos políticos do estado. O que está em jogo, mais do que cargos, é a liderança sobre o futuro político de Mato Grosso.

Jornalista: Mika Sbardelott

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ATÉ ZUNIL

Câmara de Cuiabá desiste de brigar na Justiça e vai pagar salários a vereadores acusados de corrupção

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Mesmo afastados por suspeita de receber propina de construtora, os vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB) continuarão recebendo seus salários pagos com dinheiro público — e com a bênção da própria Câmara de Cuiabá.

A presidente da Casa, vereadora Paula Calil (PL), decidiu abrir mão de recorrer da decisão judicial que garantiu os vencimentos dos parlamentares, alvos da Operação Perfídia, deflagrada pela Polícia Civil. A investigação aponta que ambos teriam negociado vantagens indevidas em contratos públicos.

A justificativa da presidente para não lutar contra o pagamento aos afastados foi tão direta quanto polêmica:

“Concordo que é imoral, mas é legal.”

A declaração foi feita nesta quarta-feira (12), após nova pressão sobre a presidência da Câmara por aceitar, de forma passiva, a decisão da Justiça.

“Esta Casa não está inerte. Nós nos reunimos com a assessoria jurídica e com a Procuradoria e chegamos a um consenso. Como já existe jurisprudência, e até que seja provado se eles são culpados ou inocentes, decidimos não recorrer”, disse Paula Calil.

Investigados, afastados… e bem pagos

A decisão beneficia dois parlamentares alvo de investigação por corrupção ativa e passiva, suspeitos de participar de um esquema de pagamento de propina ligado a uma construtora que firmava contratos com a Prefeitura de Cuiabá.

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Ambos estão afastados do cargo por decisão judicial, mas continuam recebendo salários bancados pelos cofres públicos — algo que, segundo Paula Calil, a Câmara já teve que fazer no passado, de forma retroativa, após perder na Justiça.

O recuo da presidente da Casa causou revolta entre servidores e parte da opinião pública, mas ela segue firme em sua posição.

“A Câmara respeita as decisões judiciais. E, para evitar prejuízo ainda maior aos cofres públicos, como pagamento com juros e correções, decidimos acatar”, reforçou.

Decisão que revolta

A decisão judicial que garantiu o salário aos afastados foi proferida em maio, sob o argumento de que o afastamento não anula os direitos trabalhistas dos parlamentares, mesmo com as graves suspeitas.

Chico 2000 e Sargento Joelson foram flagrados em conversas interceptadas pela Polícia negociando vantagens com empresários. Apesar disso, seguem oficialmente apenas “afastados”, sem condenação definitiva — o que abre brecha para decisões como essa.

A Câmara, por sua vez, optou por não lutar, preferindo abrir mão de recorrer, mesmo diante da indignação da população cuiabana. A conta, como sempre, será paga pelo contribuinte.

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Jornalista: Mika Sbardelott

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