DANÇA DAS CADEIRAS

Multado pelo TCE, ex-secretário de Cuiabá assume pasta em Várzea Grande

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A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), promoveu mudanças estratégicas no alto escalão da gestão municipal. A Secretaria Municipal de Administração passa a ser comandada por Antônio Roberto Possas de Carvalho, ex-secretário de Fazenda de Cuiabá durante a gestão de Emanuel Pinheiro (MDB).

Economista formado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e bacharel em Direito pela Universidade de Cuiabá (Unic), Possas tem larga trajetória na gestão pública. Já atuou como subsecretário de Administração de Várzea Grande, em 2011, durante a administração de Walace Guimarães (MDB), além de ter sido secretário de Finanças de Cuiabá entre 1989 e 1992. Possas também chefiou a assessoria econômica do Núcleo de Planejamento da Secretaria de Estado de Fazenda.

Ele se aposentou como fiscal de tributos e tem especializações em Direito Público e Administração Financeira. Apesar do currículo técnico, Possas também carrega pendências em sua trajetória recente: em 2024, foi multado em R$ 5,1 mil pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), por irregularidades relacionadas à ausência de repasses previdenciários patronais e descontos indevidos nos salários de servidores públicos municipais.

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No mesmo ano, Possas aparece entre os doadores da campanha de Domingos Kennedy (MDB), aliado político de Emanuel Pinheiro e candidato à Prefeitura de Cuiabá em 2024. Ele contribuiu com R$ 15 mil para a campanha do emedebista.

Além de Possas, a prefeita Moretti também confirmou outra mudança: o servidor de carreira do TCE-MT, Marcos José da Silva, vai assumir a Secretaria de Gestão Fazendária. Ele substitui José Francisco Mazzuco Júnior.

Jornalista: Mika Sbardelott

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ATÉ ZUNIL

Quem vai dominar o Pedra 90?

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Se você acha que o clima político na Câmara de Cuiabá é quente, é porque não conhece a guerra de egos no Pedra 90, um dos bairros mais populosos da cidade. Os vereadores Baixinha Giraldelli (Solidariedade) e Dídimo Vovô são mais do que colegas de Câmara: são rivals declarados. A convivência entre os dois é marcada por alfinetadas públicas, trocas de farpas e uma disputa por território que já extrapolou os limites do bairro.

A rivalidade é antiga. Em 2020, Baixinha, que ainda era do PDT, ficou na suplência com 919 votos, enquanto Dídimo se elegeu com 2.122. Quase dois anos depois, no pleito de 2022, a história se repetiu, mas com um novo capítulo: Baixinha agora conquistou uma cadeira na Câmara com 2.843 votos, e Dídimo foi reeleito com 3.137. Agora, o Pedra 90 tem dois representantes — mas a pergunta é: quem vai realmente comandar o pedaço?

Em qualquer reunião, a tensão é palpável. As conversas são mínimas e a cordialidade é apenas de fachada. Quem conhece de perto sabe que os dois não se suportam, mas têm que engolir a convivência por questões de poder político.

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A disputa está cada vez mais acirrada, e o bairro segue dividido. Se Baixinha e Dídimo já conseguiram uma cadeira na Câmara, o verdadeiro embate será para ver quem fica com o controle político do Pedra 90. Resta saber até quando essa tensão vai durar.

Jornalista: Mika Sbardelott

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