Nos corredores fechados do poder, uma proposta feita longe dos olhos públicos começou a ecoar com força entre as paredes da política mato-grossense. O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), já projetando assumir o comando do Estado em abril de 2026, fez um convite que pode virar o jogo: quer a deputada Janaina Riva (MDB) como sua vice numa chapa rumo à reeleição.

A conversa aconteceu em tom reservado, mas o conteúdo vazou: Pivetta teria oferecido mais que uma vaga de vice. Prometeu o futuro. Como não poderá disputar o mesmo cargo novamente em 2030, ele sugeriu que Janaina teria caminho aberto ao Palácio Paiaguás no próximo ciclo eleitoral.

A proposta causou ruído. Janaina, que até então mirava o Senado, começa a repensar seus planos. Fontes próximas à deputada afirmam que ela ficou tentada. Nos bastidores, já confidenciou a colegas que a campanha como vice seria menos desgastante, mais estratégica — e com destino mais promissor.

Mas há uma peça fora da equação que pode desestabilizar tudo: Wellington Fagundes (PL), senador e sogro de Janaina, também articula sua candidatura ao Governo. A tensão está formada. Dentro do próprio círculo familiar, interesses se cruzam. E o silêncio entre os envolvidos só aumenta o clima de incerteza.

Enquanto isso, aliados observam com cautela. As articulações seguem firmes, mas discretas. Cada passo é medido, cada palavra, calculada. Há mais em jogo do que se vê. E, neste momento, ninguém fala em público — mas todos estão ouvindo.

Jornalista: Mika Sbardelott

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