O vereador de Várzea Grande, Caio Cordeiro (PL), está no centro de um dilema político digno de novela: entre atender ao chamado do partido ou manter a boa convivência com seu padrinho político, o experiente deputado estadual Sebastião Rezende (União Brasil).

Caio, que foi o segundo mais votado do município em 2020 com 3.768 votos, ganhou destaque suficiente para despertar o interesse da direção estadual do PL, que quer colocá-lo na disputa por uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026. Empolgado com o convite, o vereador disse “sim”, mas logo veio a ponderação: “E o Rezende, como vai reagir?”

Rezende, que vai tentar o sétimo mandato seguido, não estaria nada animado com a ideia de dividir a base eleitoral com o afilhado político. A movimentação de Caio pode gerar um racha em votos estratégicos para ambos — e, como se sabe, eleição é lugar onde ninguém gosta de dividir o que garante reeleição.

O presidente do PL-MT, Ananias Filho, jogou mais lenha na fogueira (política): afirmou que Cordeiro deve se comprometer com os projetos do partido, lembrando que Rezende é de outra legenda. Em outras palavras: “o compromisso agora é com o PL”.

Nos bastidores, o clima é de expectativa. Caio ainda tenta equilibrar as contas entre gratidão e ambição, enquanto o PL se mostra cada vez mais disposto a colocá-lo na vitrine estadual. Se vai ou não romper com o padrinho, ninguém sabe — mas uma coisa é certa: 2026 promete emoções no palco político de Mato Grosso.

Jornalista: Mika Sbardelott

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