Mais de um mês após a Petrobras anunciar a segunda redução do preço da gasolina nas refinarias, os consumidores em Cuiabá continuam pagando mais caro pelo litro do combustível nos postos da capital. Segundo relatórios feitos semanalmente pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) em todo o país, na capital, o preço da gasolina e do etanol apenas subiu nas últimas semanas.
Conforme a ANP, na semana entre os dias 16 e 22 de outubro, o preço médio da gasolina em Cuiabá era de R$ 3,70 e do etanol, R$ 2,43. No entanto, na semana de 6 a 11 de novembro, por exemplo, o preço médio da gasolina era de R$ 3,73, enquanto o preço do litro do etanol saltou para R$ 2,67.
De acordo com o diretor-executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso (Sindipetróleo-MT), Nélson Soares Júnior, o que mais pesa no preço da gasolina é o álcool adicionado. “Esse assunto é motivo de uma solicitação da nossa federação para que, no periodo da entressafra, essa participação do etanol anidro caia de 27% para 20% para que não pressione tanto o preço da gasolina, como tem pressionado”, afirmou.
Já diretor-executivo do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, o álcool não pode ser responsabilizado pelo aumento da gasolina.
“Segundo a Petrobras, 16% do custo da gasolina é etanol. É só fazer a conta. São R$ 0,33. É menos de 10% do preço da gasolina em Cuiabá. Tem uma série de fatores, como os impostos e encargos, mas o etanol é o menor peso nessa história toda, também segundo a Petrobras”, afirmou.
A variação no preço do combustível fez com que o Procon-MT emitisse um alerta aos consumidores para que façam uma ampla pesquisa de preço antes de abastecerem seus veículos.
“Aqui em Cuiabá existe uma variação de até R$ 0,40 no preço do etanol, isso em um universo de apenas 33 postos fiscalizados aqui na semana passada”, disse Ivo Firmo, gerente de fiscalização do Procon.