Amar o que se faz. Este parece ser o segredo das mulheres que enfrentam cargas exaustivas no trabalho e ainda se multiplicam para estarem presentes no dia a dia de filhos, maridos, namorados e em tudo mais que exige a atenção destas guerreiras.
A cuiabana Alana Cardoso, 41, delegada da Polícia Civil atuante há 15 anos, diz que é muito difícil conciliar carreira e família. Mãe de duas meninas de 10 e 11 anos, afirma que só é possível porque as mulheres são muito ativas e sempre dão um jeito para “dar conta do recado”. Se desdobram para estar presentes na educação dos filhos, sem deixar de lado o trabalho. Delegada operacional, Alana também atua nos plantões da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), onde está lotada.
A professora Maria de Fátima Comini da Silva, 56, atribui a disposição em atuar 60 horas semanais em salas de aula a grande vontade de viver e ao amor que tem pela profissão. Somente na rede pública leciona há 18 anos. Garante que ainda consegue achar tempo para a família, o filho de 26 anos e o “namorido”. Mesmo levando muito trabalho para casa, faz questão de passear, se divertir, principalmente frequentar eventos culturais. A cooperação do marido e filho também são importantes.
Além disso, lembra que o professor precisa buscar tempo para estudar e se atualizar. Acredita que o segredo é trabalhar com amor. Quando se gosta do que faz a energia não acaba.
Ainda sem filhos e marido, a enfermeira obstetra Gisele Cristiane Ferreira Lima, 27, dedica 12 horas do seu dia ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde atua como coordenadora do centro cirúrgico. Formada há cinco anos, há quatro atua na função.
Diz que no futuro terá que conciliar o trabalho, que tanto ama, com um companheiro e filhos. Este será o desafio de se dedicar a eles e não deixar de lado a profissão. Mas prefere deixar esta decisão nas mãos de Deus, pois acredita que ele tem os melhores planos para sua vida. Ama o que faz e disse que desde a infância, nunca se imaginou fazendo outra coisa que não fosse ajudar as pessoas e salvar vidas. Ainda mora com os pais e o pouco do tempo que resta da rotina exaustiva que se estende de segunda a sábado, é para descansar e conviver com a família.