Engenheiro agrônomo morre ao cair do 10º andar do apartamento em que morava com a mãe, no bairro Duque de Caxias, em Cuiabá. Tarcísio Monteiro da Costa, 35, caiu na parte interna do condomínio, próximo a piscina. Equipes do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e do Corpo de Bombeiros, foram acionadas e constataram a morte da vítima.
Com este, sobem para seis os suicídios registrados pela DHPP na Grande Cuiabá, este ano. Foram três ocorrências em janeiro e três em fevereiro. Em 2016 a delegacia atendeu 53 ocorrências de suicídio.A Polícia foi acionada e o delegado Marcelo Miranda Muniz, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acompanhou perícia e liberação do corpo ao Instituto de Medicina Legal (IML). A morte ocorreu por ontem volta das 14h.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), entre janeiro e outubro do ano passado foram registrados 151 suicídios no Estado, do total 45 em Cuiabá. O número é 32% maior que o registrado no ano de 2015, quando foram 114 ocorrências no Estado todo.
O tema foi alvo de requerimento do vereador Abílio Júnior (PSC), em sessão da Câmara de Vereadores. Ele requereu a realização de uma audiência pública para debater o aumento de homicídios e as ações de prevenção voltadas para essa questão em Cuiabá.
Para o vereador, essa questão é um problema ligado à área de saúde pública, associado à ineficiência de políticas sociais como, lazer, cultura, emprego e renda.
“O fato de o cidadão não ter um emprego para sustentar sua família, de repente, ser um usuário de droga ou álcool, são exemplos de algumas situações que podem levar a pessoa à depressão e, no extremo, ao suicídio”.
De acordo com Abílio Júnior, o poder público, juntamente com a sociedade, deve estar atento ao problema e buscar mecanismos de prevenção, com ações que fomentam a prática de lazer, o acesso à cultura, a distribuição ampla de emprego e renda; bem como a elaboração de projetos voltados para a orientação da população sobre o tema, por meio de palestras, seminários, cartilhas educacionais, dentre outros.
“A Associação Brasileira de Psiquiatria elaborou uma cartilha para combater o suicídio junto com o Conselho Federal de Medicina. Essa cartilha sobre o suicídio poderia ser distribuída à população, o que poderia contribuir para maior esclarecimento e ajuda àquelas pessoas que estejam em situação de fragilidade emocional e que vem como a última solução, tirar a própria vida”, sugere.