Até meados dos anos 90, o município várzea-grandense, em MT, era mais conhecido por ser amparo residencial de grande parte dos trabalhadores da capital. Tanto que sua sede era denominada de Cidade Dormitório de Cuiabá. Desqualificou-se, portanto, qualquer outra iniciativa para impulsionar a economia local, a fim de garantir dividendos importantes, indispensáveis nos cenários social e de infraestrutura. Isso mudou radicalmente.
Segundo dados recentes divulgados pelo governo federal, nos últimos três anos (2021 a 2023) Várzea Grande se transformou para bem melhor. Deixou aquelas conhecidas características provincianas e assumiu formato promissor calcado na expansão econômica e em relação à infraestrutura. Agora, pode ser atestado em rápida circulação pela cidade, há residenciais populares imponenes, ruas e avenidas asfaltadas, saneamento básico, iluminação, etc.
O segmento de serviços públicos também está no ritmo desenvolvimentista do município, pois promoveu reforma e ampliação de diversas unidades educacionais e da área de saúde. Outras foram construídas em moldes modernos, a exemplo de UPAs.
Os avanços existem, mas falta muito ainda para que o município de Várzea Grande – bem como outros do País afora – atinjam patamares capazes de neutralizar suas demandas tradicionais, avaliam técnicos do próprio governo federal.
Porém, a despeito dos conhecidos atropelos que o município e sua sede enfrentam, investimentos de peso vieram se somar à popular “Cidade Industrial” – apelido que não se sustentou mais, por conta do esvaziamento de iniciativas empresariais de grande ponta em Várzea Grande.
O importante é que os investidores retornaram em peso para Várzea Grande, e até um shopping foi construído ao lado do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, o principal de MT.
Empregos
Essa evolução pode ser mensurada por indicativos reais, como número de empregos formais criados, ampliação da formalização de MEIs, e pela ancoragem de novas empresas que escolheram a cidade, explicam economistas.
Também se pronunciando, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Turismo, Charles Caetano, destacou que os dados são públicos de fácil acesso. “Ou seja: além de a mudança ser perceptível a cada dia por quem vive Várzea Grande, pode ser comprovada por meio de números em órgãos oficiais”.
Caetano reforça que a segunda maior cidade de Mato Grosso ultrapassou a marca de 300 mil habitantes, conforme dados do Censo do IBGE de 2022, registrando notável expansão demográfica.
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Conforme a Receita Federal, o número de MEIs em 2021 (Microempreendedor Individual) em VG era de 19.216, passando para 21.947 em 2022, e chegando no final de 2023 com 23.838 empresas desse segmento; crescimento de 24% neste período.
Sobre a ancoragem de empresas em Várzea Grande, conforme números da Junta Comercial do Estado de Mato Grosso (Jucemat) referentes a empresas de pequeno, médio e grande porte, foram abertas mais 5.488 em 2021, passando para mais 5.707 em 2022. Assim, 2023 foi fechado com mais 6.114 novas empresas desses segmentos, crescimento estimado em 11% no período analisado.
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foram assinadas no município 22.022 novas admissões com carteira assinada no ano de 2020.
Redação/com informações da SECOM VG