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Governo vai ampliar uso de FGTS

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O governo federal prepara a criação da faixa 4 do programa habitacional Minha Casa Minha Vida (MCMV), destinado a famílias com renda mensal de até R$ 9 mil, conforme apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, com fontes próximas do assunto. Hoje, o limite é de R$ 6,5 mil.

Os beneficiários deste novo segmento poderão comprar imóveis de até R$ 300 mil, utilizando financiamento com recursos originados no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a juros anuais de 9,16%. Essa taxa é maior do que nas outras faixas do MCMV, que chegam a 8,16% ao ano. Entretanto, é mais atrativa do que os valores cobrados pelos bancos fora do programa, que vão de 10% a 14% ao ano.

A medida será anunciada na segunda-feira, 6, durante cerimônia às 15h30, em Brasília, com a participação do presidente, Michel Temer, além de ministros e empresários.

Outra novidade será a correção nos limites de renda nas demais faixas do programa em cerca de 6,5%, visando acompanhar a inflação. Com isso, a renda mensal máxima das famílias para enquadramento na faixa 1,5 deve subir de R$ 2,3 mil para aproximadamente R$ 2,6 mil; na faixa 2 de R$ 3,6 mil para R$ 3,9 mil; e na faixa 3 de R$ 6,5 mil para R$ 7,0 mil.

Esses números ainda estão sendo ajustados e arredondados pelo governo federal, podendo ter algumas alterações no anúncio de segunda-feira. Também não está confirmada se a correção abrangerá a faixa 1, válido para famílias com renda de até R$ 1,8 mil. Neste segmento, o imóvel é praticamente todo pago com dinheiro do Tesouro Nacional, ao contrário das demais faixas, que usam recursos do FGTS e do FAR.

O governo federal também subirá em 10% o preço máximo dos imóveis contratados pelo programa habitacional nas faixas 2 e 3. Dessa forma, os valores passarão de R$ 225 mil para R$ 250 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. A última alteração nas faixas de renda e preços dos imóveis do Minha Casa Minha Vida ocorreu em outubro de 2015, ainda durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

As reformas no MCMV atendem a reivindicações de empresários do setor da construção. Os representantes dos principais sindicatos e associações reclamam que os valores dos imóveis no programa estão defasados, o que inviabiliza a realização de novos projetos nas cidades onde os terrenos são mais valorizados, como nas regiões metropolitanas.

Além disso, a aceitação de mais famílias dentro do MCMV ajuda a aliviar a crise no mercado imobiliário. Fora do programa, o financiamento para compra de moradias é mais caro, o que se tornou um dos principais responsáveis por esfriar as vendas de casas e apartamentos, bem como gerar distratos.

Estoques

O governo federal ainda estuda dar um empurrão nas vendas dos estoques das incorporadoras. Para isso, cogita aumentar o valor máximo dos imóveis que podem ser financiados com recursos do FGTS no mercado. O limite atual de R$ 950 mil, válido para São Paulo, Rio e Brasília, pode ir para um patamar entre R$ 1,2 milhão ou R$ 1,5 milhão.

Essa medida, porém, seria restrita para a compra de imóveis prontos no estoque das incorporadoras. Portanto, não incluiria unidades usadas, nas mãos de pessoas físicas. Além disso, permaneceria válida até serem liberados R$ 500 milhões do fundo. Depois disso, voltaria a valer o teto anterior, de R$ 950 mil.

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Senar reúne produtores para discutir a assistência técnica e gerencial em bovinocultura de corte

Encontro realizado na Nelore MT discutiu criação de grupo da ATeG e destacou importância da gestão, genética e políticas públicas para a pecuária de corte

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A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) da bovinocultura de corte, programa desenvolvido pelo Senar, foi tema de uma reunião realizada na noite desta segunda-feira (25.08), na sede da Nelore MT, localizada no Parque de Exposições Jonas Pinheiro, em Cuiabá. O encontro reuniu produtores, técnicos e lideranças do setor para debater a formação de um novo grupo da ATeG voltado à pecuária de corte.

O engenheiro agrônomo Marcelo Nogueira, especialista em gestão e produção de bovinocultura de corte, explicou que, com a adesão de ao menos 12 produtores, os atendimentos poderão iniciar já no próximo mês. A iniciativa contará com a técnica credenciada pelo Senar, Josiane, responsável pelo acompanhamento.

Segundo ele, o programa é gratuito, custeado pela contribuição já recolhida ao Senar, e tem foco na geração de renda e na melhoria da gestão de forma educativa. O trabalho prevê acompanhamento individualizado durante 36 meses, com visitas periódicas de técnicos de campo.

“Todo produtor rural que atua em uma das cadeias produtivas atendidas e tem na produção sua fonte de renda pode receber assistência técnica”, reforçou.

Atualmente, a ATeG atende 6.273 propriedades rurais em Mato Grosso, em 12 cadeias produtivas, como bovinocultura de corte e leite, fruticultura, apicultura e piscicultura. São 308 técnicos e 16 supervisores em campo, com atuação em 79 sindicatos rurais, presentes em 99 municípios. A bovinocultura de corte concentra o maior número de grupos, somando 1.945.

A metodologia utilizada engloba cinco eixos principais: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados.

O presidente da Nelore MT, Alexandre El Hage, destacou que o setor enfrenta o desafio de acompanhar a rápida evolução genética.

“O melhoramento genético não é só o peso do bezerro, ele começa na reprodução, nas características maternais. O objetivo é ter uma vaca que coloque um bezerro por ano, e isso é muito difícil. Muitas vezes essas informações não chegam ao produtor, e o Senar é hoje a principal ferramenta para levar essa tecnologia ao campo, junto com nutrição, manejo e sanidade”, disse.

Já o diretor financeiro da Nelore MT, Juliano Ponce, ressaltou o papel da entidade em acolher e aproximar os produtores. Ele destacou que a instituição tem buscado junto ao governo estadual a criação de políticas públicas que beneficiem médios e pequenos pecuaristas.

“O grande produtor tem acesso e estrutura, mas precisamos de projetos que atendam também os médios e pequenos. O melhoramento genético é a virada de chave para produzir mais na mesma área. Estamos construindo propostas para ampliar programas já existentes e garantir que mais produtores sejam atendidos”, afirmou.

O presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Celso Nogueira, elogiou o trabalho desenvolvido pelas entidades representativas do setor.

“Se a gente não participa, as decisões são tomadas sem ouvir os produtores. Hoje a Famato abriu a caixa preta e mostra que trabalha de fato em defesa da classe produtora”, concluiu.

Veja fotos:

BS COMUNICAÇÃO | Assessoria de Imprensa Nelore MT

 

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