Economia

Salário mínimo só deve subir acima da inflação em 2022, diz professor

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Com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que congela os gastos públicos por 20 anos, o salário mínimo só deve voltar a ter aumento acima da inflação a partir de 2022, segundo José Matias-Pereira, professor de administração pública da UnB (Universidade de Brasília).
A PEC prevê que, se o governo estourar o limite máximo de despesas, não haja aumento de gastos acima da inflação —incluindo o salário mínimo.

Atualmente, o reajuste do salário mínimo é calculado com base na inflação do ano anterior, mais o crescimento da economia (o PIB, Produto Interno Bruto) dois anos antes. Dessa forma, quando o país cresce, a tendência é que o salário mínimo suba acima da inflação. Essa regra vale até 2019.

Na prática, porém, o reajuste do salário mínimo nos próximos anos deve cobrir apenas a inflação. Isso porque a economia não está crescendo; então, sem aumento do PIB, o reajuste do salário mínimo fica limitado à alta dos preços.
Segundo Matias-Pereira, mesmo que a economia volte a crescer nos próximos anos, o desequilíbrio das contas públicas deve continuar por mais algum tempo. Nesse caso, o reajuste do salário mínimo ficaria restrito à inflação por causa da PEC do Teto.
“Eu imagino, provavelmente, em torno de quatro a cinco anos, 2021, 2022, por aí, quando provavelmente as nossas contas vão começar a voltar ao ponto de equilíbrio e vamos deixar de ter deficit”, afirma o professor. “As pessoas estão imaginando que, aprovada a PEC, no ano seguinte estão resolvidos os problemas [no orçamento]. Não é assim.”
Mesmo com a perspectiva de o salário mínimo não ter aumento real (acima da inflação) nos próximos anos, Matias-Pereira diz ser a favor da PEC.
“O que é mais importante é criar as condições para que o Estado possa retomar o processo de crescimento e gerar empregos. Esse é um grande problema que nós temos”, diz. “Não adianta falar que vai dar aumento real quando a economia está em depressão e a taxa de desemprego está aumentando.”

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Senar reúne produtores para discutir a assistência técnica e gerencial em bovinocultura de corte

Encontro realizado na Nelore MT discutiu criação de grupo da ATeG e destacou importância da gestão, genética e políticas públicas para a pecuária de corte

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A Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) da bovinocultura de corte, programa desenvolvido pelo Senar, foi tema de uma reunião realizada na noite desta segunda-feira (25.08), na sede da Nelore MT, localizada no Parque de Exposições Jonas Pinheiro, em Cuiabá. O encontro reuniu produtores, técnicos e lideranças do setor para debater a formação de um novo grupo da ATeG voltado à pecuária de corte.

O engenheiro agrônomo Marcelo Nogueira, especialista em gestão e produção de bovinocultura de corte, explicou que, com a adesão de ao menos 12 produtores, os atendimentos poderão iniciar já no próximo mês. A iniciativa contará com a técnica credenciada pelo Senar, Josiane, responsável pelo acompanhamento.

Segundo ele, o programa é gratuito, custeado pela contribuição já recolhida ao Senar, e tem foco na geração de renda e na melhoria da gestão de forma educativa. O trabalho prevê acompanhamento individualizado durante 36 meses, com visitas periódicas de técnicos de campo.

“Todo produtor rural que atua em uma das cadeias produtivas atendidas e tem na produção sua fonte de renda pode receber assistência técnica”, reforçou.

Atualmente, a ATeG atende 6.273 propriedades rurais em Mato Grosso, em 12 cadeias produtivas, como bovinocultura de corte e leite, fruticultura, apicultura e piscicultura. São 308 técnicos e 16 supervisores em campo, com atuação em 79 sindicatos rurais, presentes em 99 municípios. A bovinocultura de corte concentra o maior número de grupos, somando 1.945.

A metodologia utilizada engloba cinco eixos principais: diagnóstico produtivo individualizado, planejamento estratégico, adequação tecnológica, capacitação profissional complementar e avaliação sistemática de resultados.

O presidente da Nelore MT, Alexandre El Hage, destacou que o setor enfrenta o desafio de acompanhar a rápida evolução genética.

“O melhoramento genético não é só o peso do bezerro, ele começa na reprodução, nas características maternais. O objetivo é ter uma vaca que coloque um bezerro por ano, e isso é muito difícil. Muitas vezes essas informações não chegam ao produtor, e o Senar é hoje a principal ferramenta para levar essa tecnologia ao campo, junto com nutrição, manejo e sanidade”, disse.

Já o diretor financeiro da Nelore MT, Juliano Ponce, ressaltou o papel da entidade em acolher e aproximar os produtores. Ele destacou que a instituição tem buscado junto ao governo estadual a criação de políticas públicas que beneficiem médios e pequenos pecuaristas.

“O grande produtor tem acesso e estrutura, mas precisamos de projetos que atendam também os médios e pequenos. O melhoramento genético é a virada de chave para produzir mais na mesma área. Estamos construindo propostas para ampliar programas já existentes e garantir que mais produtores sejam atendidos”, afirmou.

O presidente do Sindicato Rural de Cuiabá, Celso Nogueira, elogiou o trabalho desenvolvido pelas entidades representativas do setor.

“Se a gente não participa, as decisões são tomadas sem ouvir os produtores. Hoje a Famato abriu a caixa preta e mostra que trabalha de fato em defesa da classe produtora”, concluiu.

Veja fotos:

BS COMUNICAÇÃO | Assessoria de Imprensa Nelore MT

 

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