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FAB resgata com vida piloto desaparecido em Santa Catarina

A aeronave SC-105 Amazonas localizou o avião desaparecido e a aeronave H-60 Black Hawk realizou o resgate

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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Marize Torres
Edição: Agência Força Aérea

A Força Aérea Brasileira (FAB) localizou e resgatou com vida o piloto da aeronave de matrícula PU-VRB desaparecida, desde a tarde de quarta-feira (03/04), após decolar do Aeroclube de Santa Catarina, em São José (SC) com destino ao aeródromo de Videira (SC). O salvamento aconteceu por meio do helicóptero H-60 Black Hawk do Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5°/8°GAV) – Esquadrão Pantera.

O avião foi encontrado na área rural da cidade de Ponte Alta do Norte (SC), situada a cerca de dezoito quilômetros de Curitibanos (SC). O piloto de 60 anos foi levado para o aeroporto de Florianópolis e conduzido pela equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Hospital Celso Ramos.

Missão coordenada

A aeronave SC-105 Amazonas do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano – encontrou a aeronave desaparecida, e o helicóptero H-60 Black Hawk realizou o resgate. As aeronaves da FAB voaram um total aproximado de 12 horas e cobriram uma área de mais de 1500 Km2 em mais uma missão coordenada pelo Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico Brasileiro (SALVAERO), cujo órgão central é o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

O Comandante do H-60 Black Hawk na missão, Tenente Aviador Vitor Lucas de Mello, relatou a emoção de encontrar a vítima do acidente com vida no resgate. “Tivemos a grata satisfação de ser recebido com um aceno de mão do piloto, e quando percebemos que estava com vida, a tripulação ficou extremamente feliz, motivada ainda mais para cumprir a missão. A gente treina para isso! Conseguimos resgatá-lo com a maca, aparentemente ele estava com o pé quebrado, segundo os nossos homens de resgate. Consciente, ele conversou com o pessoal, falou que tinha uma filha e pediu para informarmos à família que ele estava com vida”, expressou.

O piloto da aeronave C-105 Amazonas, Tenente Aviador Anderson de Oliveira Kosloski, também expressou a sua satisfação na missão de busca. “Treinamos padrões de busca, seja de dia, seja de noite, e quando a gente vê esse nosso esforço dando frutos, é uma coisa que não tem como descrever. Ver um outro piloto sendo resgatado é como se a gente estivesse na posição dele, pensando como é essa emoção de poder rever a família depois de um acidente como esse”, destacou.

A aeronave SC-105 Amazonas foi acionada pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) para realizar as buscas envolvendo a aeronave de matrícula PU-VRB, no município Ponte Alta do Norte (SC). Assim, decolou às 03h05 de Campo Grande (MS), com uma tripulação composta por 25 militares especializados. As buscas iniciaram durante o período da madrugada do dia 04, sem iluminação natural, por meio de equipamento de visão noturna.Coordenador da missão pelo Esquadrão Pelicano, o Major Aviador Bruno Fernandes Vela também comentou sobre o resgate. “Posso afirmar que foi um marco significativo na minha carreira. A gente trabalha, estuda e treina diariamente. Todo esse nosso preparo é recompensado pela sensação inigualável de poder avistar um sobrevivente. Isso corrobora a razão e o nosso lema do Esquadrão ‘para que outros possam viver”, disse.

Assim que a aeronave foi localizada pelo Esquadrão Pelicano, foram lançados paraquedistas do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), para averiguar as condições e prestar os primeiros socorros na vítima. Imediatamente, o SALVAERO de Curitiba acionou o helicóptero H-60 Black Hawk para resgatar o piloto ferido.

Investigações

O Quinto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA V), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), localizado em Canoas (RS), foi acionado para realizar o levantamento de informações necessárias à investigação.

Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação.

A conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.

Assista ao vídeo.

Fotos: 2º/10º GAV / 5º/8º GAV / SALVAERO de Curitiba

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Espaço Aéreo

Pilotos apontam possíveis causas de acidentes com aviões agrícolas

Pilotos enaltecem o grande futuro da aviação agrícola no Brasil, setor que avançou significativamente nas últimas décadas. Mas alertam que a segurança – para preservação de vidas humanas – deveria estar sempre em primeiro lugar

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Entrevistados sobre as possíveis causas dos consecutivos acidentes envolvendo aviões agrícolas, alguns pilotos [que preferem não se identificar] disseram existir uma série de fatores que devem ser levados em conta nesse aspecto. Salientam que, em se tratando de aviação, tudo é muito complexo, exigindo preciso grau de apuração. No entanto, elencam algumas possibilidades.

A principal, apontam, reside mesmo na falta de manutenção periódica das aeronaves, ou revisões malfeitas, “apenas na caneta”, o que pode comprometer seriamente a segurança do voo. É o típico cambalacho aleatório, praticado de forma cúmplice entre patrões e algumas oficinas.

“Logicamente, destacam, são exceções mínimas, pois a maioria das oficinas trabalha de forma honesta, séria, cumprindo ao pé da letra todas as exigências técnicas nas revisões (IAM)”.

FALHA HUMANA

Os comandantes também não descartaram a falta de experiência dos jovens pilotos, que, na ânsia de cumprir as tarefas incumbidas, terminam se descuidando durante as pulverizações em voos rasantes, vindo a colidir fatalmente com cercas, árvores e morros. Há casos de rasantes que passam debaixo de redes elétricas.

“Veja bem: a aviação agrícola é segura se você cumprir ao pé-da-letra todos os requisitos básicos. Isso deve começar lá atrás, na fase de conquista da licença, e a partir dos treinamentos teóricos e práticos. Já no avião, é preciso conhecer além do seu manual, inteirando-se se as revisões periódicas seguem o padrão oficial, sem aquela “maquiagem” nas cadernetas de voo”, aconselha um ex-piloto agrícola.

Ele comenta o que diz ser fato: nem todo patrão gosta de gastar com a manutenção das aeronaves, e é por comportamento similar que muitos acidentes com aviões agrícolas acontecem.

“Na avião agrícola, por conta da exigência diária dos voos pesados, comportando grande carga de defensivos, exige-se muito do avião. Daí a necessidade de que, ao final da safra, a aeronave passe por revisão completa, sendo 100% desmontada. É o procedimento correto para evitar surpresas sinistras. Infelizmente, há agrícolas voando por aí com apenas um magneto, por exemplo, e outras panes. O patrão sempre exige o cumprimento do serviço, a pulverização das plantações. Tem custado vidas”. plantação.

ACIDENTE EM MT

O mais recente acidente envolvendo um avião agrícola aconteceu na última terça-feira (9) em MT, na região de Ipiranga do Norte, a 438 quilômetros da capital). 

Duas equipes da 10ª Companhia Independente Bombeiro Militar (10ª CIBM) se deslocaram até o local do acidente e encontraram o piloto preso nas ferragens da aeronave. Ele não resistiu aos ferimentos decorrentes da queda.

Segundo informações repassadas para a equipe, o homem tinha 26 anos e era o proprietário do avião.

Os bombeiros realizaram o desencarceramento do corpo da vítima. Depois disso, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) ficou responsável pelos procedimentos legais necessários.

Por Redação/com informações do CBMMT

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