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Analista política avalia primeiros 20 dias da gestão de Emanuel Pinheiro

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Cristiane Fonseca é analista política em Cuiabá


Traçar uma análise dos primeiros dias de gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) não é tarefa fácil pra ninguém. Talvez, mais simples, seria antecipar a primavera sem passar pelo inverno. Até porque, nitidamente, o prefeito ainda vem driblando galhos secos antes de pisar em flores. Vem compondo equipes com perfil político, mas com caráter técnico singular como, outrora, bem definiu para ‘começar o ano’. Tudo, ainda prematuro, claro, mas um vislumbre aparente dá pistas que o prefeito tende a fazer uma administração equilibrada. Isso, levando-se em conta dois importantes fatores. Um deles é o rastro deixado pelo ex-prefeito Mauro Mendes (PSB). O outro se refere ao alinhamento horizontal com a Casa de Leis que, na mesma afluência, tem como presidente Justino Malheiros (PV). Por telefone, a cientista política Cristiane Fonseca traçou um leve perfil do atual prefeito. Tudo, na verdade, não passa de esboços planejados em 365 páginas em branco aos desafios de 2017.
Na avaliação de Cristiane, ainda é muito cedo para fazer quaisquer conjecturas e formalizar uma análise ampla, mas encara os passos do prefeito como, no mínimo, desafiadores para os próximos dias. “Ele assumiu a prefeitura com um aspecto pra mudança. É um prefeito que demanda muita força política. Vem costurando nomeações, mesmo que ainda tenha algumas negociações em andamento”, disse. Segundo Cristiane, Pinheiro terá que superar uma crise política e financeira que vem em cadeia, o chamado efeito cascata, começando no Nacional e respingando, inclusive, nos municípios. “A crise política pesa e pesaria a qualquer um que assumisse a prefeitura. Considero que o prefeito terá que arcar com a aparência de uma crise mais financeira do que política. Isso, certamente, será um bom desafio. Mas o que a gente vê é uma prefeitura se organizando no aspecto mais político que foi o perfil adotado pelo prefeito”, pondera.
Olhando-se do lado de fora, como cidadã, a cientista foi mais além. “Vejo uma expectativa alta de toda população, especialmente depois do número significativo de abstenções da última eleição. São desafios ao prefeito que, certamente, [ele] irá encontrar dificuldades”, considerou, pontuando que a sociedade, de uma forma geral, está desacreditada.
O prefeito vem tendo bom entendimento com o presidente da Câmara de Cuiabá, Justino Malheiros que, mesmo sendo do PV, (partido considerado de oposição ao de Emanuel Pinheiro – PMDB nas eleições municipais), sempre corroborou para que Emanuel chegasse ao Alencastro. “O presidente da Câmara tem o apoio dos pares e o respaldo da prefeitura. Estão bem alinhados. Isso, em si, já dá um equilíbrio entre os poderes executivos e legislativos que são fundamentais, desde que não atrapalhe. O diálogo é importante do executivo com o legislativo e do legislativo com o executivo, contando que a Câmara exerça o seu papel de fiscalizar e a prefeitura cumpra suas responsabilidades”, finalizou Cristiane.
O prefeito Emanuel Pinheiro terá o seu desafio pessoal e profissional dentro da prefeitura. Um deles é dar continuidade aos rastros deixados pelo ex-prefeito Mauro Mendes. Pelo menos na opinião da população. Mauro Mendes deixou a prefeitura com uma aprovação de mais de 65% dos cuiabanos o que gera expectativas na população. Acredita-se que o prefeito tenha um perfil de olhar mais para frente do que pelo retrovisor, embora tudo seja ainda prematuro e encarado como um desafio ao prefeito.
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DPU cobra Lula por ação urgente contra garimpo ilegal em terra indígena de MT

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Reprodução internet

A situação na Terra Indígena Sararé, localizada em Pontes e Lacerda, voltou ao centro das atenções após a Defensoria Pública da União (DPU) emitir uma recomendação urgente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento, enviado na última terça-feira (08), exige a desintrusão imediata do território e cobra ações efetivas contra o avanço do garimpo ilegal, desmatamento e degradação ambiental que colocam em risco a sobrevivência física, cultural e territorial do povo Katitãuhlu, da etnia Nambikwara. Endereçada a diversos órgãos, como Ministério dos Povos Indígenas, Funai, Ibama, Polícia Federal e Ministério da Justiça, a recomendação pede a criação de bases operacionais no local, plano de ação detalhado e inclusão da área como prioridade nas ações federais até o final de 2025.

Com base em dados oficiais do próprio governo, a DPU afirma que a Terra Indígena Sararé ocupa hoje o primeiro lugar no ranking nacional de alertas de garimpo ilegal. Em 2024, foram destruídos cerca de 570 hectares da área tradicional, enquanto denúncias da Associação Indígena Sararé – Katitãuhlu apontam que o reforço da fiscalização em outras regiões do país, como em Itaituba (PA) e na Terra Yanomami, empurrou o crime ambiental para Mato Grosso. Segundo estimativas, mais de 5 mil garimpeiros atuam atualmente no território, número que escancara o desequilíbrio frente à população indígena local. A DPU ainda recomendou que o Ministério dos Povos Indígenas assuma a coordenação da operação de desintrusão, articulada por meio do Comitê Interministerial, como já ocorre em outras áreas críticas.

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Jornalista: Alex Garcia

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