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BRF, JBS e Marfrig Foods são campeãs em reclamações trabalhistas em MT

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BRF, JBS e Marfrig Foods foram as empresas mais acionadas pelos trabalhadores na Justiça do Trabalho mato-grossense em 2016.

É o que aponta o levantamento dos maiores litigantes realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho.

Só a BRF, resultante da fusão entre a Sadia e a Perdigão, respondeu por cerca de 8,5% das ações ajuizadas nas Varas do Trabalho no ano passado.

A empresa foi a primeira colocada no levantamento, com 4.321 processos.

Em segundo lugar aparece a JBS, detentora da marca Friboi, com 1.234 ações, seguida pela Marfrig Foods, com 918 casos.

Na colocação seguinte ainda aparece mais uma empresa do ramo, o Mato Grosso Bovinos, com 594 processos.

Ao todo, os quatro primeiros colocados responderam por aproximadamente 14% dos casos ajuizados na Justiça do Trabalho mato-grossense em 2016, totalizando 7.067 processos em um universo de 50.923 novas ações.

O impacto da atividade frigorífica na Justiça do Trabalho mato-grossense já é notado pelo Tribunal a algum tempo, em especial devido à natureza da atividade desenvolvida, marcada por apresentar uma grande rotatividade de mão de obra.

Após deixar o trabalho, os ex-empregados acabam procurando a Justiça para pleitear direitos que alegam não terem sido respeitados.

O município de Lucas do Rio Verde, médio norte do estado, sentiu esse problema após a instalação de uma das maiores plantas da BRF no país.

O Poder Público viu a demanda por serviços básicos, como saúde, educação e segurança, saltar na cidade.

A Justiça do Trabalho também sentiu o impacto. Isso porque o número de ações na Vara do Trabalho local cresceu muito nos últimos anos, fazendo da unidade a maior do estado.

Além desses casos mais pontuais, nos últimos anos, empresas do ramo de alimentos também têm sido alvo de diversas ações individuais e mesmo coletivas, como pela não concessão do intervalo para recuperação térmica, previsto na CLT.

Outros litigantes

Na relação dos 10 maiores litigantes ainda se destaca o Governo de Mato Grosso, com 549 processos.

O Estado responde de forma subsidiária nos processos movidos contra empresas terceirizadas, prestadoras de serviços.

Os Correios aparecem logo após na sexta colocação, com 506 casos, seguido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, com 422 processos.

Confira a relação dos 10 maiores litigantes de 2016

1             BRF S.A. – 4321

2             JBS S.A – 1234

3             MARFRIG GLOBAL FOODS S.A. – 918

4             MATO GROSSO BOVINOS S.A. – 594

5             ESTADO DE MATO GROSSO – 549

6             EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS – 506

7             CONFEDERACAO DA AGRICULTURA E PECUARIA DO BRASIL – 422

8             PORTO SEGURO NEGOCIOS, EMPREENDIMENTOS E PARTICIPA – 281

9             CAIXA ECONOMICA FEDERAL – 259

10           LUPPA-ADMINISTRADORA DE SERVICOS E REPRESENTACOES – 254

POSIÇÃO DA JBS

A JBS está presente em Mato Grosso desde 1997 e é a maior empregadora do estado com quase 10 mil colaboradores distribuídos entre os negócios de proteína animal, couros, transportadora, biodiesel, confinamento e centros de distribuição. A companhia adquiriu grande parte de suas unidades produtivas em MT nos últimos cinco anos e vem realizando uma série de investimentos e melhorias nos processos administrativos, estruturais e de produção com o objetivo de levá-las aos mais elevados índices de segurança e qualidade do trabalho existentes dentro do grupo.

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Cidades

DPU cobra Lula por ação urgente contra garimpo ilegal em terra indígena de MT

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Reprodução internet

A situação na Terra Indígena Sararé, localizada em Pontes e Lacerda, voltou ao centro das atenções após a Defensoria Pública da União (DPU) emitir uma recomendação urgente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento, enviado na última terça-feira (08), exige a desintrusão imediata do território e cobra ações efetivas contra o avanço do garimpo ilegal, desmatamento e degradação ambiental que colocam em risco a sobrevivência física, cultural e territorial do povo Katitãuhlu, da etnia Nambikwara. Endereçada a diversos órgãos, como Ministério dos Povos Indígenas, Funai, Ibama, Polícia Federal e Ministério da Justiça, a recomendação pede a criação de bases operacionais no local, plano de ação detalhado e inclusão da área como prioridade nas ações federais até o final de 2025.

Com base em dados oficiais do próprio governo, a DPU afirma que a Terra Indígena Sararé ocupa hoje o primeiro lugar no ranking nacional de alertas de garimpo ilegal. Em 2024, foram destruídos cerca de 570 hectares da área tradicional, enquanto denúncias da Associação Indígena Sararé – Katitãuhlu apontam que o reforço da fiscalização em outras regiões do país, como em Itaituba (PA) e na Terra Yanomami, empurrou o crime ambiental para Mato Grosso. Segundo estimativas, mais de 5 mil garimpeiros atuam atualmente no território, número que escancara o desequilíbrio frente à população indígena local. A DPU ainda recomendou que o Ministério dos Povos Indígenas assuma a coordenação da operação de desintrusão, articulada por meio do Comitê Interministerial, como já ocorre em outras áreas críticas.

Jornalista: Alex Garcia

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