Após uma semana de angústia e incerteza, Elizabeth Campos Cardoso, uma cuiabana de 55 anos, finalmente foi liberada pela imigração francesa e conseguiu embarcar em um voo de volta ao Brasil na manhã deste sábado (27). Elizabeth foi retida pelas autoridades francesas no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, após ser informada de que seu nome estava na lista da Interpol devido a um passaporte supostamente extraviado em Portugal.
Segundo relatos de familiares, Elizabeth ficou hospedada em um prédio da Cruz Vermelha durante sua detenção, onde enfrentou momentos de extrema aflição. Fernanda, sobrinha de Elizabeth, descreveu a situação como desesperadora, ressaltando que Elizabeth só recebeu de volta seu celular e passaporte quando já estava dentro do voo de retorno ao Brasil.
“Foi um período muito difícil para ela. Ela sofreu bastante e vai precisar de muito apoio da família. Certamente será recebida com muito amor“, disse Fernanda, expressando a preocupação com o estado emocional de sua tia.
A família de Elizabeth contesta veementemente as alegações das autoridades francesas, enfatizando que Elizabeth nunca esteve em Portugal, o que levanta questionamentos sobre a precisão das informações fornecidas pelo sistema de imigração europeu.
Fernanda relatou que a família já tomou medidas legais, contratando um advogado para entrar com uma ação contra a União no Brasil, devido ao que consideram um descaso por parte do consulado brasileiro. Até o momento, o Consulado Brasileiro na França não retornou as ligações da família.
Após entenderem os detalhes do suposto erro, os familiares pretendem contratar um advogado internacional para lidar com o caso.
Durante todo o período de detenção, Elizabeth ficou sem acesso ao seu telefone, conforme relatado pela sobrinha Fernanda.
Entenda o caso: Elizabeth viajou para a França no último sábado (20), com o objetivo de passar dois dias visitando amigos da igreja. No entanto, ao desembarcar no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, foi barrada pela imigração francesa, que alegou irregularidades com seu passaporte, vinculando seu nome à Interpol. Após uma audiência com uma juíza francesa na quarta-feira (24), Elizabeth foi informada de que só o consulado brasileiro poderia auxiliá-la. Somente no dia seguinte, a polícia francesa comunicou que não havia mais irregularidades com seu passaporte e que ela poderia retornar ao Brasil.
Jornalista: Mika Sbardelott
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