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Ex-secretários são investigados por serem 'gerentes' da propina de Silval Barbosa

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O ex-secretário de Estado de Administração, César Zílio, tinha a responsabilidade de receber propina mensal de R$ 80 mil do empresário Juliano Volpato, um dos proprietários da Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática, uma das empresas que administrava os cartões de ticket combustível do Estado.

O “mensalinho”, conforme descrito pelo Ministério Público Estadual (MPE), inicialmente correspondia a R$ 70 mil. Posteriormente, foi reajustado para R$ 80 mil e assim contemplar a cúpula do Palácio Paiaguás na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). A quantia era exigida para a empresa manter em vigência o contrato com o governo do Estado.

A entrega do dinheiro era feito na própria residência do ex-secretário César Zílio e também em um escritório de contabilidade e até mesmo na sede da Secretaria de Estado de Administração (SAD). O valor da propina se dividia em R$ 30 mil ao ex-governador Silval Barbosa e R$ 16 mil ao seu ex-chefe de gabinete, Silvio César Correa de Araújo, e outros R$ 16 mil ao ex-secretário César Zílio.

Ainda havia uma quantia de R$ 8 mil que César Zílio declarou ao empresário Juliano Volpato que seria entregue aos “guachebas”, mas na verdade o dinheiro se destinava ao empresário Edézio Correa, sócio de Volpato na empresa Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda.

Em depoimento na Delegacia Fazendária, Volpato não sabia que parte da propina estava sendo direcionada ao seu próprio sócio, pois tomou conhecimento disso somente após contribuir com as investigações ao firmar termo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual (MPE).

Os valores pagos eram retirados dos caixas dos postos de gasolina administrados por Juliano Volpato, inclusive em certa ocasião, o empresário revelou que foi alvo de ironias do ex-secretário de que estaria assaltando Igrejas para ter bastante dinheiro trocado.

O ex-governador Silval Barbosa recebia o dinheiro da propina em seu gabinete ou em um dos banheiros do Palácio Paiaguás. Em janeiro de 2013, o advogado Francisco Faiad assumiu a Secretaria de Administração e avisou aos empresários que fosse mantida a propina mensal, desta vez em R$ 80 mil, e que o dinheiro fosse entregue diretamente a César Zílio.

A partir daí, houve uma nova divisão dos valores da propina. O ex-governador Silval Barbosa recebia R$ 40 mil, Francisco Faiad e César Zílio recebiam R$ 16 mil cada e R$ 8 mil destinado ao empresário Juliano Volpato.

Posteriormente, assumiu a Secretaria de Administração o advogado Pedro Elias, que convocou Juliano Volpato ao seu gabinete exigiu que fosse direcionado a si a quantia de R$ 80 mil em propina.

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Cidades

DPU cobra Lula por ação urgente contra garimpo ilegal em terra indígena de MT

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Reprodução internet

A situação na Terra Indígena Sararé, localizada em Pontes e Lacerda, voltou ao centro das atenções após a Defensoria Pública da União (DPU) emitir uma recomendação urgente ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento, enviado na última terça-feira (08), exige a desintrusão imediata do território e cobra ações efetivas contra o avanço do garimpo ilegal, desmatamento e degradação ambiental que colocam em risco a sobrevivência física, cultural e territorial do povo Katitãuhlu, da etnia Nambikwara. Endereçada a diversos órgãos, como Ministério dos Povos Indígenas, Funai, Ibama, Polícia Federal e Ministério da Justiça, a recomendação pede a criação de bases operacionais no local, plano de ação detalhado e inclusão da área como prioridade nas ações federais até o final de 2025.

Com base em dados oficiais do próprio governo, a DPU afirma que a Terra Indígena Sararé ocupa hoje o primeiro lugar no ranking nacional de alertas de garimpo ilegal. Em 2024, foram destruídos cerca de 570 hectares da área tradicional, enquanto denúncias da Associação Indígena Sararé – Katitãuhlu apontam que o reforço da fiscalização em outras regiões do país, como em Itaituba (PA) e na Terra Yanomami, empurrou o crime ambiental para Mato Grosso. Segundo estimativas, mais de 5 mil garimpeiros atuam atualmente no território, número que escancara o desequilíbrio frente à população indígena local. A DPU ainda recomendou que o Ministério dos Povos Indígenas assuma a coordenação da operação de desintrusão, articulada por meio do Comitê Interministerial, como já ocorre em outras áreas críticas.

Jornalista: Alex Garcia

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