Uma anta filhote que foi resgatada em uma área rural de Ribeirão Cascalheira e passou por atendimento médico veterinário por ferimentos na pele, foi trazida para Cuiabá no fim da semana passada para continuar o tratamento. O transporte de Pequizinha, como a pequena é conhecida, foi realizado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) que a levou para uma clínica parceira.
A filhote estava em tratamento em Barra do Garças, em uma clínica credenciada pela Sema, após ser resgatada com escoriações, possivelmente causada por ataques de cães. O resgate ocorreu na terça-feira (8.4) pela Polícia Militar de Proteção Ambiental, que encaminhou o mamífero para a Diretoria de Unidade Desconcentrada da Sema no município.
“A anta é o maior mamífero terrestre do Brasil e encontra-se na lista de animais vulneráveis. Com um comportamento solitário, habita principalmente áreas abertas ou florestais próximas a cursos d’água e sua alimentação é a base de frutos, o que colabora para dispersão de sementes”, explica a bióloga e servidora da Coordenadoria de Fauna e Recursos Pesqueiro, Rebeca Marcos
Outros filhotes de antas resgatados
Outro filhote de anta foi resgatado na cidade de Campo Verde por um trabalhador rural com um grave ferimento no umbigo, no dia 2 de abril. A recém-nascida foi encontrada bem debilitada e assustada na região do assentamento rural 28 de outubro e foi encaminhada à 11ª CIBM (Companhia Independente de Bombeiro Militar) que a entregou aos cuidados de um veterinário. Diante da condição delicada, a Sema realizou o transporte do mamífero até o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, onde ainda se encontra em tratamento.
Um trabalhador rural realizou o resgate de um filhote cuja mãe, de acordo com o munícipe, tinha sido atropelada na rodovia MT 229, em março. Toledo, como é chamado, tem aproximadamente dois meses de vida e foi encontrado em bom estado de saúde e sem machucados. O animal foi direcionado pela Sema ao Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental de Várzea Grande que o encaminhou a uma Área de Soltura no município de Jangada, cadastrada junto à Sema, para cuidados nutricionais e posterior destinação.
Em Nortelândia, uma moradora da região entrou em contato com a 5ª Companhia Independente de Polícia Militar de Proteção Ambiental (CIA PMPA), solicitando o resgate de um filhote de anta, que foi encontrado em sua fazenda. Com menos de um mês de vida, o filhote Waldinho foi transferido para o Hospital Veterinário da UFMT, em Cuiabá. O animal chegou em estado delicado, e após avaliação clínica apresentou complicações causadas por artrite séptica e flegmão (uma espécie de inflamação) e continua internado em tratamento desde o mês de fevereiro.
Outro animal silvestre resgatado nos últimos dias foi Neto, um jovem macho de Paca, que foi encontrado em um bairro residencial de Tangará da Serra com alguns arranhões, que suspeita ser de cachorros. O animal silvestre foi resgatado pela Diretoria de Unidade Desconcentrada de Tangará da Serra no dia 3 de abril e na segunda-feira (7.4) foi transportado para uma Área de Soltura credenciada à Sema, no município de Jangada, para cuidados nutricionais, aclimatação e posterior soltura.
“A paca é um animal típico do Cerrado, sendo considerado o segundo maior roedor do Brasil, menor apenas que a capivara. De hábito noturno, o animal tem grande força na dentição e olfato apurado e vive em tocas no chão e buracos próximo a rios e lagos, o que torna difícil sua visualização na natureza”, diz Rebeca.
Orientações
A Sema orienta que ao encontrar animais silvestres que necessitem de resgate, acione a Polícia Militar pelo 190 ou o Corpo de Bombeiros pelo 193. O procedimento é importante para evitar riscos desnecessários tanto à saúde tanto do animal como do cidadão.
O engasgo é uma resposta natural do organismo para expulsar um corpo estranho que entra acidentalmente nas vias aéreas, como alimentos ou objetos. Quando esse material bloqueia o fluxo de ar, pode ocorrer asfixia, uma emergência médica que exige atendimento imediato.
De janeiro até o dia 23 de abril, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) atendeu a 13 casos relacionados a acidentes pessoais por ingestão de objetos, de acordo com os dados da Diretoria Operacional da corporação.
Diante disso, a tenente-coronel BM Marielle Paula Voltarelli Rodrigues, Diretora-adjunta de Saúde do CBMMT, orienta sobre a melhor forma de reagir a um engasgo e como preveni-lo, especialmente quando ocorre com um bebê. Veja a seguir as dicas para evitar esse tipo de acidente:
Medidas de prevenção contra o engasgo
Para prevenir o engasgo, é recomendado colocar o bebê para arrotar após a amamentação e, caso isso não ocorra, posicioná-lo de lado para evitar a regurgitação. Na introdução alimentar, é essencial cortar os alimentos em pedaços apropriados e evitar alimentos duros, redondos ou de tamanho inadequado. A criança deve ser orientada a comer sentada e com calma, sem falar durante a mastigação.
É importante manter brinquedos pequenos fora do alcance das crianças. Uma boa referência é o tubo de papel higiênico: se o brinquedo passa por ele, não é seguro. “A supervisão constante de um adulto durante a alimentação e brincadeiras é fundamental para evitar acidentes”, afirma a tenente-coronel.
Marielle Paula explica ainda que a sufocação ou obstrução das vias aéreas é a principal causa de morte acidental em bebês com até um ano de idade. Isso ocorre, em grande parte, devido à fase oral do desenvolvimento, na qual os bebês têm o hábito de levar tudo à boca.
Mas, se mesmo após todas as medidas de prevenção, o engasgo ainda assim ocorrer, os responsáveis podem e devem agir. Em situações emergenciais, o primeiro passo é acionar o serviço de urgência pelo número 193 (Corpo de Bombeiros Militar) ou 192 (Samu). Em seguida, é preciso iniciar imediatamente a manobra de desengasgo, sempre mantendo a calma. Veja abaixo como realizar a manobra:
Manobra de desengasgo para bebês de até 1 ano
Apoiar o bebê de barriga para baixo sobre o antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo e sem obstruir a boca. O antebraço pode ser apoiado na coxa.
Com a mão livre, aplicar cinco tapas firmes entre as escápulas.
Virar o bebê de barriga para cima e fazer cinco compressões no centro do tórax, abaixo da linha dos mamilos, utilizando dois dedos. As compressões devem ter profundidade de dois a três centímetros, mantendo a cabeça do bebê mais baixa que o corpo.
Essa manobra deve ser realizada até que o objeto seja expelido, o bebê volte a respirar, chore e a coloração da pele retorne ao normal.
O que é a manobra de Heimlich?
Em caso de dúvida sobre o que fazer quando a pessoa engasgada não for um bebê, pode-se utilizar a manobra de Heimlich, uma técnica usada para desobstruir as vias aéreas em adultos e crianças maiores, quando há engasgo com bloqueio respiratório. Para realizá-la:
Posicionar-se atrás da vítima e abraçá-la pela cintura.
Fechar uma das mãos em punho e posicioná-la entre o umbigo e a caixa torácica.
Colocar a outra mão sobre o punho e puxar com força para dentro e para cima, como se desenhasse a letra “J”.
Repetir o movimento até que o objeto seja expelido e a pessoa volte a respirar normalmente.
Mesmo que o objeto ou o alimento tenha sido removido e a respiração restabelecida, é fundamental procurar avaliação médica. A pessoa pode ter ficado um tempo sem oxigenação adequada, o que pode causar complicações.
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