A aplicação do Saeb 2025 – Sistema de Avaliação da Educação Básica em Mato Grosso segue em andamento até o dia 7 de novembro nas escolas da rede estadual e municipal. Coordenada nacionalmente pelo Inep e operacionalizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a prova é aplicada em todo o país e tem como objetivo avaliar a qualidade da educação básica e subsidiar políticas públicas voltadas à melhoria da aprendizagem.
De acordo com o secretário de Estado de Educação, Alan Porto, as 13 Diretorias Regionais de Educação (DREs) estão acompanhando de perto o processo, oferecendo suporte técnico e pedagógico às escolas participantes.
“O esforço preparatório não é apenas de última hora. A Seduc executou desde o início do ano um conjunto estruturado de iniciativas que envolveu escolas, professores, estudantes e famílias na avaliação”, explica ele.
Entre as ações estão o programa Movimenta SAEB, lançado em 2024, com o objetivo de elevar os níveis de proficiência em Língua Portuguesa e Matemática; o EduMotivação: Rumo ao Topo, com ciclo de capacitação de mais de 5 mil professores da rede estadual, com foco especialmente em Língua Portuguesa, Matemática e Ensino Fundamental II.
Além disso, também tiveram destaque o Intensivo 90 Dias – Foco SAEB; o Mira na Meta; simulados e mobilização escolar como parte do conjunto de intervenções propostas para a rede pública de ensino pela Seduc.
O secretário salienta, ainda, o programa Alfabetiza MT e um treinamento de gestores regionais, realizado em 2 de outubro, que envolveu todos os 13 diretores regionais de educação e adjuntos, para construção do plano estratégico de gestão da aplicação da Saeb 2025.
Para ele, essas ações buscam não apenas garantir que as provas ocorram conforme protocolo, mas efetivamente mobilizar a rede de ensino para tratar a avaliação como parte integrante do processo pedagógico e de diagnóstico da aprendizagem.
Participam das provas, de forma censitária, alunos do 5º e 9º ano do Ensino Fundamental e da 3ª série/4ª ano do Ensino Médio (nas escolas com ensino técnico integrado). Já o 2º ano do Ensino Fundamental participa por amostragem.
As disciplinas avaliadas incluem Língua Portuguesa (em todas as etapas censitária e amostral), Matemática (idem), Ciências Humanas (amostral) e Ciências da Natureza (amostral). Além disso, serão aplicados questionários contextuais para professores, diretores, secretários municipais e também para famílias dos estudantes, com o intuito de coletar dados socioeducacionais complementares aos resultados das provas.
“O Saeb é uma das principais ferramentas de diagnóstico da aprendizagem e que, em Mato Grosso, pretende-se garantir que cada escola compreenda a importância desse instrumento como parte do processo pedagógico e fortalecimento das políticas educacionais”, concluiu Alan Porto.
Mato Grosso tem apresentado avanços. Em 2023 o estado atingiu nota 5,7 nos anos iniciais do Ensino Fundamental, 4,8 nos anos finais, e 4,2 no Ensino Médio, fazendo com subisse da 22ª para a 8ª posição no ranking nacional do MEC para o Ensino Médio. Para 2025, a meta é ainda mais ambiciosa: colocar a rede pública entre as cinco melhores do país.
Em Mato Grosso, a SAEB 2025 abrange 526 escolas da rede estadual, além de redes municipais, unidades federais e escolas privadas — totalizando 1.397 escolas-participantes no estado.
A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) instituiu parcerias com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) para viabilizar a melhoria da qualidade e eficiência dos processos de regularização fundiária e ambiental em todo o Estado dentro do programa MT Produtivo.
O programa executado pela Seaf foi lançado na quinta-feira (6.11) e terá investimento total de US$ 100 milhões, sendo US$ 80 milhões financiados pelo Banco Mundial (BIRD) e US$ 20 milhões de contrapartida do Estado para impulsionar a cadeia de produção da agricultura familiar mato-grossense.
A Sema e o Intermat também atuarão na educação ambiental e formação de brigadistas nas regiões da agricultura de pequena escala e Povos Indígenas, Quilombolas e Comunidades Tradicionais (PIQCT). Para isso, já realizaram processo seletivo de títulos para contratar servidores que vão trabalhar no programa.
Conforme o superintendente de Regularização e Monitoramento Ambiental da Sema, Felipe Klein, o órgão contratou 10 analistas, que começam o treinamento nesta semana. “O pequeno proprietário muitas vezes não é muito assistido na parte da dinâmica da regularização fundiária e ambiental e, agora, com esse projeto, vai ter esse trabalho da Seaf e, também, da Sema para viabilizar cadastro, análise e validação e validação de 11 mil estabelecimentos da agricultura familiar”, destaca.
Ele prevê a viabilização do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PAR) para os agricultores familiares.
Com a previsão de regularizar 1.907 imóveis em 35 assentamentos de seis municípios – Barra do Bugres, Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Poxoréu e Santo Antônio do Leverger – o Intermat contratou 10 analistas e agentes fundiários e agrários, cinco analistas fundiários e cinco agentes fundiários, além da previsão de alugar pelo menos três caminhonetes, com pagamento de diárias, combustíveis e marco normativo pelo Banco Mundial.
“As famílias estão nesses assentamentos há mais de 20 anos. O agricultor familiar vai ao banco e não tem o documento legal para solicitar o crédito. Então, damos o documento definitivo e ele pode ir ao banco receber o dinheiro, para beneficiar a produção. Isso permite que ele tenha o respaldo para buscar a independência dele”, destaca o presidente do órgão, Francisco Serafim de Barros.
Ele lembra que, ao ir para os assentamentos, os moradores querem plantar e colher para sobreviver e comercializar o excedente.
“Nesse ponto entra o investimento da Seaf e o apoio técnico da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Uma coisa importante desse projeto são as cadeias produtivas. Os agricultores precisam saber a vocação de cada área e, nesse ponto, a Empaer ajuda muito”.
Ele avalia que o marco normativo vai melhorar as normas e procedimentos aplicados no Intermat. “Olhando outras práticas e experiências em outros estados”, complementa.
Francisco diz que o melhor ponto do projeto é a independência do pequeno produtor rural.
“Na hora que o produto estiver pronto para ser comercializado, queremos ajudar ele a vender no mercado central ou nos grandes atacadistas, por exemplo. O projeto traz o máximo de ganho ao produtor. Vamos orientar para que ele tenha o máximo possível de renda com o produto. Quando sobrar dinheiro, ele vai aplicar na própria atividade”.
O MT Produtivo será gerenciado pela Seaf, entre 2025 e 2030, por meio de uma coordenadoria específica. O objetivo é fortalecer a produção, aumentar a renda e promover a inclusão socioeconômica de cerca de 15 mil famílias de agricultores familiares, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais em 61 municípios mato-grossenses.
A iniciativa investe em práticas agrícolas inteligentes em relação ao clima, na regularização fundiária e ambiental e no fortalecimento das cadeias produtivas da agricultura familiar, o que estimula a geração de oportunidades, o empoderamento de mulheres e jovens e a valorização das comunidades tradicionais.
Desde 2019, o Governo de Mato Grosso investiu R$ 720 milhões em equipamentos, máquinas, insumos, irrigação, melhoramento genético, entre outras ações, para o desenvolvimento da agricultura familiar no Estado.
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