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Eleitores de candidatos da oposição temem fraude em apuração de votos

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A oposição foi às urnas ontem no Equador temendo irregularidades na apuração em favor do candidato do governo, Lenín Moreno. Em ao menos três colégios eleitorais da capital, a maioria dos simpatizantes de Lasso entrevistados pelo Estado disseram que veriam com suspeita qualquer atraso na divulgação de resultados oficiais.

“Espero que, nestas eleições, a minha vontade seja democraticamente respeitada”, disse o administrador Alfonso Sevilla, após votar no Colégio La Dolorosa, área nobre de Quito. “Sabemos que temos votos para ir ao segundo turno. Qualquer sinal de fraude, iremos para as ruas.”

Os centros de votação eram fiscalizados por policiais e oficiais do Exército, além de funcionários do Conselho Nacional Eleitoral. Fotos eram proibidas e filas eram comuns. A cédula de votação, em papel, confundia alguns eleitores. “Tenho dúvidas se os votos serão contados direito”, afirmou a aposentada Verónica Ojeda. “Basta de socialismo. Não confio neles.”

Em um colégio próximo à Plaza Santo Domingo, no centro histórico de Quito, muitos eleitores da oposição também temiam a fraude. “Eles controlam todas as instituições. Quem me garante que haverá honestidade nos resultados”, disse a estudante Salomé Rodríguez.

Eleitores de Lenín Moreno, porém, estavam confiantes na vitória ainda no primeiro turno. “Precisamos continuar avançando. A revolução cidadã não pode parar”, disse Antonio Kusimayu. “Não quero os banqueiros de volta no poder.”

Para analistas, o temor de fraude ocorre porque o presidente Rafael Correa nomeou, ao longo de dez anos, a maioria dos responsáveis pela Justiça Eleitoral. Além disso, a negativa do governo em divulgar quais funcionários estão envolvidos em denúncias de corrupção com a Odebrecht acentuou a impressão de que Correa tentará impedir uma derrota. “Correa deixa para o sucessor um aparato burocrático que lhe é leal”, disse Walter Spurrier, da Consultoria Spurrier.

O cientista político Simón Pachano, da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), também não descarta a possibilidade de fraude. “A cadeia de custódia das urnas pode ser violada”, disse. “Se Lenín Moreno tiver uma votação que não o permita vencer no primeiro turno, é factível uma fraude.”

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Fumaça branca no Vaticano: cardeal Robert Prevost é eleito papa e adotará o nome Leão 14

A Igreja Católica tem um novo líder. A tão aguardada fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8), anunciando a eleição do cardeal Robert Francis Prevost como novo papa. A escolha foi feita no segundo dia de conclave, após quatro rodadas de votação. Prevost será conhecido como Papa Leão 14.

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O cardeal norte-americano foi eleito com pelo menos 89 votos, número necessário para atingir os dois terços dos 133 cardeais votantes. Ele sucede o papa Francisco na liderança da Igreja Católica, que conta com mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo.

Primeiro papa dos Estados Unidos

Aos 69 anos, Prevost é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e o primeiro oriundo de um país de maioria protestante. Nascido em Chicago, construiu sua trajetória missionária e eclesiástica majoritariamente na América Latina, com forte atuação no Peru, onde viveu por uma década.

Discreto e com perfil reformista, Prevost era prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, duas funções estratégicas no Vaticano. É considerado alinhado à linha de abertura e renovação implementada pelo papa Francisco.

Formado em teologia e direito canônico, ele foi ordenado padre em 1982 e iniciou sua missão no Peru dois anos depois. Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, onde permaneceu até 2023, quando foi nomeado cardeal.

Denúncias marcaram trajetória

Apesar da trajetória sólida na Igreja, Prevost enfrentou uma crise institucional em 2023, quando três mulheres denunciaram que ele teria acobertado abusos cometidos por dois padres peruanos durante sua gestão em Chiclayo. Segundo os relatos, Prevost recebeu as denúncias e as encaminhou à Santa Sé. Um dos religiosos foi afastado preventivamente. O Vaticano ainda não concluiu a apuração do caso.

A diocese negou omissão e sustentou que todas as etapas exigidas pelo direito canônico foram cumpridas.

Como foi o conclave

O conclave teve início na quarta-feira (7), com 133 cardeais reunidos no Vaticano — sete deles brasileiros. As primeiras votações resultaram em fumaça preta, indicando que não havia consenso. Somente na quarta rodada, já na tarde desta quinta-feira (8), houve a decisão final.

Com a escolha de Prevost, a Igreja agora entra em um novo ciclo, marcado por expectativa sobre a continuidade das reformas iniciadas pelo papa Francisco e os rumos políticos e sociais que o novo pontífice deverá adotar nos próximos anos.

Jornalista: Mika Sbardelott

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