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Fui estuprada todos os dias por um mês, conta refém do Estado Islâmico

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Desde que o Estado Islâmico tomou conta de regiões do Iraque e da Síria, muitas mulheres já revelaram o dias de sofrimento que sofreram na mão de extremistas. De acordo com organizações de Direitos Humanos, as mulheres são os principais alvos de terroristas, que as mantém como reféns e, eventualmente como escravas sexuais.

Isso foi o que aconteceu com Hanan, 26, quando seu marido tentou fugir do grupo terroristas em abril de 2016, o que fez com que os rebeldes decidissem punir a ela.

— O mesmo homem me estuprou todos os dias durante um mês. Sempre em frente aos meus filhos.Segundo a vítima, os terroristas consideraram o marido dela um traidor e que ela deveria se casar com um líder jihadista como forma de punição. Ao se negar a cumprir a ordem e dizer que preferia a morte, ela foi mantida prisioneira.

Depois de um mês de ter sido capturada, o pai de Hanan conseguiu encontrá-la e pagou uma quantia e dinheiro e deu um carro aos extremistas para que eles a libertassem.

Nos últimos meses, o Estado Islâmico chamou a atenção de autoridades internacionais por divulgar relatos e até vídeos de decapitações, crucificações, apedrejamentos, genocídios e sepultamento de vítimas vivas nas regiões que dominam no Iraque e na Síria.

Para os militantes, a violência extrema é uma decisão consciente aterrorizar os inimigos, além de impressionar e cooptar seus jovens recrutas.

Após várias ofensivas de forças de quase 40 países, liderados pelos Estados Unidos, no entanto, a organização começou a perder espaço em cidades como Mosul, no Iraque, que ficou completamente destruída.

Já na Síria, o conflito armado começou com protestos antigoverno que cresceram até dar origem a uma guerra civil total. Mais de 11 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas em meio à batalha entre forças leais a Bashar al-Assad e oposicionistas – e também sob a ameaça de militantes radicais do Estado Islâmico.

Os protestos pró-democracia começaram em março de 2011, na cidade de Daraa, após a prisão e tortura de adolescentes que haviam pintado slogans revolucionários no muro de uma escola.

Forças de segurança abriram fogo contra manifestantes, o que provocou mortes e alimentou a insurgência por todo o país. Em julho daquele ano, centenas de milhares tomavam as ruas.

A violência se intensificou e o país entrou em guerra civil quando brigadas rebeldes foram formadas para enfrentar forças do governo pelo controle de cidades e vilas. A batalha chegou à capital, Damasco, e a Aleppo, segunda cidade do país, em 2012.

O conflito hoje é mais do que uma disputa entre grupos pró e anti Assad. Adquiriu contornos sectários, jogando a maioria sunita contra o ramo xiita alauita de Assad. E o avanço do EI deu uma nova dimensão à guerra.

O EI se aproveitou do caos e tomou controle de grandes áreas na Síria e no Iraque, onde proclamou a criação de um “califado” em junho de 2014. Seus integrantes estão envolvidos numa “guerra dentro da guerra” na Síria, enfrentando rebeldes e rivais jihadistas da Frente al-Nusra, ligada à Al-Qaeda, bem como o governo e forças curdas.

Em setembro de 2014, uma coalizão liderada pelos EUA lançou ataques aéreos na Síria em tentativa de enfraquecer o EI. Mas a coalizão evitou ataques que poderiam beneficiar as forças de Assad. Em 2015, a Rússia iniciou campanha aérea alvejando terroristas na Síria, mas ativistas da oposição dizem que os ataques têm matado civis e rebeldes apoiados pelo Ocidente.

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Fumaça branca no Vaticano: cardeal Robert Prevost é eleito papa e adotará o nome Leão 14

A Igreja Católica tem um novo líder. A tão aguardada fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8), anunciando a eleição do cardeal Robert Francis Prevost como novo papa. A escolha foi feita no segundo dia de conclave, após quatro rodadas de votação. Prevost será conhecido como Papa Leão 14.

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O cardeal norte-americano foi eleito com pelo menos 89 votos, número necessário para atingir os dois terços dos 133 cardeais votantes. Ele sucede o papa Francisco na liderança da Igreja Católica, que conta com mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo.

Primeiro papa dos Estados Unidos

Aos 69 anos, Prevost é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e o primeiro oriundo de um país de maioria protestante. Nascido em Chicago, construiu sua trajetória missionária e eclesiástica majoritariamente na América Latina, com forte atuação no Peru, onde viveu por uma década.

Discreto e com perfil reformista, Prevost era prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, duas funções estratégicas no Vaticano. É considerado alinhado à linha de abertura e renovação implementada pelo papa Francisco.

Formado em teologia e direito canônico, ele foi ordenado padre em 1982 e iniciou sua missão no Peru dois anos depois. Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, onde permaneceu até 2023, quando foi nomeado cardeal.

Denúncias marcaram trajetória

Apesar da trajetória sólida na Igreja, Prevost enfrentou uma crise institucional em 2023, quando três mulheres denunciaram que ele teria acobertado abusos cometidos por dois padres peruanos durante sua gestão em Chiclayo. Segundo os relatos, Prevost recebeu as denúncias e as encaminhou à Santa Sé. Um dos religiosos foi afastado preventivamente. O Vaticano ainda não concluiu a apuração do caso.

A diocese negou omissão e sustentou que todas as etapas exigidas pelo direito canônico foram cumpridas.

Como foi o conclave

O conclave teve início na quarta-feira (7), com 133 cardeais reunidos no Vaticano — sete deles brasileiros. As primeiras votações resultaram em fumaça preta, indicando que não havia consenso. Somente na quarta rodada, já na tarde desta quinta-feira (8), houve a decisão final.

Com a escolha de Prevost, a Igreja agora entra em um novo ciclo, marcado por expectativa sobre a continuidade das reformas iniciadas pelo papa Francisco e os rumos políticos e sociais que o novo pontífice deverá adotar nos próximos anos.

Jornalista: Mika Sbardelott

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