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Hungria aprova projeto para deter imigrantes em campos de fronteira e alarma ONU

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A Hungria aprovou planos nesta terça-feira para deter imigrantes em campos localizados em sua fronteira, relatou a agência estatal de notícias MTI, um passo que, segundo a ONU, viola a lei da União Europeia e terá um “impacto físico e psicológico terrível” nos postulantes a asilo.

As medidas aprovadas pelo Parlamento também irão aumentar os controles na fronteira húngara, que vem sendo um dos focos da crise imigratória da Europa desde 2015.

    A fronteira sul com a Sérvia marca a divisa externa do chamado Espaço Schengen, área de livre circulação da UE, por onde centenas de milhares de pessoas entraram no país.

    O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, procurou justificar a medida dizendo que seu país tem que agir para se defender, descrevendo o influxo de imigrantes –muitos deles fugindo de conflitos no Oriente Médio e na África– como um “cavalo de Troia para o terrorismo”.

    No mês passado, o chefe de gabinete de Orban disse que a Hungria planejava montar dois ou três campos ao longo de sua fronteira sul onde os imigrantes seriam mantidos até que seus pedidos de asilo sejam processados.

    Os imigrantes cujos pedidos não forem aprovados de imediato não terão permissão para se movimentar livremente pela Hungria, mas ficarão detidos em campos dos quais só poderão sair rumo à Sérvia, de acordo com o projeto de lei aprovado pelo parlamento.

    A porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Cécile Pouilly, disse que, na prática, isso irá condenar os postulantes a asilo, inclusive crianças, a uma detenção prolongada em contêineres de carga cercados de arame farpado.

    “Ninguém pode pisar em solo húngaro ou da União Europeia sem permissão”, afirma o ministro do Interior, Sándor Pinter, no projeto de lei.

 

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Fumaça branca no Vaticano: cardeal Robert Prevost é eleito papa e adotará o nome Leão 14

A Igreja Católica tem um novo líder. A tão aguardada fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8), anunciando a eleição do cardeal Robert Francis Prevost como novo papa. A escolha foi feita no segundo dia de conclave, após quatro rodadas de votação. Prevost será conhecido como Papa Leão 14.

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O cardeal norte-americano foi eleito com pelo menos 89 votos, número necessário para atingir os dois terços dos 133 cardeais votantes. Ele sucede o papa Francisco na liderança da Igreja Católica, que conta com mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo.

Primeiro papa dos Estados Unidos

Aos 69 anos, Prevost é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e o primeiro oriundo de um país de maioria protestante. Nascido em Chicago, construiu sua trajetória missionária e eclesiástica majoritariamente na América Latina, com forte atuação no Peru, onde viveu por uma década.

Discreto e com perfil reformista, Prevost era prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, duas funções estratégicas no Vaticano. É considerado alinhado à linha de abertura e renovação implementada pelo papa Francisco.

Formado em teologia e direito canônico, ele foi ordenado padre em 1982 e iniciou sua missão no Peru dois anos depois. Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, onde permaneceu até 2023, quando foi nomeado cardeal.

Denúncias marcaram trajetória

Apesar da trajetória sólida na Igreja, Prevost enfrentou uma crise institucional em 2023, quando três mulheres denunciaram que ele teria acobertado abusos cometidos por dois padres peruanos durante sua gestão em Chiclayo. Segundo os relatos, Prevost recebeu as denúncias e as encaminhou à Santa Sé. Um dos religiosos foi afastado preventivamente. O Vaticano ainda não concluiu a apuração do caso.

A diocese negou omissão e sustentou que todas as etapas exigidas pelo direito canônico foram cumpridas.

Como foi o conclave

O conclave teve início na quarta-feira (7), com 133 cardeais reunidos no Vaticano — sete deles brasileiros. As primeiras votações resultaram em fumaça preta, indicando que não havia consenso. Somente na quarta rodada, já na tarde desta quinta-feira (8), houve a decisão final.

Com a escolha de Prevost, a Igreja agora entra em um novo ciclo, marcado por expectativa sobre a continuidade das reformas iniciadas pelo papa Francisco e os rumos políticos e sociais que o novo pontífice deverá adotar nos próximos anos.

Jornalista: Mika Sbardelott

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