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Nos bastidores, filha Ivanka incentivou mudança de tom de Trump

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Nos bastidores da Casa Branca, Ivanka Trump, filha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi uma firme defensora do tom mais comedido e menos combativo que seu pai adotou no discurso que fez ao Congresso na noite de terça-feira, de acordo com autoridades do governo norte-americano.

O pronunciamento mais importante do primeiro mês de Trump na Presidência foi produto de um esforço de 10 dias com seus principais assessores.

Embora não tenha revelado nenhuma mudança significativa em suas políticas, o tom de sua fala foi bem diferente do sombrio discurso de posse sobre a “carnificina americana” no dia 20 de janeiro.

O presidente abandonou parte de sua retórica explosiva, uma constante em suas primeiras semanas no cargo, e fez um pedido por união nacional, evitando renovar os ataques a opositores democratas e a organizações de mídia.

Pesquisas realizadas imediatamente após o discurso mostraram que uma maioria clara dos norte-americanos aprovou a abordagem mais amena, e assessores disseram que Trump ficou animado com a reação.

Uma autoridade de alto escalão da Casa Branca disse que Ivanka fez recomendações para o discurso durante uma reunião no Salão Oval no domingo, ajudando seu pai a decidir uma nova abordagem com o objetivo de aplacar aqueles que questionam se ele tem o temperamento certo para governar de forma eficaz.

“Ele tinha muitas vozes a seu redor lhe dando ideias e sugestões que incorporou, mas ele realmente estava determinado a encontrar aquele tom otimista, e isso foi algo que ela apoiou. Ela o incentivou a fazê-lo”, disse um funcionário, falando sob condição de anonimato.

“Ela teve um papel”, afirmou outro. “Ela ajudou a dar o tom”.

Ivanka também persuadiu o pai a se posicionar favoravelmente sobre creches acessíveis e licença maternidade remunerada, políticas que vem defendendo há tempos e que podem atrair apoio de democratas no Congresso, disse outra autoridade com algum conhecimento da maneira como o discurso evoluiu.

“Suas digitas são visíveis no tom, mas especialmente em partes (do texto) como a licença maternidade, que importam para ela”, disse.

Ivanka, que tem 35 anos e é a filha mais velha de Trump, emergiu como uma conselheira informal influente do líder norte-americano, em particular em questões importantes para as mulheres e as minorias.

Trump deu os retoques finais em seu discurso durante uma verdadeira maratona na terça-feira, trabalhando com seu vice, Mike Pence, o estrategista-chefe, Steve Bannon, o chefe de gabinete, Reince Priebus, e seu principal redator de discursos, Stephen Miller.

Já o marido de Ivanka, Jared Kushner, é conselheiro sênior da Casa Branca e tem interesse particular em acordos comerciais e na diplomacia para o Oriente Médio.

 

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Fumaça branca no Vaticano: cardeal Robert Prevost é eleito papa e adotará o nome Leão 14

A Igreja Católica tem um novo líder. A tão aguardada fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8), anunciando a eleição do cardeal Robert Francis Prevost como novo papa. A escolha foi feita no segundo dia de conclave, após quatro rodadas de votação. Prevost será conhecido como Papa Leão 14.

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O cardeal norte-americano foi eleito com pelo menos 89 votos, número necessário para atingir os dois terços dos 133 cardeais votantes. Ele sucede o papa Francisco na liderança da Igreja Católica, que conta com mais de 1,3 bilhão de fiéis ao redor do mundo.

Primeiro papa dos Estados Unidos

Aos 69 anos, Prevost é o primeiro papa nascido nos Estados Unidos e o primeiro oriundo de um país de maioria protestante. Nascido em Chicago, construiu sua trajetória missionária e eclesiástica majoritariamente na América Latina, com forte atuação no Peru, onde viveu por uma década.

Discreto e com perfil reformista, Prevost era prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Comissão Pontifícia para a América Latina, duas funções estratégicas no Vaticano. É considerado alinhado à linha de abertura e renovação implementada pelo papa Francisco.

Formado em teologia e direito canônico, ele foi ordenado padre em 1982 e iniciou sua missão no Peru dois anos depois. Em 2014, foi nomeado administrador da Diocese de Chiclayo, onde permaneceu até 2023, quando foi nomeado cardeal.

Denúncias marcaram trajetória

Apesar da trajetória sólida na Igreja, Prevost enfrentou uma crise institucional em 2023, quando três mulheres denunciaram que ele teria acobertado abusos cometidos por dois padres peruanos durante sua gestão em Chiclayo. Segundo os relatos, Prevost recebeu as denúncias e as encaminhou à Santa Sé. Um dos religiosos foi afastado preventivamente. O Vaticano ainda não concluiu a apuração do caso.

A diocese negou omissão e sustentou que todas as etapas exigidas pelo direito canônico foram cumpridas.

Como foi o conclave

O conclave teve início na quarta-feira (7), com 133 cardeais reunidos no Vaticano — sete deles brasileiros. As primeiras votações resultaram em fumaça preta, indicando que não havia consenso. Somente na quarta rodada, já na tarde desta quinta-feira (8), houve a decisão final.

Com a escolha de Prevost, a Igreja agora entra em um novo ciclo, marcado por expectativa sobre a continuidade das reformas iniciadas pelo papa Francisco e os rumos políticos e sociais que o novo pontífice deverá adotar nos próximos anos.

Jornalista: Mika Sbardelott

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