Um princípio de incêndio na cobertura do Edifício Jardim D’América, um dos residenciais mais luxuosos de Cuiabá, causou pânico entre os moradores e mobilizou o Corpo de Bombeiros na noite deste sábado (7). O fogo começou no aquecedor da piscina da cobertura, provocando correria e a evacuação imediata dos apartamentos.
O prédio fica na movimentada Avenida Tancredo Neves, no bairro Jardim Petrópolis, ao lado de uma unidade da academia Smartfit e de uma loja do McDonald’s. De acordo com relatos, as chamas foram percebidas por moradores de prédios vizinhos — que filmaram o incêndio e alertaram os bombeiros antes mesmo que muitos dos próprios moradores do edifício percebessem o perigo.
“Eles nem sabiam o que estava acontecendo lá em cima!”, comentou uma moradora em vídeo que circula nas redes sociais. Ela e o marido acionaram os bombeiros e correram até a recepção do prédio para alertar os funcionários. Instantes depois, o alarme foi disparado e os moradores evacuaram o edifício.
As equipes do Corpo de Bombeiros agiram rápido, controlaram as chamas e isolaram a área. Não houve feridos, mas o susto foi grande.
Repetição preocupante
Esse é o segundo incêndio em prédio de luxo em Cuiabá em menos de 72 horas.
Na noite da última quinta-feira (5), o Helbor Park Elegance, localizado no bairro Morada do Sul, também registrou um princípio de incêndio — o segundo em apenas 15 dias. O fogo começou nos aparelhos de ar-condicionado do 11º andar e exigiu a evacuação completa das duas torres do condomínio.
Em ambos os casos, não houve vítimas, mas os episódios geram questionamentos sobre a segurança contra incêndios em edifícios de alto padrão da capital. Com valores de imóveis que ultrapassam facilmente o milhão de reais, moradores esperam mais do que apenas estética e localização.
Alerta ligado
A sequência de ocorrências levanta um sinal de alerta para a gestão de riscos e manutenção preventiva desses empreendimentos. Incêndios em áreas técnicas, aquecedores e sistemas de ar-condicionado não são raros — mas, quando somados à falta de resposta rápida interna e à dependência total dos bombeiros, colocam vidas em risco.
Até o momento, nem os síndicos dos edifícios nem representantes das construtoras se pronunciaram oficialmente sobre os casos.
Vídeo:
Jornalista: Mika Sbardelott