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Morre o ator e diretor Ney Latorraca aos 80 anos

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O Brasil perdeu um grande nome da televisão e do teatro nesta quinta-feira (26). O ator e diretor Ney Latorraca, aos 80 anos, faleceu na zona sul do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela Clínica São Vicente, da Rede D’or, onde ele estava internado. A causa de sua morte foi câncer de próstata.

Em nota, a clínica lamentou profundamente o falecimento e se solidarizou com a família e amigos do artista: A Clínica São Vicente lamenta profundamente a morte do paciente Antonio Ney Latorraca na manhã desta quinta-feira e se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda. O hospital também informa que não tem autorização da família para divulgar mais detalhes.

Trajetória de um ícone da TV e do teatro

Ney Latorraca nasceu em Santos, no litoral sul de São Paulo, em 25 de julho de 1944. Desde jovem, o ator viveu imerso no universo artístico, sendo filho de artistas: seu pai era cantor e crooner de boates, enquanto sua mãe era corista. Em entrevista ao programa Memória Globo, Latorraca relembrou a infância difícil, mas rica em aprendizado artístico: “Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver, o que nunca me deixou um trauma, pelo contrário. Sempre fui uma criança diferente das outras, tive uma história instigante. Às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro. Minha vida é sempre lucro”.

Sua carreira começou aos 19 anos, quando passou em seu primeiro teste para o papel em Pluft, o Fantasminha, de Maria Clara Machado. Depois disso, mudou-se para São Paulo para seguir a carreira de ator e passou por diversas experiências, inclusive enfrentando a censura durante o período da ditadura militar, quando a peça “Reportagem de um Tempo Mau” foi proibida e seus atores foram presos.

Após essa experiência, Ney voltou para Santos e trabalhou em diversos empregos, inclusive como vendedor de pedras semipreciosas, até retornar ao mundo das artes. Ele passou pela TV Tupi, TV Cultura, e TV Record, onde ficou por cinco anos.

Carreira de sucesso na Globo

Em 1975, Ney Latorraca estreou na Rede Globo, onde se consagrou como um dos grandes nomes da televisão brasileira. Foi em “Escalada” (1975), uma novela exibida em preto e branco, que o ator começou a conquistar o público. No entanto, foi com papéis como o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991), e o personagem Barbosa em “TV Pirata”, que ele se destacou nacionalmente, tornando-se um ícone da comédia e do entretenimento brasileiro.

Sua versatilidade como ator e diretor conquistou gerações de fãs e o tornou uma referência na televisão brasileira. Seu legado no teatro e na TV permanece vivo, com uma carreira marcada por personagens memoráveis e pela contribuição à cultura nacional.

Ney Latorraca deixa um vasto legado e será lembrado com carinho e saudade por todos aqueles que acompanhavam sua carreira brilhante.

Jornalista: Luan Schiavon

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STF condena ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado

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O ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado nesta quinta-feira (27) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão, em processo que investigava sua atuação na tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, definiu Bolsonaro como líder de organização criminosa e destacou a gravidade das ações praticadas durante seu mandato. “As circunstâncias devem levar em consideração a maior reprovabilidade de sua conduta. Ele exerceu a presidência da República e, durante a ação penal, instrumentou o aparato estatal com o intuito de propagar falsas narrativas e se perpetuar no poder”, afirmou Moraes.

A condenação inclui:

  • Organização criminosa: 7 anos e 7 meses de prisão;

  • Abolição violenta do Estado democrático de direito: 6 anos e 6 meses;

  • Golpe de Estado: 8 anos e 2 meses;

  • Dano ao patrimônio tombado: 2 anos e 6 meses, mais 75 dias-multa;

  • Dano qualificado: 2 anos e 6 meses de reclusão.

Ao todo, Bolsonaro deverá cumprir 24 anos e 9 meses em regime fechado, além de 124 dias-multa equivalentes a um salário mínimo.

Três ministros acompanharam o voto de Alexandre de Moraes: Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O ministro Luiz Fux, que havia votado pela absolvição do ex-presidente, não se manifestou sobre a dosimetria da pena.

A decisão do STF marca um desfecho histórico no julgamento do ex-presidente, responsável por atos que colocaram em risco a democracia brasileira.

Jornalista: Mika Sbardelott

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