Um pai é suspeito de matar a própria filha na noite desta sexta-feira (10) na região da Vila Sônia, na Zona Sul de São Paulo. O crime teria sido motivado por uma disputa de herança.
O crime ocorreu por volta das 21h na Rua Olímpio Rodrigues da Silva. Segundo a polícia, Frederico Carneiro Soares, pai de Maira Cintra Soares, de 40 anos, foi até a casa da vítima e os dois discutiram.
Ainda de acordo com a polícia, durante a briga, o pai atirou na cabeça da filha na frente de três filhos da vítima. O socorro foi acionado, mas ela morreu no local. Após o crime, o pai, que estava acompanhado da atual mulher, fugiu. O suspeito e a mulher não tinham sido localizados até a manhã deste sábado (11).
Em um vídeo postado no Facebook, em agosto de 2016, a vítima conta que tinha desavenças com o pai e o motivo da briga seria porque ele estava interessado na herança deixada por sua mãe. Na Justiça, há processos abertos pela disputa da casa da vítima, que também foi deixada pela sua mãe, avaliada em R$ 200 mil.
No vídeo, Maira relata que ela e o irmão sofreram maus tratos e foram internados em colégios internos no Interior de São Paulo, desde que a sua mãe morreu, quando ela tinha 8 anos de idade.
Na ocasião, seus pais já estavam separados e ele vivia com outra mulher, mas o divórcio não havia sido oficializado. “Ele tirou eu e meu irmão da família da minha mãe à força, proibindo visitas e qualquer tipo de contato. E, de caso pensado pegou eu e meu irmão para ter mais direitos que ele tinha como viúvo”, disse. Segundo o vídeo, ele tinha a intenção de ficar com os bens deixados pela ex-mulher para os filhos.
Maira diz que o pai recebia a pensão da mãe e queria uma casa deixada como herança para os filhos. Ela conta que ela e seu irmão foram colocados em colégios internos. Segundo ela, aos 16 anos, o irmão ficou desorientado e foi internado em um hospital psiquiátrico.
“Meu pai resolveu que queria a casa e ficou muito indignado. Ele fez várias tentativas de tirar a gente da casa, eu e meu irmão, inclusive colocando um segurança um dia e falando que nós éramos indigentes. Só que na delegacia foi provado que nós éramos herdeiros e filhos dele. Então ele não conseguiu tirar a gente daqui”, afirmou na ocasião.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presta depoimento na tarde desta terça-feira (10) à Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da investigação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), eleito em 2022.
A oitiva de Bolsonaro é considerada uma das etapas mais aguardadas do inquérito, que busca esclarecer o envolvimento de autoridades civis e militares em articulações para manter o ex-presidente no poder, apesar do resultado das urnas.
Antes dele, já foram ouvidos nomes-chave das Forças Armadas e do governo anterior, incluindo o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, e o general da reserva Augusto Heleno, que foi ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão Bolsonaro.
O inquérito foi aberto com base em delações, documentos e trocas de mensagens apreendidas durante a operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal no início do ano. As investigações apontam para a existência de reuniões e esboços de decretos de estado de sítio e intervenção federal, que teriam como objetivo reverter o resultado eleitoral de 2022.
A defesa de Bolsonaro nega qualquer participação em atos antidemocráticos e sustenta que ele apenas exerceu o direito de questionar o processo eleitoral dentro dos limites da Constituição.
A oitiva ocorre em ambiente reservado, com a presença de ministros da Corte, representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR) e advogados do ex-presidente. A expectativa é que o conteúdo do depoimento seja disponibilizado à imprensa nas próximas horas.
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