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PM prende ex-deputado aliado de Bolsonaro

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A Polícia Militar do Estado do Espírito Santo informou nesta terça-feira que o capitão da reserva Lucinio Castelo de Assumção, conhecido como Capitão Assumção, se entregou nesta manhã na Corregedoria da Polícia Militar e está recolhido no presídio da corporação. Ontem, o sargento Aurélio Robson Fonseca da Silva também se apresentou à PM do Estado.

Assumção, Silva e outros dois policiais tiveram a prisão decretada no sábado pela Justiça Militar do Espírito Santo, a pedido do Ministério Público Estadual, por envolvimento no motim dos policiais militares do Estado. Eles são acusados de incitar o movimento e de aliciamento de outros policiais com a divulgação de áudios e vídeos em redes sociais.

No sábado, a polícia tentou prender os quatro policiais em suas casas, mas não os encontrou. Um deles, o Capitão Assumção, que é ex-deputado federal e aliado do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), foi encontrado mais tarde no 4º Batalhão da PM, em Vila Velha. Os policiais da Corregedoria da PM chegaram a detê-lo, mas ele escapou.

Segundo agentes da equipe que tentou prendê-lo, Assumção conseguiu fugir em meio a um tumulto criado por um grupo de colegas e de mulheres de policiais amotinados, que se manifestava em frente ao quartel. Houve troca de empurrões e o ex-deputado escapou depois de receber voz de prisão.

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Dos quatro militares que tiveram a prisão decretada, apenas o tenente-coronel Carlos Alberto Foresti havia sido detido no sábado, quando se apresentou na unidade da Polícia Militar de Itaperuna, no Rio de Janeiro, e foi encaminhado para o presídio da Polícia Militar do Espírito Santo, em Vitória.

A PM informou hoje que ‘estará adotando medidas para cumprir a ordem de prisão do quarto policial militar com mandando de prisão ainda em aberto‘.

As investigações da PM apontaram que o tenente-coronel Foresti, que trabalhava no centro de despacho de viaturas, desde o início do movimento, fez manifestações de apoio aos policiais com divulgação de vídeos nas redes sociais. Já o capitão Assumção teve participação presencial nas entradas dos quartéis e divulgação de mensagens de apoio nas redes sociais.

Conforme o Estado mostrou em reportagem do fim de semana, o motim contou com o apoio de um grupo aliado de Bolsonaro no Espírito Santo. O secretário de Controle e Transparência do Espírito Santo, Eugênio Ricas, disse que há indícios claros de que o movimento foi de ‘fachada‘ motivado por interesses políticos e econômicos.

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Sem citar nomes, o secretário afirmou que o Espírito Santo viveu um quadro de ‘terrorismo digital‘ por meio da disseminação de informações falsas e boatos com o objetivo explícito de colocar a população em pânico, paralisar o transporte público e fechar o comércio. Segundo Ricas, 80% das mensagens partiram de pessoas e redes de fora do Estado.

Uma equipe de especialistas em comunicação digital ajudou a reportagem a rastrear o movimento de apoio nas redes sociais ao motim da PM. Bolsonaro publicou na sexta-feira em sua página no Facebook a mesma resposta que deu ao Estado, informando que só se manifestaria sobre o assunto ao vivo e desde que a conversa fosse gravada em vídeo. A defesa dos envolvidos não foi localizada.

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Morre Léo Batista, ícone do jornalismo esportivo, aos 92 anos

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A voz marcante que atravessou gerações e se tornou símbolo do jornalismo esportivo brasileiro silenciou neste domingo. Léo Batista, uma lenda da comunicação no país, faleceu aos 92 anos, deixando um legado indiscutível de quase 80 anos de carreira. Ele estava internado desde o dia 6 de janeiro, lutando contra um tumor no pâncreas, e resistiu bravamente por 13 dias.

Nascido como João Baptista Bellinaso Neto em Cordeirópolis (SP), em 1932, Léo Batista conquistou o coração dos brasileiros com seu carisma e talento. Desde cedo, demonstrou paixão pela comunicação, iniciando sua jornada com uma latinha de tomate como microfone. Aos 15 anos, já atuava no serviço de alto-falante de sua cidade natal, antes de iniciar sua trajetória profissional em rádios do interior paulista.

Um precursor na televisão brasileira

Em 1952, Léo chegou ao Rio de Janeiro para trabalhar na Rádio Globo, onde ganhou o nome artístico que o acompanharia para sempre. Três anos depois, aceitou o desafio de estrear na televisão pela TV Rio. Em 1970, ingressou na TV Globo, onde protagonizou momentos históricos e se consolidou como referência em programas esportivos, como o “Esporte Espetacular” e o “Globo Esporte”.

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Foi no “Fantástico” que Léo Batista deixou uma marca inapagável. Ele inovou ao apresentar os resultados da loteria esportiva ao lado da icônica zebrinha e emocionou o país com o quadro “Gols do Fantástico”. Fora do universo esportivo, também foi apresentador de noticiários como o “Jornal Nacional” e de desfiles do Carnaval carioca.

A voz dos grandes momentos do Brasil

Ao longo de sua extensa carreira, Léo Batista foi a voz de eventos que marcaram a história do país e do mundo. Ele foi o primeiro jornalista a noticiar o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, e, quarenta anos depois, emocionou o Brasil ao anunciar a morte de Ayrton Senna após o acidente em Ímola, na Itália.

Reconhecido e amado

Torcedor apaixonado do Botafogo, Léo Batista foi homenageado com a nomeação de uma cabine de imprensa no Estádio Nilton Santos. Em 2024, protagonizou a série documental “Léo Batista, a Voz Marcante”, que celebra sua trajetória e está disponível no Globoplay.

Mesmo diante da idade avançada, ele fazia questão de continuar em atividade. Participou do “Globo Esporte” até pouco antes de seu falecimento. Para ele, sucesso dependia de três pilares: gosto, dom e treino. Três qualidades que ele possuía em abundância.

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Legado imortal

Léo Batista deixa uma lacuna na comunicação brasileira, mas também um legado imortal. Seu nome está inscrito na história do esporte e da televisão como sinônimo de competência, inovação e paixão pelo que fazia. O Brasil se despede do jornalista, mas sua voz permanecerá viva na memória de gerações que tiveram o privilégio de acompanhá-lo.

Jornalista: Mika Sbardelott

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