Uma operação conjunta da Polícia Militar, Polícia Civil e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) fechou, neste fim de semana, uma fábrica clandestina de cerveja que funcionava em um barracão no bairro Cidade Bela, em Nova Mutum. Cinco pessoas foram presas em flagrante, suspeitas de integrar o esquema de adulteração e comercialização ilegal de bebidas alcoólicas.
De acordo com o major Couto, a quadrilha atuava havia pelo menos quatro meses e já havia colocado no mercado cerca de 10 mil caixas de cerveja adulterada. Somente por semana, segundo estimativa da Polícia Militar, eram manipuladas aproximadamente 900 caixas de bebidas.
A descoberta foi possível após denúncias de moradores que relataram movimentações suspeitas e forte odor químico na região. Durante a vistoria, os agentes encontraram o local em condições precárias de higiene: garrafas eram reutilizadas sem o devido processo de esterilização e os equipamentos improvisados apresentavam risco de contaminação.
A investigação aponta que a matéria-prima era comprada em Sinop e transportada até Nova Mutum, onde passava pelo processo de adulteração. Rótulos e tampinhas eram trocados para simular marcas conhecidas, e os produtos eram revendidos no comércio local a preços bem abaixo do mercado. O lucro da quadrilha chegava a ultrapassar 100% por engradado.
“Realmente constatamos que havia indivíduos adulterando bebidas alcoólicas. Por semana, chegavam a manipular cerca de 900 caixas”, afirmou o major Couto ao site Power Mix.
Segundo a polícia, o grupo tinha uma estrutura organizada. O financiamento viria de fora do município, enquanto os executores ficavam responsáveis pelo trabalho braçal dentro do galpão clandestino.
A Polícia Civil deve aprofundar as investigações para identificar os fornecedores de rótulos e apurar o possível envolvimento de uma cervejaria que pode ter fornecido parte da bebida utilizada no esquema.
Um dos pontos que mais chamou a atenção dos peritos foi a utilização de soda cáustica, produto altamente tóxico, no processo de fabricação dos rótulos. Há suspeita de que a substância estivesse sendo usada para remover a cola das garrafas reaproveitadas, mas a Politec não descarta a possibilidade de que também pudesse ter entrado em contato com o conteúdo das bebidas.
“A suspeita inicial é de que ela é utilizada na parte de retirar a cola do rótulo anterior da garrafa que vai ser alterada. Com a água diluída eles tiram facilmente isso. A gente está apreendendo também o material, para verificar. Mas a princípio, a principal suspeita é essa. Mas a composição química vai dizer”, explicou um perito da Politec.
O barracão foi lacrado e todo o material apreendido será analisado. Os cinco presos foram encaminhados para a delegacia e devem responder por adulteração de bebidas alcoólicas, crime previsto em lei.
As investigações seguem em andamento para identificar os demais envolvidos e dimensionar a extensão da rede de distribuição da cerveja adulterada.
Policiais civis da região metropolitana e do interior do estado estiveram reunidos na manhã de sexta-feira (07.11), para o encerramento dos XIII Jogos Internos da Polícia Civil, com prova de tiro policial, a mais esperada competição. O evento, promovido pela Academia de Polícia (Acadepol) ocorreu entre os dias 22 de outubro a 07 de novembro, reunindo mais de mil policiais de todo estado.
Com a disputa da última modalidade esportiva e somatória de pontos, a equipe da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), conquistou o primeiro lugar da competição com 717,5 pontos conquistados.
As equipes da Delegacia Regional de Rondonópolis, com 695 pontos, e a da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc), 627,5, alcançaram o segundo e o terceiro lugar no pódio da competição. Outras equipes de destaque foram a Regional de Nova Mutum e da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que alcançaram o quarto e quinto lugar respectivamente.
Neste ano, os Jogos Internos da Polícia Civil reuniram mais de mil policiais civis, entre investigadores, escrivães e delegados, que durante os 15 dias de competição participaram de 17 modalidades esportivas.
O diretor da Acadepol, Fausto Freitas, destacou que o evento esportivo tem sido cada vez mais esperado pelos policiais, que fazem questão de comparecer, participar das provas e confraternizar com os amigos.
“Mais uma vez a reunião das equipes nos jogos demonstra que estamos no caminho certo. Os Jogos Internos da Polícia Civil vêm crescendo a cada ano, promovendo a prática esportiva e a integração entre os servidores de todas as unidades do estado”, destacou.
Para o organizador do evento esportivo, Claudinei Farina, mais uma vez o objetivo principal dos Jogos Internos da Polícia Civil foi alcançado, que é tirar os policiais da rotina e estafa do trabalho laboral, para se dedicar à prática esportiva e ao lazer por meio da confraternização com amigos e colegas.
“Toda movimentação dos jogos, desde o preparo das equipes até a competição em si, faz com que nossos policiais mantenham o hábito de se manter ativo, minimizando doenças e consequentemente afastamento médico seja por questão física ou mental. Parabéns a todos que participaram e que já estão animados com a próxima edição em 2026”, disse Claudinei.
Com 23 anos de carreira e participação em praticamente todas as edições dos jogos, a escrivã,Marlise da Silva Ferreira Matos, lotada na GCCO, desde 2023, já pressentia que sua equipe seria a campeã, mas reforçou que a maior vitória é participar e estar com os amigos de longa data
“Eu amo rever e confraternizar com os colegas, que vem do interior. É um momento em que descansamos um pouco a mente do cotidiano, da correria do serviço, no meu caso do cartório, e é uma delícia participar de um momento de descontração e alegria que os Jogos proporcionam”, disse a escrivã.
Na Polícia Civil há dois anos e meio, o investigador de polícia Jonatas Pablo Rosa de Souza, lotado na Delegacia Regional de Pontes e Lacerda, participou pela primeira vez dos Jogos e se surpreendeu com o evento.
“É um momento muito bom para saúde mental do policial, pois ajuda a espairecer a mente, rever os colegas que foram para outras unidades regionais. Achei um evento surreal, muito bem organizado e com muita participação de policiais do interior, mesmo diante das dificuldades que enfrentamos para vir”, destacou o investigador.
A XIII edição dos Jogos Internos da Polícia Civil Sindepo-MT, Aprosoja, Amdepol-MT, Sindepojuc-MT, Sinpol-MT, CTPE-VG, Martinello, Puríssima, Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Turismo, Locar Gestão de Resíduos, Rawal Placas, Aliança Importação e Comércio de Pneus, Bio Vida, Petroluz, Luna Manipulação e Homeopatia e Calibre Brasil, Sindmat, Poesy, AABB, Clube Monte Líbano, CT Bonifácia, Federação de Atletismo, Federação de Natação, Federação de Xadrez e Federação de Tênis de Mesa.
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