Na audiência de custódia que decidiu pela manutenção da prisão de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, surgiram alegações de agressões por parte dos policiais civis responsáveis por sua detenção. Lucas, que confessou ter assassinado três motoristas de aplicativo durante o fim de semana, alegou ter sido alvo de violência física enquanto estava sob custódia.

Durante o interrogatório na audiência, o representante do Ministério Público de Mato Grosso solicitou a abertura de um inquérito para investigar as alegações de agressão feitas por Lucas contra os policiais civis. O MP salientou a seriedade dessas alegações e enfatizou a necessidade de uma investigação imparcial sobre o assunto.

“Com relação a eventuais abusos praticados pelo policial civil, logicamente este tipo de conduta não se justifica, não encontram amparo legal. Se realmente comprovada, pode caracterizar um crime de lesão corporal ou até mesmo de abuso de autoridade”, afirmou o representante do MP.

Apesar das acusações de agressão, o juiz Abel Balbino Guimarães, da 5ª Vara Criminal de Várzea Grande, decidiu manter a prisão de Lucas, convertendo-a em prisão preventiva. O juiz não encontrou irregularidades no procedimento de detenção do acusado.

Em resposta às críticas e à controvérsia gerada pelo caso, o Ministério Público destacou que a audiência de custódia segue um protocolo específico, incluindo a investigação de alegações de violência policial. O promotor de Justiça Milton Pereira Merquiades explicou que o objetivo principal da audiência é verificar possíveis casos de violência e maus-tratos policiais contra qualquer cidadão detido.

O caso em questão envolve não apenas a alegação de agressão policial, mas também acusações graves de homicídio. Lucas Ferreira da Silva, juntamente com dois menores, é suspeito de sequestrar e assassinar três motoristas de aplicativo em um intervalo de três dias. Segundo relatos, a motivação para os crimes teria sido um desejo de vingança por parte de um dos menores, que perdeu o irmão em um assalto anterior.