A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) identificou, por meio de exames e impressões digitais, três dos 11 corpos encontrados enterrados em um cemitério clandestino nessa sexta-feira (10), no município de Lucas do Rio Verde, localizado a 333 km de Cuiabá.
Os corpos identificados pertencem a:
Rafael Pereira de Souza, 35 anos, natural de Rondonópolis;
Andris Mattey, 19 anos, de origem venezuelana;
Wilner Alex de Oliveira Silva, 30 anos, residente em Lucas do Rio Verde.
Os corpos estavam em estado avançado de decomposição, o que dificultou os trabalhos de identificação. No local, foram encontradas dez covas contendo cinco ossadas e seis corpos em diferentes estágios de decomposição. Parte das vítimas já estava em processo de esqueletização, enquanto uma apresentava sinais de putrefação recente, indicando um homicídio ocorrido há pouco tempo.
Processo de Identificação
Os restos mortais serão enviados para unidades de Medicina Legal, tanto do interior quanto da capital, para a realização de exames antropológicos, necropsias e identificação técnica. O Instituto Médico Legal (IML) fará uma triagem para determinar o grau de decomposição e o método mais adequado para a identificação, que pode incluir papiloscopia, odontologia legal ou exames de DNA.
A Politec orienta os familiares de pessoas desaparecidas em Lucas do Rio Verde e região a comparecerem às unidades de Medicina Legal para coleta de material genético. O material será utilizado no confronto com as amostras biológicas das vítimas encontradas.
Caso a pessoa desaparecida tenha passado por tratamento dentário, é recomendável que os familiares obtenham o prontuário odontológico para auxiliar na identificação.
Como Funciona a Coleta de Material Genético
O grau de parentesco deve ser de ascendência direta (pais, mães, filhos ou mais de um irmão).
A coleta é simples e indolor, realizada com um cotonete na parte interna das bochechas.
Os materiais biológicos coletados são processados e inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos no laboratório forense da capital.
Caso seja identificado um parentesco com algum dos dados no banco genético, a unidade de Medicina Legal de Lucas do Rio Verde entrará em contato com os familiares para os procedimentos legais de liberação dos corpos.
A investigação sobre o cemitério clandestino segue em andamento e novas informações devem ser divulgadas pelas autoridades competentes nos próximos dias.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), e a Agência Nacional do Petróleo (ANP) realizaram, nesta segunda-feira (17.2), uma ação conjunta de fiscalização em uma distribuidora de combustíveis localizada no Distrito Industrial, em Cuiabá.
A fiscalização teve como objetivo apurar indícios de distribuição ilegal de óleo diesel com teor de biodiesel menor do que o determinado pela legislação para postos de municípios dos Estados de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul.
A ação teve início após a Polícia Civil e os fiscais da ANP receberem denúncias sobre distribuidoras que estavam oferecendo para postos e grandes consumidores o diesel adulterado, inclusive orientando como regularizar a fraude, por meio de retirada de nota de entrada do produto, fornecida pela própria distribuidora, com pedido de diesel B.
O percentual determinado pela legislação atual de biocombustível no diesel B, que é a mistura final do diesel comercializada, é de 14%. Como o biodiesel é mais caro que o diesel tipo A (puro), a fraude faz com que os distribuidores vendam os seus produtos por aproximadamente R$0,40 abaixo do preço de venda por litro do mercado regular.
Na distribuidora alvo da fiscalização não foram encontrados produtos irregulares. Novas fiscalizações serão realizadas em outras distribuidoras e postos responsáveis pelo comércio de diesel.
O delegado da Decon, Rogério Ferreira, explica que o valor abaixo da média de mercado tem gerado concorrência desleal entre as empresas distribuidoras e postos de combustíveis, além do risco de prejuízos econômicos para os produtores rurais de Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, Estados que juntos respondem por mais de 50% do biodiesel produzido em todo o país.
Os proprietários de distribuidoras que estiveram atuando com a fraude poderão responder pelos crimes de concorrência desleal, crime contra a ordem econômica e crime contra o meio ambiente, já que o biodiesel polui menos o meio ambiente que o diesel puro. A pena para os responsáveis pode chegar até 11 anos de prisão e multa.
“As ações para combater esse tipo de fraude serão frequentes e as equipes da Decon e da ANP realizarão fiscalizações em distribuidoras em todo Estado à procura de diesel tipo A (puro). As amostras serão coletadas e encaminhadas para análise, sendo comprovada a fraude, os proprietários das distribuidoras serão devidamente responsabilizados”, disse o delegado.
A fraude tem se espalhado por todo o país, e dados do Programa de Monitoramento da Qualidade de Combustíveis (PMQC), da Agência Nacional do Petróleo (ANP), referentes ao ano de 2024, mostram, por exemplo, que 24% das amostras de óleo diesel coletadas no Estado de Alagoas e 15% das coletadas no Estado da Bahia apresentaram estavam adulteradas.
Denúncias
Consumidores que forem vítimas ou que quiserem denunciar a prática de crimes contra as relações de consumo podem comparecer na Decon pessoalmente, no endereço situado na Rua General Neves, no 69, Duque de Caxias I, em Cuiabá-MT, ou acionar a Decon pelo telefone (65) 3613-8923, ou por meio do e-mail: [email protected].
O consumidor também pode formalizar denúncia anônima por meio do telefone 197 da Polícia Civil, registrar boletim de ocorrência em qualquer Delegacia de Polícia de Mato Grosso ou, sem sair de casa ou do trabalho, por meio da Delegacia Digital: Delegacia Digital – Portal de Serviços da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.OkLeia nossa política de privacidade
Utilizamos cookies essenciais e tecnologias semelhantes de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.OkLeia nossa política de privacidade