Política Nacional

Reforma tributária mantém isenções para regimes aduaneiros especiais

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O projeto de regulamentação da reforma tributária (Projeto de Lei Complementar 68/24), aprovado na terça-feira (17) na Câmara dos Deputados, mantém a suspensão de cobrança existente para os tributos em regimes aduaneiros especiais, como para lojas francas e mecanismos para incentivar a industrialização para exportação.

Essa suspensão valerá ainda para bens de consumo a bordo de aeronaves exclusivamente em tráfego internacional com destino ao exterior e entregues em zona alfandegada.

Quando se tratar de importação de aeronaves arrendadas por contribuintes regulares de IBS e CBS, os tributos não serão exigidos quando da entrada do avião, mas incidirão sobre os pagamentos do arrendamento.

Já o combustível ou lubrificante para abastecer aeronaves nesse tráfego internacional com destino ao exterior será considerado exportação, isenta dos tributos.

Petróleo
Regimes específicos de alguns setores também são mantidos até determinadas datas. Na indústria de petróleo, a CBS e o IBS serão suspensos para importação ou aquisição de produtos finais, seja para exploração, transporte ou armazenamento.

O regime valerá até 31 de dezembro de 2040.

Bens de capital
De igual forma, dois regimes especiais para incentivar a compra, troca ou modernização de bens de capital (usados para produzir outros bens) são prorrogados.

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No caso do Reporto, um regime de incentivo à modernização e ampliação de portos e sua infraestrutura, os habilitados poderão contar com a suspensão do pagamento dos tributos por cinco anos em compras feitas até 31 de dezembro de 2028. Após esse prazo a suspensão é convertida em isenção definitiva.

O benefício se aplica a máquinas, equipamentos, peças de reposição e outros bens a serem utilizados para:
– carga, descarga, armazenagem e movimentação de mercadorias e produtos;
– sistemas suplementares de apoio operacional;
– proteção ambiental;
– sistemas de segurança e de monitoramento de fluxo de pessoas, mercadorias, produtos, veículos e embarcações;
– dragagens; e
– treinamento e formação de trabalhadores, inclusive na implantação de centros de treinamento

O texto mantém o benefício inclusive para trens, vagões e material ferroviário. Optantes pelo Simples Nacional não poderão aderir ao Reporto.

Isenções
O texto relatado pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) acrescenta uma transição com deduções da base de cálculo dos tributos quando da venda de máquinas e equipamentos usados que sejam comprados até 31 de dezembro de 2032.

Se a compra original ocorrer até 31/12/26, a dedução poderá se dar a partir de 2027 com a exclusão do ICMS, PIS e Cofins pagos.

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A partir de 2029, além de deduzir o tributo pago na compra haverá um multiplicador para aumentar o valor, mas ele será decrescente até chegar a 0,6 em 2032.

Também serão considerados bens incorporados ao ativo imobilizado aqueles com a mesma natureza e que forem contabilizados por concessionárias de serviços públicos como ativo intangível ou financeiro.

Infraestrutura
No setor de infraestrutura, de modo semelhante, continua o benefício de suspensão dos tributos de materiais de construção, equipamentos e serviços utilizados em obras de infraestrutura (Reidi).

As medidas se aplicam ainda às concessionárias de serviços públicos (rodovias, ferrovias p. ex.), seja em exploração por pedágio ou por outro direito de exploração (parceria público-privada, p. ex.).

Quanto à data, o texto não estipula uma para o fim do programa, especificando apenas que os benefícios poderão ser usufruídos dentro de cinco anos da data de habilitação da empresa no Reidi.

Reportagem – Eduardo Piovesan
Edição – Rachel Librelon

Fonte: Câmara dos Deputados

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Política Nacional

Presidente da CEsp condena comparação racista feita por presidente da Conmebol

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Durante reunião da Comissão de Esporte (CEsp) nesta quarta-feira (19), a presidente do colegiado, Leila Barros (PDT-DF), chamou de “infeliz” a declaração do presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). Alejandro Domínguez comparou a possibilidade de ausência de clubes brasileiros na Copa Libertadores “a Tarzan sem a Chita”. 

Na terça-feira (19), o senador Carlos Portinho (PL-RJ) apresentou um voto de repúdio à Conmebol e a Alejandro Domínguez. A manifestação, que recebeu apoio de diversos senadores, também será enviada à Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Posicionamentos

Ex-atleta da seleção brasileira de vôlei, Leila disse que a Conmebol precisa ser cobrada de forma contundente e que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) precisa se posicionar sobre a situação.

— Essa fala não pode ser tratada como um simples deslize ou uma piada. O fato de tantas pessoas e agora até o próprio presidente da entidade máxima do futebol sul-americano se sentirem confortáveis em associar brasileiros a macacos mostra o quão normalizado e estrutural é o racismo dentro do esporte — argumentou ela.

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A senadora também disse que as ações anunciadas pela própria Conmebol para o combate ao racismo são “demasiadamente tímidas e insuficientes”.

— Dizer que apenas irão procurar as autoridades dos países do continente para tratar do tema não é o bastante. O racismo exige ações concretas, punições rigorosas e um compromisso verdadeiro das entidades responsáveis pelo futebol sul-americano. Caso contrário, os episódios criminosos de racismo vão se repetir nos mais variados estádios da nossa região, como já vem ocorrendo.

O senador Carlos Portinho destacou que houve “uma adesão enorme do Senado nessa nota de repúdio”. Ela mais uma vez condenou a fala de Alejandro Domínguez:

— Não é só um ato racista. Ele [o ato] é xenófobo porque diminui o brasileiro. A gente é fruto de diversas raças. (…) Quando ele diz que é como o “Tarzan sem a Chita”, ele quer dizer que a Conmebol é o Tarzan, o homem másculo, branco, forte, o herói. E o brasileiro é a Chita, que vem do macaco. Ele não tem mesmo palavras ou compreensão para poder se desculpar — afirmou Portinho.

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O senador Chico Rodrigues (PSB-RR), vice-presidente da CEsp, também enfatizou que a declaração de Alejandro Domínguez foi “inoportuna, fora de contexto, discriminatória e racista ”. Rodrigues propôs que a comissão cobre, por meio de requerimento, explicações da Conmebol.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

Fonte: Agência Senado

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