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Em meio a confusão, adversário de Pátio é eleito à presidência da Mesa

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A eleição para a Mesa Diretora e a posse dos 21 vereadores eleitos em Rondonópolis foram marcadas por polêmica, empurra-empurra e até denúncias de agressão. O motivo de toda a confusão foi pela virada na escolha da composição do comando da Câmara, que ficou nas mãos da oposição ao prefeito eleito Zé Carlos do Pátio (Solidariedade), com Rodrigo da Zaeli (PSDB) presidente.
Até momentos antes da posse, o vereador Hélio Pichioni (PSD)  era dado como certo para assumir a presidência da Câmara.
Ele contava com 16 votos, articulados pelo grupo do prefeito Zé do Pátio e pelo deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD). No entanto,  pouco antes da posse, uma Van com 11 vereadores  encostou na porta do Caiçara Tênis Clube, local da posse.
O chamado grupo da Van desceu e deu início à confusão, pois 6 dos 16 vereadores anunciados por Pichioni aderiram ao projeto que tinha como presidente Rodrigo da Zaeli (PSDB). Deixaram o grupo de Pichioni para ir para turma da Van, o próprio Rodrigo e os vereadores Jailton Dantas (PSDB), Tenente Guinâncio (PSDB), Beto do Amendoim (PSL), João Mototaxi (PSL) e Sidnei Fernandes (PDT). O grupo já contava com Roni Magnani (PP), Thiago Muniz (PPS), Fábio Cardozo (PPS), Elton Mazetti (PSC) e Cláudio da Farmácia (PMDB).
Manifestantes começaram a gritar “traíras” para a turma da Van como forma de intimidar e os vereadores Thiago Silva  (PMDB) e Adonias Fernandes (PMDB) chegaram a acionar o cacique peemedebisda Carlos Bezerra para tentar convencer o vereador Claudio da Farmácia a votar em Pichioni. Claudio, no entanto, não atendeu às ligações de Bezerra e pode sofrer sanções dentro do partido. A ex-vereadora Mariuva Valentim Chaves que faz parte do diretório do partido disse que vai pedir a expulsão de Cláudio.
Mas, o ápice da confusão foi no ato de registro de chapas. O vereador Hélio Pichioni apresentou em sua chapa o nome de Beto do Amendoim, que já constava na chapa de Rodrigo da Zaeli. Beto pediu a palavra e disse de forma clara que não estava com Pichioni. Foi a senha para começar a confusão. O vídeo, abaixo, mostra Beto sendo chamado de golpista por populares presentes.
Manifestantes jogaram panfletos acusando o grupo da Van de traidores e houve empurra-empurra, xingamentos e até mesmo uma agressão ao vereador Jailton Dantas. Com isso, a sessão foi interrompida e o espaço no local reservado para Plenário foi invadido por populares que chegaram a jogar dinheiro no chão como forma de protesto.
Depois, com Rodrigo eleito, a nova Mesa Diretora foi formada com Beto do Amendoim como  primeiro-vice-presidente,  Elton Mazetti como segundo-vice, Fábio Cardozo será o primeiro-secretário e Cláudio da Farmácia como segundo-secretário. Rodrigo teve 11 dos 21 votos.
Envergonhado, o vereador Adonias Fernandes pediu desculpas ao público presente e destacou que em quatro mandatos nunca havia visto uma confusão como essa.
 

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ALMT discute políticas públicas para tratamento da fibromialgia em audiência

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) discutiu políticas públicas para o tratamento da fibromialgia em audiência pública na tarde desta segunda-feira (19). Participaram especialistas, pacientes, representantes de associações e membros da administração pública na busca de articulação para garantir direitos já previstos em leis do estado.

Uma das reivindicações diz respeito à Carteira de Identificação para Portadores de Fibromialgia, prevista na Lei estadual nº 12.559/2024, mas que ainda não foi implementada. A Política Estadual de Proteção dos Direitos da Pessoa com Fibromialgia é tratada na Lei nº 11.554/2021. Entre outras medidas, a legislação reconhece a pessoa com fibromialgia como pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais. Também foi citada a Lei nº 11.657/2021. O texto autoriza a criação de Centros de Diagnóstico de Pacientes com Fibromialgia.

A lei da carteira de identificação prevê a apresentação de laudo feito por médico reumatologista, fisiatra ou especialista em dor crônica. Segundo a presidente da Associação Mato-grossense de Fibromiálgicos Daniel Lenz, Carmen Miranda Sousa, o acesso a esses profissionais pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é difícil. “Essa é mais uma demanda, a gente tem de buscar isso. As pessoas sofrem. Hoje são mais de 100 mil pessoas no Estado de Mato Grosso que têm o problema e a carência é total”, apontou.

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Pelo sistema remoto, o médico reumatologista Luiz Guedes Barbosa defendeu que o enfrentamento à fibromialgia envolve acompanhamento psicológico, psiquiátrico juntamente com outros cuidados por se tratar de uma dor real.

“A rede de atendimento precisa ser adequada com fisioterapia, acupuntura, muitos remédios, alongamentos. É um grande desafio tratar essa condição que atinge de 3 a 4,5% da população e tem grande impacto na questão trabalhista”, afirmou.

A fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dor muscular generalizada, fadiga e sintomas como distúrbios do sono e alterações de humor. Atinge principalmente mulheres e a causa exata ainda não é totalmente conhecida, mas predisposição genética, estresse e traumas físicos são considerados fatores. Por ser uma condição invisível, muitas vezes as reclamações não são levadas a sério por quem está próximo da pessoa com fibromialgia.

“O reconhecimento da deficiência e garantia dos direitos é importante porque é muito desgastante você falar o tempo todo… ‘olha, eu estou com dor’. Eu também tenho fibromialgia e às vezes eu falo que estou com muita dor e tem pessoas que falam: ‘mas você nem cansa, você trabalha sentada, você fica sentada o tempo todo’, mas eu tenho dores o tempo todo”, ilustrou a superintendente estadual das Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Taís de Paula.

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O deputado estadual Dr. João (MDB), requerente da audiência, pontuou que é preciso fazer rapidamente um protocolo para reconhecimento das pessoas com fibromialgia pelo estado. Ele avaliou que a entrega da carteira de identificação tornará possível o acesso a diversos direitos como isenção do pagamento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e atendimento prioritário em diferentes tipos de serviço. “Fizemos esse encontro para chamar a atenção e convidar todas as pessoas envolvidas no assunto da fibromialgia para que nós possamos acelerar com esse protocolo”, explicou o parlamentar. Ele se comprometeu a liderar uma nova reunião para avançar no tema.

O mês de maio é o principal para debates sobre essa condição, sendo 12 de maio o Dia Nacional e Mundial de Conscientização e Enfrentamento da Fibromialgia.

Fonte: ALMT – MT

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