A Justiça Eleitoral de Barra do Bugres manteve a cassação e a inelegibilidade da prefeita Maria Azenilda Pereira (Republicanos) e do vice-prefeito Arthur José Franco, em decisão publicada no último dia 18. O juiz da 13ª Zona Eleitoral do município, Arom Olímpio Pereira, determinou ainda a realização de novas eleições para janeiro de 2025.
A sentença foi proferida após a análise de denúncias que incluíam acusações de compra de votos e abuso de poder político. Segundo o Ministério Público, o filho da prefeita, Carlos Luiz Pereira Neto, conhecido como Cacá, teria oferecido R$ 2 mil a uma eleitora em troca de voto. Além disso, o marido de Azenilda, Arnaldo Pereira, e a nora do vice-prefeito, Rosandria Cardoso da Silva, também teriam prometido benefícios, como a construção de um muro e a oferta de um emprego na prefeitura.
Apesar das graves acusações, a Justiça decidiu excluir o Partido Novo do polo passivo do processo. O juiz concluiu que a legenda não poderia ser responsabilizada diretamente pelas irregularidades, reforçando que a validade de denúncias eleitorais depende de provas concretas.
Em sua defesa, Azenilda Pereira afirmou, por meio de nota emitida pela sua equipe jurídica, que as denúncias são “infundadas e politicamente motivadas”.
Os vereadores do Partido Novo, que apoiaram a prefeita e o vice, também foram mencionados no processo, mas a Justiça decidiu que eles não seriam alvo das acusações de “candidaturas fantasmas” atribuídas à legenda.
O autor da ação ainda pode recorrer às instâncias superiores. No entanto, enquanto isso não acontece, a situação jurídica de Azenilda e Arthur permanece inalterada, com a perda de seus mandatos e a inelegibilidade confirmada.
A decisão ressalta o compromisso da Justiça Eleitoral em coibir práticas que comprometem a lisura dos processos democráticos. As novas eleições em janeiro de 2025 deverão definir o futuro político do município.
Deputados membros da Comissão de Saúde realizaram visita ao hospital na tarde desta quarta-feira (19).
Foto: Luciano Campbell/ALMT
Deputados da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) fizeram visita às obras do Hospital Central, em Cuiabá, na tarde desta quarta-feira (19). Em busca de informações sobre o andamento dos trabalhos e prazo de entrega da unidade, os parlamentares vistoriaram diversas divisões do prédio e ouviram que o início da operação do hospital é esperado para agosto deste ano.
O Governo do Estado garante que as obras físicas estão com 98% de conclusão. De acordo com o secretário estadual de saúde, Gilberto Figueiredo, a previsão é de que em agosto seja iniciada a primeira etapa de funcionamento. “Já tem alguma coisa [de equipamentos] para chegar, mas a nossa previsão é de finalizar todo esse investimento em equipamentos e infraestrutura no mês de agosto. A partir daí, estaríamos em condição de inaugurar, para que o hospital possa entrar em operação em quatro fases, sendo 100% em funcionamento na quarta fase, em aproximadamente 120 dias depois de inaugurar”, explicou o chefe da Secretaria Estadual de Saúde (Ses/MT).
Ele ainda disse que até lá o trabalho será de instalação de equipamentos, montagem de mobiliário, recebimento de aquisições feitas para a unidade, além da conclusão de algumas obras de infraestrutura. “Isso é o que percorre nesses próximos quatro meses que estão na nossa previsão”, assegurou Gilberto Figueiredo.
O presidente da Comissão da Saúde da Casa de Leis, deputado estadual Paulo Araújo (PP), demonstrou estar satisfeito com o trabalho do Governo do Estado. “O objetivo da visita, primeiro era saber exatamente o percentual de execução da obra física, 98%, saber exatamente quando entra em funcionamento essa importante unidade hospitalar, previsto para agosto e quais as especialidades que nós vamos ter aqui, que são ortopedia, cardiologia, hemodinâmica, neurocirurgia, leito de UTI pediátrico, leito de UTI adulto, entre outras especialidades”, relatou o parlamentar.
“Na minha opinião, são justamente as especialidades que as pessoas, tanto do interior quanto de Cuiabá têm dificuldade de acessar no Sistema Público de Saúde. A partir do momento que nós tivermos a plenitude dessa unidade hospitalar em funcionamento, com certeza nós teremos aí uma facilidade muito grande de regular pacientes e salvar vidas”, enfatizou Paulo Araújo. O deputado Dr. João (MDB) também acredita que o Hospital Central vai contribuir para melhorar a saúde em Mato Grosso a partir da capital. “Vai ajudar muito a baixada cuiabana, porque a regulação basicamente é da baixada cuiabana”, destacou.
Também participou da atividade o deputado Lúdio Cabral (PT). Ele chamou atenção para a necessidade de a Comissão de Saúde continuar fiscalizando. “Cumprimos o nosso dever de diálogo com o estado para que mais rapidamente se conclua a obra física e se equipe o hospital. Já há alguns equipamentos aqui. E também que se mobílie o hospital e aí se identifique a forma de gestão, como o pessoal virá trabalhar aqui, como será custeado e como cumprirá o papel de atender demanda de alta complexidade para toda a população do estado”, ressaltou.
Hospital Central – As obras da unidade foram retomadas em 2020 com um novo projeto, após paralisação de 34 anos. O Hospital Central de Alta Complexidade de Mato Grosso contará com uma área de 32 mil m² e terá capacidade para atender 1.990 internações, 652 cirurgias e 3.000 consultas especializadas mensalmente, de acordo com a Ses/MT.
Além disso, o local contará com dez salas cirúrgicas, 60 leitos de UTI e 230 leitos de enfermaria. O hospital atenderá diversas especialidades como cardiologia, neurologia, ortopedia, urologia e ginecologia. O investimento do Governo do Estado na estrutura física foi de cerca de R$ 220 milhões. Com os equipamentos, a nova unidade custará cerca de R$ 400 milhões, segundo o secretário estadual de saúde.
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