O deputado federal Nilson Leitão (PSDB) assumiu nesta terça (14) o comando da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Em solenidade realizada no Dúnia City Hall, em Brasília, o tucano frisou, em discurso, que o grupo contempla a junção de deputados e senadores que buscam destravar o setor.
“O Brasil precisa ser desburocratizado, precisa ser o país da celeridade”, disse para uma plateia de quase 400 pessoas – entre políticos e lideranças do setor.
Entre eles, o governador de Mato Grosso Pedro Taques; o vice Carlos Fávaro; o ex-senador Jayme Campos; o ministro da Agricultura Blairo Maggi; e o presidente da República Michel Temer.
Ainda em discurso, Leitão reforça que união de todos é fundamental para alavancar o país e que, por isso, não deve existir o chamado nós contra eles. “O Brasil precisa ser melhor para todos. Para a maioria, para a minoria, para o pequeno e para o grande”, frisou.
Durante a solenidade, Blairo – uma das principais lideranças do agronegócio – aproveitou para ressaltar o apoio da gestão Temer ao setor.
Nessa linha, disse que Leitão pode contar com o seu apoio nos trabalhos da frente parlamentar. O presidente da República, por sua vez, também prestigiou a posse.
O peemedebista chegou por volta das 22h, quando foi dado o início oficial da solenidade – prevista, em princípio, para 20h.
Devido à vinda de Temer, um forte esquema de segurança foi montado. Em discurso, o peemedebista fez questão de ressaltar a “pujança” do setor e a sua importância para a economia brasileira.
Sobre a FPA, Temer disse que é mais que uma frente, sendo “é uma casa extremamente produtiva”.
Ele explanou ainda sobre as ações tomadas por ele nos primeiros meses de gestão – assumiu após a queda de Dilma Rousseff – e fez questão de citar como exemplo de case de sucesso a desburocratização feita por Blairo no ministério da Agricultura.
O presidente da República prometeu ainda simplificar o sistema tributário do país e pediu o apoio e o entusiasmo do agronegócio e também do Congresso para enfrentar os desafios.
Minutos antes de Temer, Taques também discursou. “Leitão é um mato-grossense que não tem terra, que não tem pasto, mas é um cidadão trabalhador. Defende essa causa e trabalha 24h por esse setor”.
Num segundo momento, ressaltou três demandas prioritárias do setor: logística, necessária para que os produtos do país cheguem ao mercado exterior com preços competitivos; formatação de uma legislação trabalhista diferenciada, para que seja possível produzir cada vez mais; e segurança jurídica, solucionando, entre outras coisas, a questão indígena.
Nessa linha, argumenta que a FAO (organização da ONU para a alimentação e a agricultura) diz que o estoque de alimentos no mundo é para 70 dias, sendo que existem 7 bilhões de habitantes. A estimativa é de que, em 2050, sejam 9 bilhões de habitantes.
“Precisamos aumentar a nossa produção em 60% e isso respeitando as regras ambientais. Destes 60% no mundo, a maior parte está no Brasil e uma grande parte, me permitam o egoísmo, está no Estado de Mato Grosso”, disse o tucano sob aplausos.
Nessa linha, destaca que Mato Grosso é o maior produtor de soja, de milho, de algodão e de gado bovino do país, e que o Estado está prestes a ser o maior de pescado de água doce.
“Precisamos muito de vossa excelência (Temer). Neste momento, significa a esperança de um Brasil que dá certo”.
FPA
Leitão é o segundo parlamentar mato-grossense a ocupar o comando da FPA, considerada uma das frentes mais combativas do Congresso Nacional. O primeiro foi Homero Pereira (já falecido). O tucano, por sua vez, sucede o deputado Marcos Montes (PSD-MG), que esteve à frente da entidade nos últimos dois anos.
A frente é composta por 222 deputados e 24 senadores. Além de Leitão, o grupo tem a participação de outro parlamentar de Mato Grosso: Adilton Sachetti – coordenador de logística.
O objetivo da FPA é estimular a ampliação de políticas públicas para o desenvolvimento do agronegócio nacional. Dentre as prioridades atuais estão a modernização da legislação trabalhista, fundiária, tributária, bem como a regulamentação da questão de terras indígenas e áreas de quilombolas, para garantir a segurança jurídica necessária à competitividade do setor.
Autoridades
De Mato Grosso, também prestigiaram o evento os senadores Wellington Fagundes e Cidinho dos Santos; e deputados federais, entre eles, Carlos Bezerra, Ezequiel Fonseca, Fábio Garcia e Victório Galli. O setor do agronegócio também marcou presença com representantes da Acrimat; Aprosoja (presidente Endrigo Dalcin); Ampa, Famato, entre outras. Até mesmo prefeitos, vereadores e deputados estaduais – Guilherme Maluf, Baiano Filho e Jajah Neves, compareceram.