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Silval e 3 'aliados' permanecem presos

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Depois de quase 17 meses da deflagração da primeira operação, 4 das 14 pessoas suspeitas de participação na suposta organização criminosa que desviou recursos públicos na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) permanecem presas.

Os quatro que permanecem presos, conforme as denúncias formuladas pelo Ministério Público Estadual (MPE), com base nas investigações da Polícia Civil, fazem parte da liderança da suposta organização. Silval é apontado como o chefe e principal beneficiário do esquema, enquanto Marcel é classificado como um dos mentores.Além do peemedebista, detido no dia 17 de setembro de 2015, seguem atrás das grades o ex-secretário de Fazenda, Marcel Souza de Cursi, preso dois dias antes do ex-governador, o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, e o ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cezar Correa Araújo. No total, a Justiça expediu nas investigações relacionadas as operações Sodoma e Seven 23 mandados de prisão, alguns, como no caso de Silval, para a mesma pessoa.

Já Lima atuava como um conselheiro do grupo e, por fim, Sílvio era aquele que tratava com os demais integrantes em nome do ex-governador. Os quatro negam, desde o início, qualquer partcipação nos atos de corrupção  investigados.

Alem de pedir as prisões, o MPE já denunciou 35 pessoas entre políticos, servidores públicos e empresários, que tiveram algum tipo de participação nos supostos esquemas. Neste caso, alguns dos acusados foram denunciados mais de uma vez. Se tais dados forem considerados, sao 63 denúncias até o momento.

Dos processos gerados, a açao relativa a Operação Sodoma I é o que está em fase mais adiantada. Conforme determinação da juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, datada de 1ºde fevereiro deste ano, acusação e defesa tem prazo de 15 dias para apresentarem alegações finais, última etapa antes da prolataçao da sentença.

São réus neste processo Silval, Marcel, Lima, Sílvio, o ex-secretário Pedro Nadaf e a secretária dele, Karla Cecília de Oliveira Cintra. Os dois chegaram a ser presos, Nadaf nesta operação e Karla em outra fase da investigação, mas se encontram soltos por decisão judicial.

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Os seis réus sao acusados de participação em um caso de extorsão, supostamente cometida contra o empresário Joao Batista Rosa. Conforme a denúncia, o empresário foi coagido a pagar R$ 2,6 milhões em propina e abrir mao de aproximadamente R$ 2,5 milhões em créditos de ICMS para ter suas empresas incluídas no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic), que fornecia incentivos fiscais. Rosa chegou a ser apontado como colaborador, mas no decorrer do processo foi colocado na condiçao de vítima da suposta organização.

A exemplo dos quatro que seguem presos, Nadaf faria parte da liderança da organizaçao. Depois de quase um ano preso – ele foi detido junto com Marcelo ex-secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia e da Casa Civil resolveu confessar sua participação na suposta organização criminosa, restituir os cofres públicos com a devolução da parte recebida por ele nos esquemas e acabou solto. As revelações feitas por ele, inclusive, sao aguardadas com expectativa, uma vez que podem resultar em novas investigações e operações.

Além de Nadaf, outros secretários de Silval foram presos e resolveram colaborar com as investigações. Cézar Roberto Zilio e Pedro Elias Domingos de Melo ocuparam na gestao de Silval o cargo de secretário de Administração.

Os dois, segundo contaram a Polícia Civil e ao MPE, eram encarregados de receber a propina paga pelo empresário Willians Paulo Mischur, dono de uma empresa que gerenciava a margem consignável dos servidores públicos, a Silval. Juntos, eles se prontificaram a devolver quase R$ 16 milhões aos cofres públicos, incluindo um imóvel localizado na avenida Beira Rio, em Cuiabá, comprado com dinheiro obtido ilicitamente por Zílio.

Zílio e Melo foram descobertos após o rastreamento da propina paga por Rosa, parte em cheques de pequeno valor. Alguns destes cheques foram usados por Zílio na compra do terreno.

Ao avançarem as investigações, os delegados da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Administração Pública e Contra a Ordem Tributária (Defaz) encontraram Mischur, que revelou ter pago propina aos ex-secretários, abrindo uma nova frente nas investigações, inclusive com outros fatos criminosos, que resultaram em duas fases da Operaçao Sodoma.

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Terras – Paralela as investigações da Sodoma, o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) descobriu outros crimes supostamente praticados pelo grupo. Trata-se da Operação Seven, que revelou indícios de irregularidades na aquisição por parte do estado de uma área de terra rural que seria acrescida ao Parque Estadual Águas do Cuiabá.

O esquema teria resultado no desvio de R$ 7 milhões dos cofres públicos estaduais no final do ano de 2014. As investigações resultaram em duas ações penais, uma para apurar o crime de peculato e outra a lavagem de dinheiro.

No caso do peculato, o processo encontra-se em fase avançada de instrução. Testemunhas e réus já foram ouvidos e a juíza Selma abriu prazo para as chamadas diligencias complementares, fase em que tanto o MPE quanto as defesas podem requerer procedimentos cuja necessidade se origine de circunstâncias ou fatos apurados na instrução. Após esta etapa é que ocorrem as alegações finais.

A quarta e, até o momento, última fase da Operação Sodoma trata de um esquema bastante parecido com o verificado na Seven, o pagamento pela desapropriação de uma área localizada no Jardim Liberdade, em Cuiabá. Segundo a Polícia Civil, pouco mais de R$ 15 milhões dos R$ 31,7 milhões pagos na operação foram desviados para a suposta organização criminosa.

De acordo com a investigação, a maior parte do dinheiro desviado, R$ 10 milhões, pertencia a Silval. O restante teria sido dividido entre Nadaf, Marcel, Chico Lima, o ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves de Souza Neto,e o ex-presidente do Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), Afonso Dalberto.

Além de diversas colaborações premiadas, confissões e análise documental ocorridas durante a investigação que auxiliaram desvendar todo o ‘modus operandi’ do esquema milionário de desvio de dinheiro público, a prova material obtida através dos afastamentos de sigilos bancários e fiscal corroboraram a participação de todos os envolvidos, nao deixando quaisquer dúvidas para a Polícia Civil da existencia do esquema.

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Mulher de 21 dá nó fatal com cinto e esfaqueia idoso de 80 anos

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Reprodução internet

Um encontro entre gerações terminou em tragédia e sangue em Itanhangá (453 km de Cuiabá). O idoso Cecílio Coletti, de 80 anos, foi encontrado sem vida, esfaqueado e com um cinto apertando o pescoço — uma cena que chocou até os mais experientes. O crime ocorreu dentro da própria casa da vítima, na última terça-feira (15), e teve como autora uma jovem de 21 anos que trabalhava em um bar vizinho.

Segundo a polícia, o caso começou com uma simples discussão entre os dois, mas terminou de forma brutal. A jovem, que poderia ter dado apenas um tempo, preferiu dar golpes fatais. Confessou o crime sem rodeios, talvez imaginando que sinceridade reduz pena.

Enquanto a perícia tentava desenrolar os detalhes do assassinato, os vizinhos tentavam entender como uma conversa virou confronto e um cinto virou corda da morte. O caso segue sob investigação.

Jornalista: Alex Garcia

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