O ex-secretário adjunto da Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana do Estado, Valdísio Juliano Viriato, teve na tarde desta quinta-feira (2) o pedido de liberdade negado pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Alberto Ferreira.
Ele foi preso na quinta fase da Operação Sodoma, realizada no dia 14 de fevereiro.
A prisão foi cumprida em Camboriú, Santa Catarina, aonde reside. Ele chegou escoltado por agentes do Gaeco no dia seguinte, 15 de fevereiro.
Valdisio ocupou o cargo de Secretário-adjunto Executivo da Secretaria Executiva do Núcleo de Trânsito, Transporte e Cidades pertencentes à Secretaria de Estado da Secretaria de Transportes e Pavimentação Urbana entre 1º de janeiro de 2011 a 28 de fevereiro de 2014.
Além disso, foi secretário-adjunto de Gestão Sistêmica da mesma Pasta no período de 1º de março a 31 de dezembro de 2014.
A quinta fase da Sodoma investiga fraudes à licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, em benefício da organização criminosa comandada pelo ex-governador, Silval da Cunha Barbosa, de acordo com as investigações da Delegacia Fazendária (Defaz).
A investigação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e nove de busca e apreensão domiciliar, nos estados de Mato Grosso, Santa Catariana e Distrito Federal.
Os mandados de prisão foram cumpridos contra os investigados: Valdisio Juliano Viriato, Francisco Anis Faiad – solto após uma semana, Silval da Cunha Barbosa, Sílvio Cesar Corrêa Araújo, José Jesus Nunes Cordeiro.
Entre os conduzidos coercitiva para interrogatórios estão: Wilson Luiz Soares, Mario Balbino Lemes Junior, Rafael Yamada Torres, Marcel Souza de Cursi e o ex-vereador Lúdio Cabral (PT).
Os suspeitos são investigados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto LTDA e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas.
Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.