Saúde

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

Published

on


O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.

Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.

Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja.

Uma vez que o indivíduo se enquadre nestes critérios, diz-se que o mesmo preenche “os critérios clínicos para a morte encefálica”. Apesar das chances de erro com uma adequada avaliação clínica sejam baixas, todos os protocolos de definição de morte encefálica incluem exames subsidiários em sua elaboração. Estes exames são principalmente o eletroencefalograma (que verifica a atividade cerebral) e o exame de doppler transcraniano (que verifica o fluxo sanguíneo cerebral). A avaliação clínica, bem como a laboratorial, deve ser repetida uma segunda vez, com 24 horas de intervalo, na ausência de medicações neuroativas.

Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

COMENTE ABAIXO:

Advertisement

Saúde

Professor de 59 anos se joga de obra do Pronto-Socorro em Várzea Grande

Published

on

Um professor de 59 anos foi socorrido na manhã desta terça-feira (28) após se jogar de uma estrutura em obras no Pronto-Socorro de Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). Esta é a segunda tentativa de suicídio registrada em dois dias envolvendo o mesmo homem.

De acordo com informações da Guarda Municipal, o Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram acionados imediatamente após o ocorrido. O professor foi retirado do local em uma maca e, conforme vídeos registrados pelos agentes, aparentava estar consciente no momento do resgate. Ele foi encaminhado para atendimento emergencial na própria unidade hospitalar.

Ainda não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dele.

Histórico recente

No último domingo (26), o mesmo homem já havia mobilizado uma grande operação de resgate ao subir na torre da caixa d’água do Supermercado Comper, em Várzea Grande, onde permaneceu por cerca de 14 horas ameaçando tirar a própria vida.

O Corpo de Bombeiros informou que, durante a ação, o professor apresentava comportamento instável, alternando entre momentos de calma e agitação. Uma rede de segurança foi montada ao redor da torre, e os militares conseguiram imobilizá-lo e retirá-lo do local sob chuva, por volta das 18h50.

A operação contou com 28 profissionais, incluindo equipes do Corpo de Bombeiros, Guarda Municipal e Samu, além de oito viaturas. Após o resgate, o homem foi encaminhado a uma unidade de saúde para receber acompanhamento médico e psicológico.

Motivação e situação familiar

De acordo com familiares, o professor sofre de depressão e vinha enfrentando dificuldades emocionais ligadas à vida pessoal. As filhas informaram que ele tentava reatar o relacionamento com a mãe delas, de quem está separado desde 2013.

O relacionamento, no entanto, não foi retomado. A ex-companheira possui uma medida protetiva contra ele.

Atenção e prevenção

Autoridades e profissionais de saúde reforçam a importância da atenção aos sinais de sofrimento emocional e à busca por ajuda especializada.

O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional gratuito e confidencial 24 horas por dia, pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br

Vídeo:

Jornalista: Luan Schiavon

📲 Clique aqui e receba notícias do VOZMT no seu celular

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

POLÍTICA MT

POLICIAL

MATO GROSSO

MUNICÍPIOS

MAIS LIDAS DA SEMANA