Convenção de Minamata
A proposta faz parte do acordo assinado em 2013 na Convenção de Minamata. Os 140 países participantes, entre eles o Brasil, assumiram compromisso em reduzir emissões de mercúrio até 2020, a fim de evitar possíveis danos à saúde e ao meio ambiente. O tratado faz referência aos problemas de saúde, inclusive em crianças, relatados na cidade de Minamata, no Japão, por conta de descarte indevido de mercúrio por uma indústria da região.
No estado de São Paulo, uma lei de 2014 já havia proibido o uso de aparelhos com mercúrio nos serviços de saúde. Agora, a agência prevê até janeiro de 2019 o prazo para a substituição desses equipamentos em todo o território nacional.
Aparelhos digitais
A Anvisa recomenda a troca desses produtos por aparelhos digitais, que possuem a mesma precisão. Hoje, no Brasil, há apenas uma empresa que possui registro para venda de um aparelho de pressão com mercúrio e outras duas com registro de termômetro com mercúrio importado. Já em relação aos formatos digitais, existem 63 registros de termômetros e 42 de aparelhos para pressão, segundo informações da Folha de S.Paulo.
No entanto, o termômetro digital custa quase o dobro daquele feito com coluna de mercúrio segundo a Agência Brasil. Enquanto o primeiro custa aproximadamente 20 reais, o segundo é vendido por cerca de 10 reais. O aparelho digital, alimentado por bateria, tem a vida útil mais curta que a de umtermômetro de mercúrio que, se não sofrer quedas, pode durar, como dito pelo próprio vendedor, “a vida toda”.