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Cejusc da Capital participa da XX Semana Nacional da Conciliação com meta de 350 audiências

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Um conflito empresarial que terminou com a restauração de uma amizade de anos resume o verdadeiro propósito da conciliação. O caso, mediado no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Cuiabá, envolveu dois antigos amigos que haviam rompido uma sociedade por desentendimentos na gestão da empresa. “Durante a audiência, conduzida com respeito e escuta ativa, ambos puderam compreender que o conflito havia surgido de mal-entendidos. Saíram dali com um acordo justo e, principalmente com o reencontro de uma amizade de longa data”, contou a gestora do Cejusc da Capital, Ana Maria Rosa Locatelli.

Este é apenas um dos inúmeros exemplos do impacto positivo da conciliação na vida das pessoas e do espírito que inspira a participação do Cejusc da Capital na XX Semana Nacional da Conciliação, que acontece de 3 a 7 de novembro em todas as 79 comarcas do estado. Durante o período, o Cejusc da Capital promoverá 350 audiências de conciliação e mediação, nos turnos da manhã e da tarde, abrangendo tanto casos pré-processuais (antes de chegar à Justiça), quanto processuais, envolvendo as Varas Cíveis e as Varas Especializadas de Família e Sucessões.

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Segundo Ana Maria Locatelli, o objetivo é fortalecer o compromisso do Judiciário com a cultura da paz e o acesso à Justiça. “As audiências pré-processuais, especialmente nas demandas de família, alcançam cerca de 80% de acordos, o que demonstra a efetividade do diálogo e da mediação como instrumentos de pacificação social”, destacou.

A abertura oficial da Semana Nacional da Conciliação em Mato Grosso ocorreu nessa segunda-feira (03), em cerimônia conjunta organizada pelo Cejusc da Capital, Cejusc Empresarial, Cejusc da Fazenda Pública, Cejusc do Superendividamento e Diretoria do Fórum de Cuiabá, sob a coordenação do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec).

Durante a Semana, serão realizadas audiências tanto presenciais quanto on-line, garantindo mais comodidade e acessibilidade aos participantes. “Nosso atendimento é humanizado e adaptado às necessidades das partes. A conciliação é um meio célere, acessível e eficaz de resolver conflitos, pois permite que as pessoas construam juntas soluções equilibradas e restaurem relações”, reforçou a gestora.

Os interessados em participar das audiências de conciliação durante a Semana Nacional podem solicitar o atendimento pelos seguintes canais:

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-Telefone: (65) 3648-6575 / (65) 3648-6065

-WhatsApp: (65) 99218-4044

-Ou presencialmente, no Cejusc da Capital.

O Cejusc da Capital é referência na pacificação de conflitos familiares e cíveis em Cuiabá. A unidade conta com mais de 50 mediadores credenciados e oito conciliadores, além de desenvolver ações de cidadania, como o Projeto Pai Presente, que realiza exames gratuitos de DNA para reconhecimento de paternidade, e a Oficina de Parentalidade, voltada a pais em processo de separação. Nesta edição da Semana Nacional da Conciliação, no entanto, essas duas iniciativas não integram a programação. A prioridade será o atendimento direto às audiências, com foco em fortalecer o diálogo e promover soluções definitivas para os cidadãos.

“Mais do que resolver processos, a conciliação transforma vidas. É um instrumento que aproxima as pessoas, restaura relações e reforça o papel do Judiciário como agente de pacificação social”, concluiu Ana Maria Locatelli.

Autor: Roberta Penha

Fotografo:

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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“Hoje é nossa vez”: casamentos são encaminhados e crianças tiram primeiro RG em ação do Judiciário

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No segundo dia de atendimentos da 7ª Expedição Araguaia-Xingu, no Distrito de Espigão do Leste, em São Félix do Araguaia (1.060km de Cuiabá), o que mais se viu foram histórias de amor e pertencimento. O que era para ser apenas um dia de serviços de cidadania se tornou palco de declarações emocionadas e encaminhamentos para casamentos civis, algo que muitos casais esperaram por anos.

De mãos dadas, lágrimas nos olhos e voz embargada, o lavrador Domingos Pinheiro da Luz, 57 anos, enalteceu o que significou esse momento. “Deus presenteou essa linda pessoa na minha vida. Ela esteve comigo nas horas mais difíceis. Só tenho a agradecer. Hoje eu vou sair daqui sabendo que vamos casar”, disse.

Ao lado dele, a companheira Luciene Pereira Lima dos Santos, 54 anos, também esbanjava felicidade. Ela diz que o casamento é uma escolha e que a vida com Domingos foi um presente. “Deus colocou um homem muito bom na minha vida. A gente conversa, se entende no olhar. É a alegria que eu pedi a Deus”, declarou-se.

O casal vive junto há quatro anos e tentava oficializar a união na cidade, mas a distância da Comarca mais próxima e o custo do deslocamento sempre adiavam o sonho. Com a expedição, saíram com todo processo encaminhado.

Quem também aproveitou essa oportunidade foi o casal Jayne Rafaela Feitosa de Paula, 29 anos, Flávio Medeiros da Silva, 27 anos. A professora e o operador de máquinas chegaram à Expedição com o objetivo de atualizar as vacinas da filha mais velha. Mas saíram com um segundo: o encaminhamento para o casamento.

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Nos braços dela, a pequena Helena, de apenas 19 dias. “Ontem fez oito anos que a gente namora. Aí a gente pensou: ‘por que não casar logo?’”, contou Jaime. “Se não fosse a expedição, teríamos que ir até Confresa. Com bebê, escola, trabalho… ia ficar para depois. Aqui resolvemos tudo num dia só”, completou.

Milagre “Já estava tudo pronto. A expedição só antecipou o milagre”. Assim descreveu Irene Martins de Sousa, 62 anos, a presença da comitiva na região. Ela e o marido Mauro César Pereira de Sá, 53 anos, já estavam com alianças guardadas e planejavam casar em breve na cidade. Mas quando souberam que poderia ser encaminhado na Expedição mesmo, não pensaram duas vezes. “Quando disseram que tinha casamento ontem, eu falei: ‘Hoje é minha vez’. Deus abriu as portas”. “Casamento é respeitar e amar o outro. Não via a hora disso acontecer”, acrescentou Mauro.

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O casal ainda aproveitou o ensejo para atualizar documentos pessoais e consultar com o oftalmologista. “A Expedição resolveu nossa vida. Documento, óculos, tudo. Se não fosse ela, ia demorar muito tempo”.

Casar na Expedição: como funciona? O juiz coordenador da Expedição, José Antônio Bezerra Filho, explicou que o casamento civil exige habilitação, análise documental, envio ao cartório e manifestação do Ministério Público. Na expedição, com a presença das instituições que integram o Sistema de Justiça, o processo ganha velocidade. “Aqui nós iniciamos todo trâmite. Comprovada a renda de até três salários, o casal tem isenção de taxas. O processo segue ao cartório e o casamento é marcado. Isso evita deslocamentos de 200 quilômetros e realiza sonhos”, evidenciou.

Ele destacou que, além de amor, o casamento previne litígios futuros, pois garante direitos. “Quando há documentação, diminui ações de guarda, pensão e reconhecimento de união estável. O casamento traz segurança jurídica”, apontou.

RG e euforiaEnquanto casais oficializavam histórias de amor, outro momento chamou atenção na 7ª Expedição Araguaia-Xingu em Espigão do Leste: a emissão do primeiro RG de crianças. Eram pouco mais das 6h quando Artemis Ferreira Lira, 26 anos, chegou com os filhos Maurício, 11 anos, e Juliana, 9. Ela havia decidido que aquele seria o dia em que os filhos teriam, finalmente, o primeiro documento de identificação. “Se não fosse a expedição, eu nem sei quando ia conseguir. Tudo é gasto, tudo é longe”, contou a mãe, aliviada.

Maurício não conseguia esconder a euforia desde o momento que sentou na cadeira de atendimento até quando escreveu o próprio nome na tela e colocou as digitais na leitora. “Eu gostei de escrever meu nome e colocar o dedo na máquina. Agora posso fazer muita coisa!”, disse.

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Juliana, mais tímida, confessou que achou que algo poderia dar errado, mas respirou fundo quando ouviu a confirmação do atendimento. “Foi legal. Agora vou mostrar meu documento para todo mundo”, revelou.

Parceiros A 7ª Expedição Araguaia-Xingu é liderada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio da Justiça Comunitária, com a participação direta do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) e do Juizado Volante Ambiental (Juvam).

A iniciativa se torna possível graças a uma grande rede de cooperação institucional. Compõem essa força-tarefa órgãos como a Defensoria Pública, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Ministério Público do Estado, Politec, Justiça Federal, Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Polícia Judiciária Civil (PJC), Companhia de Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros Militar e as Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema), Saúde (SES), Educação (Seduc) e Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

Também apoiam a expedição a Receita Federal, a Caixa Econômica Federal, o INSS, a Assembleia Legislativa, o Exército Brasileiro e as prefeituras dos municípios atendidos. O projeto ainda conta com o apoio de empresas parceiras, entre elas Aprosoja, Energisa, Paiaguás Incorporadora e Bom Futuro.

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Autor: Talita Ormond

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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