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Estudantes de Direito da Fasipe Sorriso vivenciam rotina do Judiciário durante visita ao TJMT

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Ver na prática o que se aprende em sala de aula foi a experiência vivida por um grupo de estudantes do curso de Direito da Faculdade Fasipe, de Sorriso, durante visita ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) na tarde desta quarta-feira (29). A atividade faz parte do programa “Nosso Judiciário”, que proporciona aos acadêmicos uma imersão no funcionamento do Poder Judiciário estadual.

Durante a visita, os alunos tiveram a oportunidade de assistir a uma sessão de julgamento da Primeira Câmara de Direito Público e Coletivo, presidida pela desembargadora Maria Erotides Kneip, que fez questão de dar as boas-vindas ao grupo. “Queremos dizer da nossa alegria em tê-los conosco nesta sessão de julgamentos. É muito importante recebê-los e saber que seus professores estão preocupados em prepará-los bem. Desejamos que saibam exercer com sabedoria e equilíbrio a função de defender com equidade, com conhecimento e fazer uma boa sustentação oral. É para isso que os advogados são formados”, destacou a magistrada.

Durante a sessão, os estudantes acompanharam uma sustentação oral, momento que despertou especial interesse dos futuros profissionais do Direito. “Foi uma experiência nova para mim, que estou iniciando agora no curso. O que mais chamou minha atenção foi a parte da sustentação oral, principalmente do segundo advogado, pela qualidade da oratória. A gente ainda não domina toda a parte técnica, mas esse contato é muito importante porque ajuda a entender os desafios da carreira jurídica”, contou o acadêmico Daniel Souza, do segundo semestre.

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Após a sessão, os visitantes seguiram para o Espaço Memória do TJMT, onde foram recebidos pelo juiz Agamenon Alcântara Moreno Júnior, secretário-geral do Tribunal. O magistrado falou sobre a relevância de abrir as portas da instituição para a comunidade acadêmica. “A abertura das portas do Tribunal tem um sentido muito especial para os estudantes, porque permite que conheçam a estrutura, entendam como ocorrem os julgamentos e conheçam a história do nosso Poder Judiciário. Ao mesmo tempo, isso possibilita aos magistrados esse contato direto com a academia. É uma via de mão dupla”, observou o juiz.

Durante a conversa com os alunos, o magistrado também compartilhou sua trajetória profissional e deixou uma mensagem inspiradora. “Não fechem as portas. Continuem se preparando e estudando, porque o curso de Direito oferece muitas oportunidades, seja para concursos, seja para a advocacia. Às vezes, a vida escolhe por nós. É importante manter a mente aberta e deixar que o caminho se revele com o tempo.”

Para a acadêmica Morgana Dal Piva Melo, do sexto semestre, essa troca de experiências é um dos pontos altos da visita. “Essa é a minha segunda visita ao Tribunal, e cada vez é diferente. É uma proposta muito enriquecedora, que nos mostra o quanto o Judiciário é dinâmico e importante. O que mais me tocou foi justamente a fala do magistrado sobre não fechar portas. Isso nos inspira a seguir estudando e a pensar em possibilidades que antes nem cogitávamos”, comentou.

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O professor e supervisor do Núcleo de Prática Jurídica da Fasipe Sorriso, Railson Silva Barbosa, que acompanhou os alunos, reforçou o papel transformador do programa “Nosso Judiciário”. “Esse projeto é de extrema importância, porque permite que os alunos saiam do ambiente de sala de aula e venham vivenciar, na prática, as dependências do Tribunal de Justiça. Aqui eles assistem a uma sessão, conhecem o Memorial e observam o funcionamento real da Justiça. Isso enriquece o aprendizado, fomenta o espírito jurídico e os aproxima da vida profissional”, avaliou.

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Autor: Roberta Penha

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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“Hoje é nossa vez”: casamentos são encaminhados e crianças tiram primeiro RG em ação do Judiciário

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No segundo dia de atendimentos da 7ª Expedição Araguaia-Xingu, no Distrito de Espigão do Leste, em São Félix do Araguaia (1.060km de Cuiabá), o que mais se viu foram histórias de amor e pertencimento. O que era para ser apenas um dia de serviços de cidadania se tornou palco de declarações emocionadas e encaminhamentos para casamentos civis, algo que muitos casais esperaram por anos.

De mãos dadas, lágrimas nos olhos e voz embargada, o lavrador Domingos Pinheiro da Luz, 57 anos, enalteceu o que significou esse momento. “Deus presenteou essa linda pessoa na minha vida. Ela esteve comigo nas horas mais difíceis. Só tenho a agradecer. Hoje eu vou sair daqui sabendo que vamos casar”, disse.

Ao lado dele, a companheira Luciene Pereira Lima dos Santos, 54 anos, também esbanjava felicidade. Ela diz que o casamento é uma escolha e que a vida com Domingos foi um presente. “Deus colocou um homem muito bom na minha vida. A gente conversa, se entende no olhar. É a alegria que eu pedi a Deus”, declarou-se.

O casal vive junto há quatro anos e tentava oficializar a união na cidade, mas a distância da Comarca mais próxima e o custo do deslocamento sempre adiavam o sonho. Com a expedição, saíram com todo processo encaminhado.

Quem também aproveitou essa oportunidade foi o casal Jayne Rafaela Feitosa de Paula, 29 anos, Flávio Medeiros da Silva, 27 anos. A professora e o operador de máquinas chegaram à Expedição com o objetivo de atualizar as vacinas da filha mais velha. Mas saíram com um segundo: o encaminhamento para o casamento.

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Nos braços dela, a pequena Helena, de apenas 19 dias. “Ontem fez oito anos que a gente namora. Aí a gente pensou: ‘por que não casar logo?’”, contou Jaime. “Se não fosse a expedição, teríamos que ir até Confresa. Com bebê, escola, trabalho… ia ficar para depois. Aqui resolvemos tudo num dia só”, completou.

Milagre “Já estava tudo pronto. A expedição só antecipou o milagre”. Assim descreveu Irene Martins de Sousa, 62 anos, a presença da comitiva na região. Ela e o marido Mauro César Pereira de Sá, 53 anos, já estavam com alianças guardadas e planejavam casar em breve na cidade. Mas quando souberam que poderia ser encaminhado na Expedição mesmo, não pensaram duas vezes. “Quando disseram que tinha casamento ontem, eu falei: ‘Hoje é minha vez’. Deus abriu as portas”. “Casamento é respeitar e amar o outro. Não via a hora disso acontecer”, acrescentou Mauro.

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O casal ainda aproveitou o ensejo para atualizar documentos pessoais e consultar com o oftalmologista. “A Expedição resolveu nossa vida. Documento, óculos, tudo. Se não fosse ela, ia demorar muito tempo”.

Casar na Expedição: como funciona? O juiz coordenador da Expedição, José Antônio Bezerra Filho, explicou que o casamento civil exige habilitação, análise documental, envio ao cartório e manifestação do Ministério Público. Na expedição, com a presença das instituições que integram o Sistema de Justiça, o processo ganha velocidade. “Aqui nós iniciamos todo trâmite. Comprovada a renda de até três salários, o casal tem isenção de taxas. O processo segue ao cartório e o casamento é marcado. Isso evita deslocamentos de 200 quilômetros e realiza sonhos”, evidenciou.

Ele destacou que, além de amor, o casamento previne litígios futuros, pois garante direitos. “Quando há documentação, diminui ações de guarda, pensão e reconhecimento de união estável. O casamento traz segurança jurídica”, apontou.

RG e euforiaEnquanto casais oficializavam histórias de amor, outro momento chamou atenção na 7ª Expedição Araguaia-Xingu em Espigão do Leste: a emissão do primeiro RG de crianças. Eram pouco mais das 6h quando Artemis Ferreira Lira, 26 anos, chegou com os filhos Maurício, 11 anos, e Juliana, 9. Ela havia decidido que aquele seria o dia em que os filhos teriam, finalmente, o primeiro documento de identificação. “Se não fosse a expedição, eu nem sei quando ia conseguir. Tudo é gasto, tudo é longe”, contou a mãe, aliviada.

Maurício não conseguia esconder a euforia desde o momento que sentou na cadeira de atendimento até quando escreveu o próprio nome na tela e colocou as digitais na leitora. “Eu gostei de escrever meu nome e colocar o dedo na máquina. Agora posso fazer muita coisa!”, disse.

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Juliana, mais tímida, confessou que achou que algo poderia dar errado, mas respirou fundo quando ouviu a confirmação do atendimento. “Foi legal. Agora vou mostrar meu documento para todo mundo”, revelou.

Parceiros A 7ª Expedição Araguaia-Xingu é liderada pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio da Justiça Comunitária, com a participação direta do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), da Comissão Estadual Judiciária de Adoção (Ceja) e do Juizado Volante Ambiental (Juvam).

A iniciativa se torna possível graças a uma grande rede de cooperação institucional. Compõem essa força-tarefa órgãos como a Defensoria Pública, Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Ministério Público do Estado, Politec, Justiça Federal, Secretaria de Segurança Pública (Sesp), Polícia Judiciária Civil (PJC), Companhia de Polícia Ambiental, Corpo de Bombeiros Militar e as Secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema), Saúde (SES), Educação (Seduc) e Cultura, Esporte e Lazer (Secel).

Também apoiam a expedição a Receita Federal, a Caixa Econômica Federal, o INSS, a Assembleia Legislativa, o Exército Brasileiro e as prefeituras dos municípios atendidos. O projeto ainda conta com o apoio de empresas parceiras, entre elas Aprosoja, Energisa, Paiaguás Incorporadora e Bom Futuro.

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Autor: Talita Ormond

Fotografo: Alair Ribeiro

Departamento: Coordenadoria de Comunicação do TJMT

Email: [email protected]

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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