Rachadura no PL

Após denunciar cerceamento, vereador de VG vai até Ananias em busca de trégua

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Em mais um capítulo da crise interna no Partido Liberal (PL) em Cuiabá, o vereador Caio Cordeiro escancarou sua insatisfação com a sigla e, principalmente, com a condução da gestão da prefeita Flávia Moretti (PL). Alegando ter sua atuação como fiscalizador cerceada pela própria prefeitura, o parlamentar foi pessoalmente à sede do Executivo municipal para cobrar explicações — e tentar uma conciliação — diretamente com o presidente estadual do partido e secretário de Governo, Ananias Filho.

Antes do encontro a portas fechadas, Caio fez questão de falar à imprensa. Em um tom firme, demonstrou estar irredutível quanto às suas críticas. “Não estou aqui para ser conivente. Fui eleito para fiscalizar, e não para ficar calado diante de irregularidades ou da falta de transparência. Isso vale para qualquer um, inclusive para o meu próprio partido”, disparou.

A visita de Caio à Prefeitura foi interpretada como uma tentativa de trégua, mas também um gesto simbólico de confronto com a cúpula do PL. O encontro com Ananias Filho teria como objetivo apresentar demandas acumuladas e buscar garantias de que sua função parlamentar não será sabotada por conveniências político-partidárias.

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Nos bastidores, aliados de Caio relatam que o vereador vem sendo sistematicamente boicotado pela gestão Moretti, inclusive sendo ignorado em pedidos de informação e de acesso a documentos públicos. O caso escancara a fragilidade do discurso de transparência que a atual prefeita tenta sustentar em sua administração.

O episódio revela rachaduras no PL cuiabano, que tenta manter uma imagem de coesão enquanto enfrenta disputas internas e desconforto de suas próprias lideranças. Caio Cordeiro, ao contrário de recuar, tem optado por enfrentar a estrutura partidária, o que pode custar-lhe capital político, mas também pode fortalecer sua imagem junto ao eleitorado que cobra independência dos vereadores frente ao Executivo.

A postura do parlamentar joga luz sobre uma questão incômoda: até que ponto os vereadores da base têm liberdade para exercer seu papel fiscalizador sem sofrer retaliações do próprio governo que ajudaram a eleger?

Nem Flávia Moretti nem Ananias Filho se pronunciaram publicamente sobre o embate com Caio. O silêncio, no entanto, fala por si só: revela desconforto e reforça a percepção de que a gestão municipal pode estar tratando o contraditório como ameaça, e não como parte do jogo democrático.

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Com a eleição de 2026 no horizonte e os partidos se rearticulando, episódios como esse mostram que o PL, apesar de seu tamanho e estrutura, não está imune às disputas internas, às vaidades políticas e ao desgaste da máquina pública.

Jornalista: Mika Sbardelott

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ATÉ ZUNIL

Regis Cardoso confirma pré-candidatura e promete guerra contra feminicídio e pedofilia

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Em uma entrevista emocionante ao Conexão Materna, podcast do site VOZMT, gravada nesta sexta-feira e com exibição prevista para o sábado, 22 de novembro, Regis Cardoso relembrou o crime que marcou sua vida e abalou o país. Há quase dois anos, sua esposa e três filhas foram assassinadas por um homem que trabalhava ao lado de sua casa, na cidade de Sorriso (MT). O caso, pela extrema violência, ainda repercute e mobiliza debates sobre segurança e políticas de proteção às mulheres.

Regis contou que fez questão de participar da conversa ao saber que também estaria presente Ana Paula, mãe de Emilly — a adolescente assassinada em março deste ano, em Cuiabá, em um crime marcado por crueldade. A jovem teve o bebê retirado do ventre e, posteriormente, foi morta e enterrada no quintal da acusada. Para Cardoso, unir forças com outras famílias vítimas de violência é parte essencial de sua trajetória de superação e militância.

Desde a tragédia, Regis transformou o luto em luta, movimento social e político. Ele tem atuado em campanhas de conscientização e defende o endurecimento das penalidades para criminosos, especialmente aqueles que praticam feminicídio e violência contra crianças e mulheres.

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Incentivado pela senadora Damaris Alves, Regis foi a Brasília, onde utilizou a tribuna do Congresso Nacional para pedir a aprovação da lei que cria o cadastro nacional de pedófilos. O projeto avançou e foi aprovado, mas, segundo Cardoso, a luta continua: ele defende que o cadastro inclua não apenas o nome, mas também a foto dos condenados, após o trânsito em julgado.

A convite da senadora Damaris e do ex-procurador Deltan Dallagnol, Regis aceitou um novo desafio: disputar uma cadeira na Câmara Federal nas eleições de 2026. O objetivo, segundo ele, é dar continuidade ao combate firme contra a impunidade e atuar na criação de políticas mais rigorosas contra crimes hediondos, especialmente feminicídios e abusos sexuais.

A entrevista completa promete trazer reflexões profundas sobre dor, justiça, mobilização e esperança — temas que têm guiado a trajetória de Regis Cardoso desde a tragédia que transformou sua vida.

Jornalista: Luan Schiavon

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