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Max Russi articula chapas do Podemos e cita nomes para disputa federal em 2026; Confira

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Mesmo sem ter oficializado sua migração partidária, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Max Russi (PSB), já atua como um dos principais articuladores do Podemos no Estado. Cotado para assumir a presidência estadual da sigla, o parlamentar trabalha na montagem das chapas proporcionais e na formatação da estratégia eleitoral para o pleito de 2026.

Segundo Russi, o foco principal neste momento é a organização das disputas proporcionais, especialmente para a Câmara Federal, que deve ser uma das mais acirradas do próximo pleito, em razão do aumento do quociente eleitoral.

“Estamos montando o time, faltam algumas peças. Serão necessários cerca de 250 mil votos para eleger um deputado federal. O quociente vai crescer, e precisamos trabalhar por uma chapa forte”, pontuou o parlamentar.

Nomes cotados para a chapa federal

Durante conversa com a imprensa, Max Russi mencionou alguns dos nomes que devem compor a chapa do Podemos à Câmara Federal em 2026. Entre os cotados estão:

  • Silvio Rangel, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT);

  • Marcos Ritella, ex-candidato a governador;

  • Altemar Lopes, vice-prefeito de Rondonópolis;

  • Mário Lemos, secretário municipal em Tangará da Serra;

  • Gisa Barros, vereador por Várzea Grande;

  • Fernando Gorgen, ex-prefeito de Querência.

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Russi destacou que a montagem da chapa ainda está em andamento e que há uma preocupação especial em ampliar a participação feminina, atendendo às exigências da legislação eleitoral.

Desafios técnicos e políticos

Além das articulações partidárias, o deputado também ressaltou os desafios técnicos do processo eleitoral. Para ele, o aumento do quociente eleitoral deve elevar a dificuldade de partidos médios conquistarem vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal.

“O aumento do quociente muda completamente o cenário. Para deputado estadual, o mínimo será de 82 mil votos para eleger um. Teremos dificuldades, afinal, se o quociente cresce, será preciso mais votos. Já vi alguns desanimarem e desistirem”, avaliou.

Reforço partidário

Nos bastidores, lideranças políticas avaliam que o ingresso de Max Russi no Podemos deve fortalecer a legenda e reposicionar o partido no cenário das eleições de 2026, uma vez que atualmente a sigla possui baixa representatividade em Mato Grosso.

Jornalista: Luan Schiavon

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Assembleia suspende cobranças de consignados de servidores por 120 dias em MT

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (29), o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 13/2025, que suspende por 120 dias as cobranças de empréstimos consignados, cartões de crédito, cartões-benefício e outras operações com desconto em folha de servidores públicos estaduais.

A medida, de autoria dos deputados Wilson Santos (PSD) e Janaina Riva (MDB), também foi estendida — por meio de uma emenda aprovada em plenário — aos funcionários da própria Casa de Leis. O projeto recebeu parecer favorável das Comissões de Defesa do Consumidor e Contribuinte e da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

O objetivo da proposta é garantir um alívio temporário aos servidores, que, segundo os autores, vêm sendo vítimas de juros abusivos e práticas irregulares por parte de empresas de crédito consignado, enquanto a Controladoria-Geral do Estado (CGE-MT) conclui as investigações sobre o suposto golpe dos consignados.

“Servidores foram estuprados financeiramente”, diz Wilson Santos

Durante a discussão do projeto, Wilson Santos fez duras críticas às instituições financeiras e às empresas de crédito investigadas, afirmando que os servidores foram “estuprados coletivamente” com juros abusivos e contratos irregulares.

“Aprovando esse projeto estamos sustando os efeitos dos contratos malfeitos, construídos por bancos e sociedades de crédito que aproveitaram o superendividamento dos servidores. Esses juros beiram 6% ao mês. Os servidores foram vítimas de um crime que beira se caracterizar como hediondo”, declarou o parlamentar.

O deputado Júlio Campos (União) acompanhou o discurso, apenas corrigindo o percentual mencionado, afirmando que os juros cobrados variavam entre 5% e 10%.

“É um verdadeiro estupro financeiro. Hoje, 90% dos servidores estão endividados em virtude desses juros abusivos, desses atentados por parte das empresas que oferecem cartões com taxas extorsivas e multa sobre multa”, afirmou.

Já o deputado Paulo Araújo (PP) sugeriu que todas as dívidas com empresas citadas no inquérito da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon) sejam incluídas na lista de suspensão, para evitar brechas.

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Após as discussões, o presidente da ALMT, Max Russi (PSB), colocou o PDL em votação, sendo aprovado sem votos contrários.

Desdobramento do “golpe dos consignados”

O PDL é mais um capítulo do escândalo dos consignados, investigado pela Decon, que revelou a atuação de empresas de crédito acusadas de fraudar contratos e impor juros ilegais a servidores estaduais.

Em maio deste ano, a Assembleia aprovou o substitutivo integral da Mensagem 72/2025, de iniciativa do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), que restringiu a margem consignável a 35% da renda líquida e proibiu a emissão de cartões consignados. A proposta foi sancionada pelo governo e se transformou em nova legislação de controle de crédito para servidores.

Capital Consig proibida de operar

Em julho de 2025, o presidente Max Russi assinou o Decreto Legislativo nº 78/2025, impedindo a empresa Capital Consig — uma das principais investigadas pela Decon — de realizar descontos na folha de pagamento de servidores públicos estaduais. A medida anulou o convênio firmado entre a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MT) e a operadora de crédito.

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Modus operandi dos golpistas

As investigações da Decon apontaram que os golpistas atuavam em duas frentes principais:

  1. Oferecendo empréstimos consignados falsos, mas entregando cartões de crédito sem o consentimento dos servidores, que acabavam entrando no rotativo com juros sobre juros;

  2. Simulando portabilidade de dívidas com promessa de parcelas mais baixas, mas na verdade contratando novos empréstimos, que em alguns casos se estendiam por mais de 10 anos.

O caso ainda é acompanhado pela CGE-MT, Decon e Assembleia Legislativa, que analisa novas medidas para coibir abusos e revisar contratos irregulares.

Jornalista: Mika Sbardelott

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