Agronegócio

Carnes bovinas representaram quase 20% das exportações do agronegócio

Published

on

Mesmo em um ano de instabilidade nos mercados e do tarifaço do Trump, a carne bovina brasileira consolidou-se como o principal item industrializado de origem agropecuária nas exportações de 2025, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (06.10), pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Entre janeiro e setembro, as vendas externas de carne fresca, refrigerada e congelada renderam R$ 62,5 bilhões, o que representa 37,3% de crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.

O volume exportado também aumentou: 8,28 milhões de toneladas, alta de 16,4%. Somente em setembro, o país registrou R$ 9,7 bilhões em faturamento, um avanço de 55,6%, com 314,6 mil toneladas embarcadas, 25% a mais que em setembro de 2024.

Esses números mostram que a carne bovina responde por quase um quinto de toda a receita do agronegócio brasileiro, que somou R$ 327,8 bilhões no acumulado do ano. Além da carne, outros produtos de origem agroindustrial também figuram entre os principais itens exportados:

  • Farelos e farinhas vegetais e animais: R$ 4 bilhões (+6,7%)

  • Carne suína: R$ 1,9 bilhão (+28,6%)

  • Carnes de aves e miudezas: R$ 4,47 bilhões (-6,1%)

  • Sucos de frutas e vegetais: R$ 1,46 bilhão (-17,4%)

  • Açúcares e melaços: R$ 7,15 bilhões (-26,6%)

  • Celulose: R$ 4,18 bilhões (-26,1%)

Leia Também:  Bruxelas propõe salvaguardas para viabilizar acordo com Mercosul

Mesmo com recuos pontuais, o setor industrial ligado ao campo segue sustentando o desempenho positivo da economia exportadora brasileira. Com o dólar valorizado e a demanda firme da Ásia e do Oriente Médio, a carne bovina permanece como símbolo da competitividade e da resiliência do agro nacional.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Advertisement
Click to comment

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agronegócio

Produtores de mais 56 municípios gaúchos poderão renegociar dívidas

Published

on

Produtores rurais de mais 56 municípios do Rio Grande do Sul passarão a ter direito à renegociação de dívidas agrícolas por meio da linha pública de crédito de R$ 12 bilhões criada pelo governo federal.

A decisão foi aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em reunião extraordinária nesta quinta-feira (09.10), que alterou parte das regras da resolução original (5.247/2025) para permitir a inclusão de municípios gaúchos mais afetados por perdas climáticas nos últimos anos.

A nova resolução (5.257/2025) criou uma exceção específica para o Estado, reconhecendo que muitos municípios não conseguiam se enquadrar nos critérios anteriores porque tiveram quebra de safra repetida entre 2020 e 2024. Com isso, ficou impossível calcular a perda média exigida pela regra nacional — já que praticamente não houve uma safra considerada “normal” no período.

Pelas novas condições, passam a ser elegíveis os municípios que tiveram pelo menos três decretos de calamidade pública ou situação de emergência no intervalo de 2020 a 2024, desde que reconhecidos oficialmente pelo governo federal. Nessas localidades, os produtores poderão renegociar financiamentos rurais e prorrogar dívidas mesmo sem comprovar os índices de perda de produção exigidos para o restante do país.

Leia Também:  Lideranças avaliam que fim da MP 1303 preserva crédito e estabilidade no campo

Para os demais estados, continuam válidos os critérios anteriores: publicação de ao menos dois decretos de emergência, perdas de 20% em duas das três principais culturas locais (segundo o IBGE) e queda de renda acima de 30% em duas safras consecutivas.

Na prática, a mudança amplia o alcance do crédito emergencial no Rio Grande do Sul, que agora passa a contemplar 459 dos 497 municípios do estado. O objetivo é restabelecer a capacidade de pagamento dos produtores atingidos por estiagens, enchentes e eventos climáticos extremos que se repetiram desde 2020.

De acordo com o Ministério da Fazenda, o volume total de recursos permanece o mesmo (R$ 12 bilhões) e os financiamentos continuarão sendo oferecidos pelas instituições financeiras credenciadas, com juros entre 6% e 10% ao ano, limites de crédito mantidos e prazos de reembolso flexíveis. O Ministério da Agricultura deve publicar nos próximos dias a lista atualizada dos municípios contemplados.

Para o produtor, a medida representa a possibilidade de negociar o pagamento de financiamentos vencidos ou prestes a vencer, com condições mais favoráveis e prazos estendidos. O crédito pode ser contratado diretamente nas agências dos bancos que operam a linha, como Banco do Brasil, Sicredi e Banrisul, a partir de 15 de outubro.

Leia Também:  Crescimento dos citros reforça avanço da fruticultura brasileira

Na avaliação de analistas do setor, a ampliação chega em momento crucial. Após cinco anos de perdas consecutivas, muitos produtores gaúchos estavam impedidos de acessar novas linhas de crédito por inadimplência ou endividamento elevado.

A flexibilização das regras, portanto, dá fôlego financeiro imediato e ajuda a evitar o colapso de cadeias produtivas locais, especialmente nas culturas de soja, milho e pecuária leiteira, fortemente afetadas pela sequência de eventos climáticos.

Com o ajuste aprovado pelo CMN, a expectativa é de que os bancos iniciem os atendimentos já na próxima semana, permitindo que o produtor renegocie seus débitos e planeje a próxima safra com um pouco mais de previsibilidade.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Continue Reading

POLÍTICA MT

POLICIAL

MATO GROSSO

MUNICÍPIOS

MAIS LIDAS DA SEMANA