No último sábado (6), o Brasil perdeu uma de suas figuras mais emblemáticas das artes, o desenhista, escritor, e jornalista Ziraldo, aos 91 anos. Conhecido por criar personagens icônicos como o “Menino Maluquinho” e a “Turma do Pererê”, Ziraldo deixou um legado indelével na cultura brasileira.
A triste notícia foi confirmada pela família do artista, que informou que Ziraldo faleceu enquanto dormia, em sua residência no bairro da Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro, por volta das 15h. Sua partida deixa uma lacuna não apenas no mundo das artes, mas também na vida de milhares de brasileiros que cresceram encantados com suas criações.
Ziraldo foi muito mais que um desenhista talentoso. Como chargista, caricaturista, e jornalista, ele desempenhou um papel fundamental na resistência cultural durante os anos de ditadura militar no Brasil. Foi um dos fundadores do icônico jornal “O Pasquim”, reconhecido por sua irreverência e pela coragem de enfrentar o regime autoritário vigente na época.
O velório de Ziraldo está marcado para as 10h deste domingo (7), na Associação Brasileira de Imprensa, no Centro. Em seguida, seu corpo será sepultado às 16h30, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, também na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Nascido em Caratinga (MG) em 24 de outubro de 1932, Ziraldo desde cedo demonstrou talento para as artes. Seu primeiro desenho foi publicado aos seis anos de idade no jornal “A Folha de Minas”. A partir daí, sua carreira decolou, colaborando com diversas publicações e se destacando como autor de histórias em quadrinhos e livros infantis.
Durante os anos 1960, Ziraldo fundou “O Pasquim” junto com outros humoristas, tornando-se um símbolo da resistência cultural e da luta pela democracia no Brasil. Seu legado artístico transcende gerações e continuará inspirando futuros artistas por muitos anos.
Com obras que misturam humor, irreverência e profundidade, Ziraldo conquistou o coração de milhões de brasileiros ao longo de sua trajetória. Seu personagem mais famoso, “O Menino Maluquinho”, é considerado um verdadeiro fenômeno do mercado editorial brasileiro e permanecerá como um símbolo da infância de várias gerações.
A partida de Ziraldo deixa um vazio imenso no cenário cultural brasileiro, mas seu legado permanecerá vivo através de suas obras, que continuarão encantando e inspirando pessoas de todas as idades.