Nem só de boi e soja vivem as fazendas São Mateus e São Mateus II, em Tangará da Serra. O proprietário das áreas agora também colhe o amargo fruto de um desmatamento fora da reserva legal. Após derrubar 1.210 hectares de vegetação nativa sem autorização, ele topou um Termo de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público e vai “semear” R$ 686 mil em indenizações.

O valor será “plantado” em projetos ambientais e sociais: uma parte irrigará ações como o Projeto Água para o Futuro e outra será adubada nas Obras Sociais. Tudo devidamente homologado pelo Tribunal de Justiça, que mandou o caso de volta à origem para que a colheita da indenização seja feita em até 10 dias — ou o fazendeiro pode se ver atolado em multas de até 1.000 UPFs.

Mesmo com CAR validado e sem passivos ambientais, o corte fora de hora pegou mal. Agora, além de cercar o gado, o proprietário vai precisar cercar melhor suas decisões. Porque desmatamento fora da lei sempre termina em campo minado — de sanções.

Jornalista: Alex Garcia

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